segunda-feira, 9 de abril de 2012

BIDI - 09.04.2012


BIDI - 2012.04.09


Pois bem, BIDI está de volta entre vocês.

Fico satisfeito pelo reencontro, entre nós entre vocês e o meu.

Então, num primeiro tempo, vamos, se efetivamente o quiserem, continuar a examinar, a pesar e a avaliar as vossas questões, nas mesmas circunstâncias e condições como no dia anterior.

Eu peço, portanto, a vossa atenção e o facto de ouvirem e deixarem vir o que vem a vocês, sem interferirem, de forma alguma, sem se oporem, simplesmente, acolhendo, como eu vos acolho.

Nós podemos encarar a primeira questão.

***** Pergunta: - Na nossa chegada a esta Dimensão, a Estrutura Perfeita e Ilimitada, como é possível ter chegado tão baixo nesta Dimensão, em Vibração e em Consciência. Porquê?
R:- Esse mecanismo é chamado de Descida.
Esta Descida está ligada a um ponto de vista, cada vez mais estreito e limitado, engajando, de alguma forma, a Consciência na sua própria Limitação, numa Auto-Limitação que sobre tempos extremamente longos, vai progressivamente levar esta, a isolar-se e a separar-se mais e mais.
 Isso foi descrito em muitos textos muito antigos, falando de Eras e de Épocas sucedendo-se e levando, progressivamente, a Consciência a descer, de alguma forma, às profundezas do esquecimento.
Mas isso tem apenas um Tempo.
A partir do momento em que o Mental é capaz de se olhar, com toda a Honestidade, em toda Lucidez, e de forma Lógica, ele vem, efetivamente, a considerar isso como um Processo absurdo, iníquo.
A problemática consiste em não tentar responder a esse género de questão, porque, é claro, vai levar--vos não só a constatar o Estado da Consciência, mas bem mais, a encontrar as Causas.
Ora eu recordo-vos que, o ABSOLUTO não tem Causa.
Querer procurar uma Causa, uma explicação, re-enviar-te-á, sistematicamente, a essa Causalidade e, portanto, a esta Dualidade.
Coloca-te a questão do porquê que há esta questão.
O que é que é necessário explicar ou lamentar?
Que afastamento do que tu És, é este que permite interrogares-te sobre o que consideras como triste ou como anormal?
Não consideres o que é anormal, mas não vejas o que é normal.
Da mesma forma que a Dualidade consiste em ver o Bem e o Mal, A UNIDADE apenas consiste em ver A UNIDADE e em não se deixar envolver, de nenhuma maneira e de alguma forma, em dissertar, em se colocar questões sobre o Bem e o Mal, porque a equação do Bem e do Mal, por natureza própria, é insolúvel.
Quaisquer que sejam os aspectos importantes, liderados por uma Vida no Serviço, do Devotamento, quaisquer que sejam as Percepções Filosóficas ou mesmo, Espirituais, concernentes ao Bem e ao Mal, eles não confluirão jamais numa Solução porque a Solução não é deste Mundo.
 Porque a Solução não está na Dualidade e que nenhuma Solução não pode existir enquanto existir um antagonismo.
Eu falava ontem das duas extremidades de um Limite.
Não é porque vocês chegaram a uma extremidade de um Limite que vocês conhecem o conjunto dos Limites, a outra extremidade, mas sobretudo, que vocês estão aptos a ultrapassar este Limite.
É-vos necessário, literalmente, extraírem-se dessa Noção de Causalidade.
 Esta Causalidade permite explicar este Mundo e somente este Mundo.
A Causalidade permite expressar as Leis da Acção/Reação, as Leis da Alma, mas jamais a Lei do ABSOLUTO, porque o ABSOLUTO apenas conhece uma Lei que é a da UNIDADE ABANDONADA ELA MESMA, isto é, o próprio Princípio da UNIDADE.
O fator Causal, qualquer que seja, na vossa Vida, na História da Vida sobre este Planeta, remete necessariamente, aí também, a um Começo e a um Fim.
A Causalidade, em si mesma, não pode então estar inscrita no ABSOLUTO e não pode estender também, a sua Lógica a partir do ABSOLUTO.
A Causalidade, Acção / Reação, Início e Fim, inscreve-se numa História e não na Verdade, porque toda a História está escrita num Tempo Linear, dentro de certos Limites que são também, os teus, mas que não correspondem à Verdade.
A História é de alguma forma, o esqueleto do que resta da Vida.
As carnes partiram.
Resta algo que está retido.
 Resta algo que não participa da VIDA.
Hoje, é-te pedido que SEJAS A VIDA.
O apelo da LUZ faz ressoar, em ti, não mais a Causalidade, mas sim a sede de ABSOLUTO.
Mesmo que estas palavras te sejam desconhecidas, mesmo que te parecem fora de toda a Causalidade e, portanto de toda a possibilidade, não permanece menos Verdadeiro do que É a exclusiva e única Verdade.
Colocares-te como ABSOLUTO, ousar colocares-te como isso, vai colocar um fim, de maneira extremamente rápida, através da própria indagação sobre o que é o SER, sobre o que é o Ego e, portanto, sobre o que não é O ABSOLUTO, vai levar-te às portas do que o Ego chama O NADA e depois a experienciares e a viveres a Experiência que é ABSOLUTA.
Certamente, em momentos de articulação, foi oportuno que vos tenham sido dados, ou que vos sejam dados, porque eu não participei, uma série de Elementos relativos à História.
Apenas para vos mostrar e demonstrar até que ponto a História pode ser distorcida, organizada, desviada e ser agenciada de tal modo que desviar-vos-á, sempre, da VERDADE.
Porque elas, essas Histórias, condicionam-vos a crer em Histórias, e não em vocês.
O Ser Humano necessita de Histórias tanto quanto ele inscreve a sua Consciência na Causalidade.
Logo que ele inscreva a sua Consciência, dentro das Esferas do ABSOLUTO e mesmo dentro do SER, a História não tem mais sentido, ela não tem mais direção.
Ela não tem mais Lógica e ela não tem mais justificação.
A História é apenas um álibi que é fornecido à Vida que se recusa conhecer.
A História não é mais que uma hipótese querendo dar ao Mental, a certeza de que ele pode explicar o seu Presente através de um Passado.
Ora, nenhum Presente é explicado através de um Passado.
Tudo o que crê ser explicado, por uma consequência de um Passado, inscreve-vos, ainda mais, numa Ilusão.
Naturalmente, aqueles que tendem a querer que a História se repita e não levam ao fim da História, vão criar, de alguma forma, Cerimónias, Comemorações, Princípios de Aniversários, que vão então, manter, de alguma forma, a importância do Passado no vosso próprio Presente.
Vocês não fazem, aliás, melhor quando vocês festejam um Novo Ano, um aniversário ou uma festa, qualquer que seja, numa data fixa.
Porque nesse momento, vocês comemoram o Passado.
Vocês fazem viver e reviver o Passado no vosso Presente, onde ele não tem nada a fazer.
 Porque enquanto o Presente que vocês vivem, for colorido por um Passado qualquer, vocês não podem pretender a UNIDADE, vocês não podem pretender o ABSOLUTO e não podem viver este ABSOLUTO.
É necessário, então, efetivamente, des-condicionar, desempoeirar, eliminar, refutar tudo o que não é O INSTANTE.
O ABSOLUTO APENAS ESTÁ PRESENTE NO INSTANTE.
O único meio de encontrá-lo, a única maneira de o manifestar, é viver na sua totalidade, O INSTANTE.
NÃO HÁ PASSADO.
NÃO HÁ FUTURO.
HÁ APENAS O INSTANTE EM QUE DESABROCHA O ABSOLUTO.
Não há como, a não ser, parando de algum modo, o Tempo, o vosso Tempo Linear, que vocês podem realmente e concretamente, tocar o ABSOLUTO e vivê-lo.
Qualquer que seja o elemento que tenham vivido, qualquer que seja o afecto que ele implique no vosso Presente, vocês, não são isso.
Enquanto vocês concordam em dar crédito a isso, vocês não podem viver o ABSOLUTO.
Façam a Experiência.
Ainda uma vez, não acreditem em mim.
Experimentem e vejam por vocês mesmos, se essa Lógica se aplica na Vida.
Saiam então da História.
Saiam então de toda História, pois vocês não são uma História, nenhuma das Histórias.
Alimentar a História, alimentar uma lenda pessoal, afasta-vos, de maneira importante, do ABSOLUTO e da VERDADE.
Tudo o que vocês fazem reviver em pensamentos, em emoções, em praxes, em rituais, em comemorações, em datas, não faz nenhum sentido para o ABSOLUTO.
Cabe-vos ver isso.
Pergunta-te a ti mesmo, simplesmente, a única e exclusiva pergunta que vale a pena:
- O QUE SOU EU?
 E quando vires, por ti mesmo, que não podes definir o "O QUE SOU EU" ou "EU SOU", abandonarás o "EU SOU" pelo “NÃO SER”, o que quer que diga o Ego.
Porque essa aproximação do ABSOLUTO é de uma Lógica implacável.
Esta inquirição, se ela for levada a seu termo, conduzir-vos-á, como A VIBRAÇÃO, além de toda a Manifestação, além do SER e do NÃO-SER, para vos estabelecer, num primeiro tempo, dentro do NÃO-SER no qual existe O SER e que confere por assim dizer, o ABSOLUTO.
Vocês devem SER, de alguma forma, plenos.
Plenos, não de perguntas, mas plenos de Certeza Plena do ABSOLUTO, não como Crença, mas como uma Refutação do que é Relativo, Refutação do que é Efémero, Refutação do que é Limitado.
A cada momento da vossa Vida, retenham bem que isto não é uma des-Personalização ou retirada da Vida, mas bem mais, uma Transcendência da Personalidade que vos faz penetrar na Vida.
Não aquela que os vossos olhos vos dão a ver.
Não aquela que as vossas palavras vos definem.
Não aquela que vocês podem tocar, mas aquela que Sois, além de todo o Sentido.
É necessário, portanto, afastarem-se da Causalidade.
Este afastamento da Causalidade, dito de outra forma, pode ser portanto, não julgarem, o próprio Princípio da Queda, a própria Causalidade que criou essa Consciência Limitada.
O Não-Julgamento é o facto de não carregar um Olhar separado e dividido.
Não há melhor maneira de viver o ABSOLUTO.
 Eu recordo-vos que no ABSOLUTO, não pode haver nenhum Limite, nenhuma Separação, nenhuma outra Consciência além daquela que Sois, reagrupando todas as outras Consciências, e terminando, de maneira inelutável na Consciência que não é a In-Consciência.
Saiam então, e sai então da Causalidade.
A Causalidade corresponde ao Corpo, corresponde às Leis da Alma.
Esse Corpo tem fome, é necessário nutri-lo.
A Alma tem sede de Experiências, é necessário fornecer-lhe Experiências.
A Alma ama amar, no sentido da Posse, no sentido da Experimentação, na Matriz como vocês a denominam.
 A Alma está então inscrita na Causalidade.
Vocês não são a Causalidade.
Vocês não são, então, nem este Corpo nem esta Alma, nem este Espírito, nem esta Vida, nem este Passado.
 Vós Sois A VIDA.
Se posicionarem o vosso olhar desse modo, vocês constatarão que não se trata de uma Negação da Vida, mas bem mais, de uma re-entrada na VIDA e que, muito rapidamente, os Processos em curso, atualmente, serão vossos.
Não há outra solução.
Não há alternativa.
Não há outra possibilidade além de Ser ABSOLUTO ou de Refutar o ABSOLUTO, do ponto de vista do Ego ou do ponto de vista do SER.
 Reflitam, simplesmente.
 Será que vocês o podem definir o que existe dentro da Personalidade, o que existe dentro da Alma, como objetivo?
Olhem este objetivo e compreendam, num segundo tempo, que não pode existir objetivo Futuro, porque todo Futuro afasta-vos, ainda uma vez, da vossa Presença e do ABSOLUTO.
É claro, a Lei de Acção / Reação vai fazer de tudo para manter-vos nas suas redes.
Ela dá-vos a compreender e a estabelecer as Leis: as da Encarnação, as do Carma, as da Astrologia, as da Energia.
 Ela vai dar-vos um conjunto de explicações, diretamente relacionadas com a Causalidade, e tudo funciona assim nesse Mundo.
Mas eu terminarei ao te dizer que tu estás além de toda a Causalidade.
- O que queres ser?
- O que queres manifestar?
- O que ÉS, em Verdade, ou a Causalidade na qual tu estás afetado?
Cabe-te a ti ver.
***** Pergunta: - Porque é que esse Mundo da Dualidade foi criado? É porque, no Mundo do ABSOLUTO, do Ilimitado, o tédio existe?
R:- Eu responder-te-ei que aquele que coloca esta questão entedia-se, verdadeiramente.
A Felicidade, o Êxtase e o Íntase do ABSOLUTO não podem, em caso algum, ser um tédio.
O único tédio é aqui.
Tudo vos aborrece: as necessidades fisiológicas, a necessidade de ganhar a sua Vida, a necessidade de manter e de portar a sua Consciência, permanentemente, sobre um Corpo, sobre as Relações, passando pelas ferramentas incompletas, chamadas a Linguagem.
De outro lado, o Mundo do ABSOLUTO não pode existir.
O ABSOLUTO não é um Mundo.
Ele não é um Universo, nem mesmo um Multiverso.
Ele está além de tudo o que é criado.
Ele é o apoio de toda a Criação.
Não foi o tédio que causou o que quer que seja.
O ABSOLUTO não pode, em caso algum, ser um tédio de espécie alguma, dado que, com algumas palavras, pode-se defini-lo como: Ilimitado, Perfeito, Pleno, Vazio, Eterno, Gozo, Êxtase e Íntase, Sem Tempo e Sem Espaço .
Em que o tédio poderia nascer disso?
Não mais do que existe uma necessidade de experimentar.
Porque quem diz Experiência, no Limitado, conduz a introduzir, sistematicamente, uma Noção de Evolução  ou de Involução e, portanto, um Princípio, também de Causalidade.
Enquanto vocês pensarem assim, efetivamente, o Mundo do ABSOLUTO pode parecer-vos entedioso.
A Experiência, acima de tudo, é apenas a busca do ABSOLUTO.
Como é que, o que é ABSOLUTO poderia limitar-se, a si mesmo, para, depois, reivindicar o ABSOLUTO?
Tanto mais que a Perfeição é inicial e não final.
Qual interesse haveria, para o ABSOLUTO, em tornar-se relativo?
Então, é claro, do ponto de vista do relativo, é muito sedutor falar de Experiência, de conhecer-se a si mesmo, através do Observador, através da existência de um sujeito e de um objeto, mas é uma visão fragmentária.
O ABSOLUTO, estando fora de todo tempo, fora de toda a linearidade, simplesmente, para ele, o Mundo não existe.
Simplesmente, para ele, o Limitado não tem substância alguma.
O tédio é, antes, ter todas as suas ocupações, mesmo observando a beleza, porque observar a beleza obrigar-vos-á, na linearidade, num dia ou noutro, num instante ou noutro, a ocuparem-se, ainda que apenas das suas necessidades fisiológicas.
Pelo menos, entrar no SAMADHI, como alguns Seres o realizaram, pelo menos, entrar no ABSOLUTO, mantendo uma Forma, eu não vejo por qual razão haveria um qualquer tédio.
Eu posso assegurar-vos que são vocês que são o tédio.
Qualquer que seja o vosso entusiasmo, quaisquer que sejam as vossas capacidades de Alegria, quaisquer que sejam as vossas instalações no Samadhi, isso não é ABSOLUTO.
Apenas a saída do Tempo Linear do Espaço , do Espaço -Tempo, não como uma Negação, mas, efetivamente, como uma acepção Lógica, apenas naquele momento é que vocês superam e transcendem o tédio desse Mundo.
O ABSOLUTO não é um Mundo.
Eu diria que ele é a Transcendência do Mundo e, portanto, mesmo que os Mundos pareçam existir no interior do ABSOLUTO, presença do relativo no ABSOLUTO, isso é apenas uma visão, eu repito-o, parcelada e Limitada.
O ABSOLUTO não tem necessidade de nenhuma Experiência, de nenhuma memória.
ELE É, DE TODA A ETERNIDADE, PERFEIÇÃO E BELEZA, bastando-se a ELE mesmo, sem nenhuma Projeção, sem nenhuma Experiência.
A Experiência sobre esse Mundo como em outros Mundos é, em definitivo, apenas um afastamento Vibratório, Espacial e Temporal fazendo-vos crer tudo o que vocês podem crer ou não ousem crer.
Mas o conjunto dessas Crenças representa, em definitivo, apenas uma falta de LUZ, apenas uma falta de AMOR.
O Ser Humano passa o seu tempo a projetar o AMOR, e ele diz que ama.
Mas vocês não podem Amar e não o podem dizer, porque a vossa Natureza e a vossa Essência, é AMOR.
E vocês não podem conhecer o que Sois, do ponto de vista Limitado.
Vocês apenas podem projetar sobre a tela da Consciência, um objeto.
Tornar-se o Testemunho ou o Observador do que vocês projetaram, de uma obra criada, de um trabalho criado, de um estudo efetuado, de uma relação de casal, de uma relação de mãe a filho, mas vocês não podem conhecer o que Sois.
Vocês podem apenas exteriorizar, nesse Mundo, uma Acção e uma Reação e tentar nessa Acção e nessa Reação, encontrar, de algum modo, um fio condutor que não existe entre o Limitado e o Ilimitado.
O único tédio é ser relativo.
SER ABSOLUTO não se acompanha de nenhum tédio.
Apenas a Consciência do Ego coloca essa questão, porque o Ego está inscrito numa realidade dita Tri-Dimensional e, portanto, num dado Espaço -Tempo, que dá a impressão de que há Experiências a efetuar, uma avidez, avidez que permitiria tocar o Ilimitado, o que evidentemente, não pode, jamais, acontecer.
Nenhuma Experiência desse Mundo, nenhum trabalho desse Mundo, nenhuma Evolução  Ilusória desse Mundo conduzir-vos-á a viver o ABSOLUTO.
Apenas quando vocês renunciam, apenas quando abandonam o próprio SER é que o ABSOLUTO se desvenda e se torna o que Sois.
Lembrem-se: não existe nenhuma solução de continuidade.
O ABSOLUTO é uma Revolução, não, unicamente, uma mudança de ponto de vista, como eu o disse ontem, mas bem mais, uma Revolução, na qual vocês são obrigados a fazer cessar de uma maneira ou de outra, sem as negar, todas as Manifestações de Causalidade, cuja primeira é esse Corpo.
Vocês estão nesse Corpo, mas, em caso algum, Sois esse Corpo, mesmo sendo um Templo.
É claro, é necessário nutrir o Templo, mantê-lo.
E, aí, começa o tédio, mesmo que vocês gostam de se lavar porque, evidentemente, há reprodução.
Então, é claro, há Consciências que gostam da reprodução, porque isso dá uma certeza de refazer os mesmos gestos, de reproduzir os mesmos actos: comer a tal hora, deitar a tal hora, levantar-se a tal hora, excepto no fim-de-semana.
Tudo isso leva-vos, inevitavelmente, a uma rotina na qual nada é novo.
Se vocês olharem bem, tudo é antigo, tudo é usado.
Só o Mundo é belo, porque ele manifesta, no que ele vos dá a ver, os Ciclos, as Estações.
O Sol levanta-se, sempre, no mesmo lugar.
Ele deitar-se-á, à noite, no mesmo lugar.
É uma certeza, pelo menos até certo ponto, e vocês têm-na vivido até agora.
O tédio está aqui.
Certamente, não no ABSOLUTO.
E não existe Mundo do ABSOLUTO.
***** Pergunta: - As resistências para viver o ABSOLUTO sempre foram mais fortes, enquanto a escolha primeira é de viver no ABSOLUTO, aqui, sobre a Terra. Porquê?
R:-Tu não podes viver o ABSOLUTO, apenas pode viver A VIDA.
O ABSOLUTO ESTÁ ALÉM DE TODA A VIDA.
É proposto viver o ABSOLUTO num Relativo chamada essa Forma, esse Corpo e essa Vida, porque as circunstâncias, os Ciclos desse Mundo, tocam um patamar, uma Transcendência, aí também.
Quando o Efémero dessa Vida desaparecer, uma vez que ela está inscrita entre o Nascimento e a Morte, o que nesse momento subsiste, continua confinado.
Com outras regras, outras Leis, mas é, ainda, um aprisionamento.
Hoje, é diferente.
Há, portanto, uma maior facilidade de algum modo, de se extraírem, de um ponto de vista Dualitário.
O que foi aberto, ao nível da LUZ, o Despertar ao SER, a Realização do SER, não foi, certamente, um erro, mas efetivamente, uma Etapa essencial para o ABSOLUTO.
É claro, é sempre possível crer e esperar que o SER se vá tornar ABSOLUTO.
O SER não pode, em caso algum, tornar-se ABSOLUTO, porque o SER é colocar um fim à Separação do Ego e inscrever a Consciência e a Vida na Não-Separação, no Não-Distanciação.
Há, realmente, possibilidade de Comunhão, de Reunião, mas não de Dissolução.
O ABSOLUTO dá-vos a viver todas as Vidas de todos os Mundos.
O Acesso ao ABSOLUTO ou, antes, o Despertar ao ABSOLUTO, que sempre esteve aí, tornou-se muito mais fácil, hoje, através do desaparecimento do que tinha sido chamado, eu creio, as Franjas de Interferências do Astral, que vos ocultavam, literalmente, A VERDADE.
Apreendam, efetivamente, que não é questão de Viver O ABSOLUTO, mas de SER O ABSOLUTO.
SER O ABSOLUTO É ALÉM DE TODO ESTADO DE SER.
É, também, poder colocar-se não importa qual o ponto de vista dessa Forma ocupada que é o Corpo, como qualquer outro Corpo.
É, portanto, A LIBERDADE, a Verdadeira.
Não aquela de pensar, na prisão, que se pode sair da prisão.
Não aquela de construir hipóteses ou justificações ao facto de estar na Vida, porque tudo isso gira em círculos.
Não existe saída.
O Ego e a Noção de Evolução fizeram-vos crer e aderir ao facto de que isso será melhor amanhã.
Mas, não há absolutamente, nada de melhor possível amanhã.
Aliás, amanhã não existe, nem ontem.
Enquanto vocês considerem que existe um Amanhã, enquanto considerarem que existiu um Ontem, o ABSOLUTO não pode bater à vossa porta.
Eu falo, aí, é claro, do que vocês denominariam as Leis do Espírito, porque nada impede o Corpo de estar inscrito num emprego do tempo e esse emprego do tempo desenrola-se, tranquilamente, sem nada fazer no sentido de um investimento da Consciência, ao mesmo tempo fazendo, perfeitamente bem, o que há a fazer.
É uma mudança de olhar, é uma mudança de ponto de vista.
É uma mudança interior, de posicionamento no qual, precisamente, vocês saem de toda a posição, no qual vocês não adotam mais uma posição, mas, efetivamente, algo além de qualquer coisa, no AMOR que Sois e na LUZ que Sois, sem ter necessidade de projetar um qualquer AMOR, uma qualquer LUZ.
Lembrem-se: Vós Sóis AMOR LUZ.
Vocês não são o AMOR que projetam.
Vocês não são a LUZ que podem ver porque, em definitivo, o ar não pode ver o ar e a água não pode ver a água.
Vocês estão, exatamente, na mesma situação: vocês não podem ver o que Sois.
Vocês podem apenas ver o que Não Sois e, portanto, refutar tudo o que veem no que não Sois.
E, aí, vocês terão a surpresa de constatar que não existe mais freio para o ABSOLUTO e que o traçado ou o marcador do ABSOLUTO, A ONDA DE VIDA, partirá ao assalto desse Templo Ilusório que é o Corpo, dos seus Corpos inferiores, dando-vos a viver A ONDA, do Interior, e não mais do exterior, num Corpo.
Vocês estão, eu diria, se assim se pode dizer, em plena fase de verificação, de validação do ABSOLUTO.
Ninguém vos pede para acreditar no que é inacreditável.
Ninguém vos pede para aderir ao que vocês não podem aderir.
Apenas vocês é que podem testemunhar a vós mesmos, além do testemunho do Objeto, além do Observador e do Observado e além de toda a Projeção não importa de que palavra.
*****Pergunta: - Qual é a Crença que me freia para me abandonar ao ABSOLUTO?
R:- A mais irresistível das Crenças: tu mesmo.
Enquanto acreditares na mínima parcela desse Corpo, enquanto acreditares no mínimo elemento da História, estás inscrita no Efémero.
Nenhum Efémero permitir-te-á acederes ao ABSOLUTO.
É claro, existem condições preliminares, ligadas à própria estrutura da Vida sobre esse Mundo, inscritas, é claro, na Personalidade, no Ego, e também, no SER.
Sem entrar em detalhes demasiado complexos, o que freia é a Negação do ABSOLUTO, porque o Ego tem sempre, por objetivo, por função, apreender algo que lhe seja Desconhecido, fazê-lo seu, na Descrição, numa Vivência, numa Experiência.
O ABSOLUTO não pode ser guardado no Ego, na pessoa, nem mesmo no SER, dado que o ABSOLUTO É, banha tudo, incorpora tudo.
Querer apreender-se dele, querer conhecê-lo é impossível.
A maior das Resistências situa-se, é claro, nesse nível, e em nenhum outro lugar.
O Crença em ti mesmo é o Freio, o mais potente.
Mas tu não és, tampouco, esse Freio.
Aliás, quem freia, é apenas o que tu mesmo construíste, o que tu mesmo vislumbraste?
Gostaria de dizer-te que não é mais necessário conjeturar, em nenhum Futuro e em nenhum Passado, para Viver O ABSOLUTO e, portanto, SER ABSOLUTO.
A CRENÇA NO FACTO DE VIVER O ABSOLUTO CONDUZ A SER ABSOLUTO.
Há, de algum modo, um Sinal portador, Marcador ou Testemunho, da instalação de algo de Desconhecido: é A ONDA DE VIDA e a Transcendência dos Centros de Energias inferiores.
Mas não dêem, tampouco, importância a tudo isso porque, se vocês ali atribuem mais importância do que o necessário, isso vai, também, cristalizar-se, isso vai, também, limitar-vos e concorrer para manter os Limites do isolamento.
A melhor atitude, é claro, é a Espontaneidade da Criança.
É aquela que está, totalmente, imersa na Experiência.
Sem Julgamento, sem Ponto de Referência, sem Projeção.
Enquanto existir um Julgamento, um Ponto de Referência, uma Projeção, tu não és a Criança.
E, portanto, o ABSOLUTO não pode vir bater no que ÉS.
É a ti que cabe criar as Circunstâncias preliminares ao ABSOLUTO.
Isso é, em parte, aquilo de que falei: a investigação sobre tudo o que tu não és, porque isso é Efémero.
Isso consiste em eliminar tudo o que constitui a tua Vida e esse Mundo.
Não para dele fugir, eu insisto.
Mas, efetivamente, para refutá-lo como suposição inválida e invalidada pela própria Lógica, além de todo o Mental.
O Sono, a Investigação, a Compreensão do que representa o Testemunho, o Testemunho, o Sujeito, o Objeto, o Experimentador e o que é Experimentado inscrevem-se, em definitivo, numa futilidade.
Aceitar essa futilidade é, já, um grande passo.
Não de vocês, mas do ABSOLUTO para vocês.
***** Pergunta: - Algo instala-se em mim, que eu não conheço, e sinto-me estranha, ou mesmo estrangeira. Vivo, ao mesmo tempo, a Consciência do Nada e uma Plenitude. Sinto-me levada pela Vida e eu deixo. Há como um apagamento de mim mesma e uma distância, em relação a esse Mundo, não tenho medo, nem palavras, nem espera. Poderia esclarecer-me sobre o que eu não vejo em mim?
R:-Aceita que quanto menos vires em ti, mais serás Absoluta.
O que não pode ser percebido, o que é, portanto, percebido, o que não pode ser colocado em palavras, nem mesmo em Vibração, essa estranheza, assim como a nomeias, é a Morte do Ego.
É necessário esvaziar, é necessário deixares-te limpar e lavar.
Essa fase é mais ou menos longa.
Ela requer, tal como o dizes, uma certa forma de neutralidade.
A Casa está limpa, podes, portanto, Desposar o teu Duplo.
Esse Casamento, que é uma aproximação, pode desenrolar-se num tempo ilusório, mas que é vivido como tal.
É um Estado em que não há nada a Observar, nada é Observável, em que nada é visto, nada percebido.
Isso poderia parecer vazio, mas não é vazio.
É, muito exatamente, quando isso dá a impressão de durar, a preparação, de algum modo, para as tuas próprias Núpcias e, portanto, para o ABSOLUTO.
Se eu posso exprimi-lo assim, aproveita-te disso, porque aproveitares-te disso, é nada fazer, nada temer, o que coloca um fim a toda a Dúvida, a toda a Espera e, também, a toda a Impaciência.
Nesse Estado de Vacuidade, que certos Movimentos procuraram, que algumas Filosofias indagaram, instala-se o ABSOLUTO.
Portanto, apreendeste, viveste, e aceitaste que nada há a procurar, nada a encontrar.
Esse NEANT, que não é um, é irremediavelmente, o fim do Ego.
O vaso está pronto para ser preenchido.
O Esposo e a Esposa mantêm-se à porta, jamais partiram.
Aproveita, se eu assim me posso expressar, dessa Vacuidade que é, de algum modo, uma antecâmara do ABSOLUTO.
Porque, se estás vazio de ti mesmo, podes então, estar pleno do que tu ÉS.
Esvaziares-te de ti mesmo é, muito exatamente, o que é denominado o Abandono do SER.
É Transcender o «EU SOU».
É o momento em que a Consciência constata que nada há a observar, que nada é observável, e que o próprio fato de observar é um incómodo.
Há, portanto, um mecanismo de Núpcias Místicas, em progresso.
Aceitar e viver «não mais estar pleno de Pensamentos ou seja, de Ilusão», não mais estar pleno de Esperança, que é Projeção no Futuro, instala-te, de algum modo, num Estado além da Esperança, que poderia ser denominado de Esperança, mas que é, antes de tudo, Plenitude.
São, de algum modo, os últimos Jogos da Ilusão, o que permite apreender que nada pode estar Vazio, e que nada pode estar Pleno, e que isso não se situa entre os dois.
Essa fase não pode ser chamada um Estado porque, precisamente, nenhum Estado está instalado.
A Vacuidade é a Plenitude, a Plenitude é Vacuidade.
Essas duas palavras, além de todo o significado, são aquelas que representam o melhor, essa fase prévia ao ÚLTIMO.
Sobretudo, não faças nada, sobretudo, não empreendas nada.
Isso dito, não te impede de fazer o que tens que fazer, na Vida desse Corpo, das tuas obrigações.
Mas, simplesmente, não te comprometas, faz o melhor que possas.
O que vives não é uma Espera, o que vives não é um Vazio ou um Pleno, são os dois.
É nessa fase que A ONDA DE VIDA pode criar a tua Verdade, porque tu, ÉS A ONDA DE VIDA.
Há, portanto, um Processo de des-identificação, uma Morte, no plano simbólico, de tudo o que não é Verdadeiro.
É essa fase que vives.
Sobretudo, não julgues nada.
Contenta-te, ainda por pouco tempo, em ser aquele que observa o que vive isso.
Muito em breve irás além.
Esse «muito em breve» não é inscrito numa Linearidade Temporal, nem em outro Espaço , mas, efetivamente, numa forma de acuidade de ti mesma.
Algumas Experiências intermédias são possíveis nesse Estado, nessa fase, que vêm, se assim se pode dizer, confortar-te com o facto de que tu não seres esse Corpo e, ainda menos, essa pessoa.
Então, aproveita e desfruta dessa fase, porque ela é prelúdio ao Casamento Místico.
Deixa fazer, totalmente.
***** Pergunta: - O ABSOLUTO está além, portanto, das Hierarquias das Dimensões., 5ª 11ª,18ª etc., seria como o retorno à FONTE? Portanto, se se vai para o ABSOLUTO, qual é o interesse da 5ªDimensão?
R:- Tu pressupões, equivocadamente, que o ABSOLUTO é assimilável à FONTE.
A FONTE, por essa própria palavra, significa-te uma origem e um fim.
O ABSOLUTO É além da Origem e do Fim.
A Dimensão, qualquer que seja o seu número, é apenas uma Representação, uma gama de Vibrações, uma gama de exploração da Consciência.
O ABSOLUTO e a FONTE lembram-se de ti, mas lembra-te, que tu és Livre de te estabeleceres onde bem te pareça.
Simplesmente, deve-te ser recordada a existência da FONTE, através da Experiência da FONTE, do acesso ao ABSOLUTO.
Se tu És o ABSOLUTO, tu tens toda a latitude e LIBERDADE para ali permanecer, ou manifestares-te em qualquer Dimensão que seja.
Se a tua Gama de Frequências, sua Gama de Vida, a Partitura que tocas estiver incompleta e, contudo, permitir-te ver a completude existente no ABSOLUTO, tu és Livre para acreditar que existem Experiências a efetuar em outros Mundos, em outra Dimensões, em outros Estados.
Isso faz parte da tua LIBERDADE, mas entenda-se, isso, precisamente, não tem nenhum interesse do ponto de vista do ABSOLUTO.
Então, o que o impede de SER O ABSOLUTO, dado que, evidentemente, há um impedimento?
O impedimento está diretamente ligado à Dúvida e ao Medo.
Tu não podes conhecer o ABSOLUTO do ponto de vista em que tu estás.
O ponto de vista no qual estás, deve desaparecer, ele deve aniquilar-se.
Lembra-te de que não é possível vislumbrar uma qualquer continuidade entre o Conhecido e o Desconhecido.
Tu não podes permanecer no Conhecido e viver o Desconhecido.
É necessário deixar o Desconhecido tomar-te, e aperceber-te-ás, em seguida, que o Limitado ainda está Presente.
Mas, antes, isso é apenas uma suposição, isso é apenas uma Crença, porque tu não a viveste.
Simplesmente, muitas Estruturas disseram-vos que ser-vos-á feito segundo a vossa Vibração, se preferires, segundo a sua partitura.
A partitura que tu tocas é tributária de um instrumento, e não de outro instrumento.
Queres ser tal instrumento ou queres ser, ao mesmo tempo, no mesmo Espaço e em todas as Dimensões, o conjunto de instrumentos?
Colocando um fim a toda a Barreira, a todo o Limite.
Nenhuma Experiência será, jamais, útil ao ABSOLUTO, mas ela continua e permanece útil àquele que toca a própria partitura, Ilusória ou re-ligada.
O ABSOLUTO é a LIBERDADE total, mas a LIBERDADE dá Medo, porque a LIBERDADE é, precisamente, o que é Desconhecido.
Enquanto reivindicares a LIBERDADE dentro de um qualquer enclausuramento, tu mentes-te a ti mesmo.
E, enquanto houver mentira, A Verdade não pode existir.
Tu não podes, portanto, pretender supor ou imaginar que o ABSOLUTO seja a FONTE.
O ABSOLUTO é a FONTE, mas é bem mais do que a FONTE, porque o ABSOLUTO não tem nem origem, nem fim, nem Localização, nem Não Localização.
A Vibração, a Consciência é Vibração, isso foi-vos dito, permitindo viver, consciencializarem-se das Rodas de Energia, as Lâmpadas, do Despertar da KUNDALINI e, ainda, da percepção da ONDA DE VIDA.
Mas, enquanto te percebe, tu não és o que é percebido.
O ABSOLUTO é a instalação no percebido, e não a Percepção.
É o momento em que não há mais nenhuma Distância, nenhuma suposição sobre o ABSOLUTO, porque o Limitado, o Ego, como o SER, apenas podem representar-se a Verdade.
Mas toda a representação será sempre, apenas um Espetáculo, uma Projeção, uma Ilusão a mais, mais ou menos palpável, mais ou menos aproximada, que dá um sentimento mais ou menos real, mas não é o ABSOLUTO.
Independentemente do Testemunho e do Marcador do ABSOLUTO, ou seja, A ONDA DE VIDA e seus efeitos sobre o Êxtase ou o Íntase, há, também, outro Marcador, que se situa na Consciência que termina na Não-Consciência.
É, precisamente, o momento em que não há mais questão, porque a própria questão é concebida como ilusória, tanto quanto minha resposta.
Enquanto vocês pronunciarem palavras e eu pronunciar palavras, há ilusão.
Mas essas ilusões serão, em definitivo, menos tenazes que aquelas que estavam aí antes das tuas e das minhas
Isso não é, portanto, um Jogo estéril, mas é, efetivamente, uma prática, no sentido o mais nobre.
Essa prática, podendo ser julgada pelo Ego como intelectual, vai levar-vos, à vossa velocidade, a realizar o Estado que foi descrito aquando da questão anterior.
Não suponhas nada do ABSOLUTO, porque tudo o que irá supor apenas poderá ser estabelecido através da tua Experiência e do teu Conhecido.
Não projetes nada sobre o ABSOLUTO, porque projetar nele o que quer que seja é já, dele afastares-te.
O ABSOLUTO não pode ser Conhecido, ele não pode ser Formulado, ele não pode ser Vibrado, ele não pode ser colocado em Palavras.
Em contrapartida, é possível utilizar a Vibração e Palavras para apreender o que ELE não é.
Nesse momento, há uma espécie de aproximação que se efetua, é essa Fase Final.
Nada supor é, também, nada fazer, nada empreender, porque tudo o que for feito ou empreendido colocar-vos-á na distância do ABSOLUTO que, eu recordo-vos, está sempre aí.
Se há Resistências ou Freios, olhem-nos, e é tudo: deixem-nos passar, nada façam.
É claro que vocês podem sempre facilitar as condições iniciais, se assim se pode dizer, através de tudo o que vos é agradável.
Mas não se percam no que é agradável, não façam disso um objetivo.
Praticar um Yoga para simplesmente estarem bem, não vos levará ao ABSOLUTO.
Mas estejam conscientes que estar bem, permite-vos instalarem-se numa receptividade, se assim se pode dizer, maior.
Não façam das palavras, tampouco, uma finalidade.
Não façam das Vibrações, tampouco, uma finalidade, mas bem mais, antes, meios e ferramentas para se aproximarem do que não conhecem e que, no entanto, seguramente, é a vossa Natureza .
Isso exige, da parte de vocês, e isso exige, da tua parte, uma Honestidade, uma Integridade, uma Humildade, uma Simplicidade, isso vocês sabem-no, mas, sobretudo, uma Transparência, porque não pode haver Transcendência sem Transparência.
A Transparência é criada por KI-RIS-TI, pelo DUPLO, pela UNIÃO MÍSTICA.
Um opaco, resistente: o Corpo, a Identidade, o Ego, o SER, re-encontra a Transparência do Fogo.
Desse re-encontro resulta a Transparência.
A Transparência é nada parar, nada reter do que pode passar, seja um pensamento, seja uma emoção, seja um sintoma do Corpo, seja uma relação: não fixem nada, permaneçam fluidos.
Observem, se quiserem, mas vocês não são a Emoção, não são o Pensamento, não são a Relação, não são o Corpo.
Deixem fazer.
É o que eu posso dizer.
Sem nada rejeitar: não é porque tu rejeita um Pensamento que ele vai desaparecer.
Em contrapartida, se o olhares passar, sem ali te prenderes, ele desaparecerá, é toda a diferença.
***** Pergunta: - A partir do momento em que eu aceito que não sou tudo o que eu conhecia do meu EU e do SER, de que abertura, além da minha Consciência atual, tenho necessidade, à parte de deixar agir A ONDA DE VIDA e O MANTO AZUL DA GRAÇA, para oscilar no ABSOLUTO além do «EU SOU»?
 R:-Nada mais, e uma única coisa em relação ao que dizes: aceitar que nada ÉS de tudo o que conheces, é uma primeira Etapa.
Mas você tem pensado em refutá-lo?
Não é porque tu dizes, unicamente: «EU NÃO SOU ESSE CORPO», que vives o ABSOLUTO.
Refutar o «EU NÃO SOU ESSE CORPO» está além da Aceitação.
Não é um Jogo de palavras, é uma Realidade da Consciência.
A Consciência que te conduz, se assim se pode dizer, a deixar exprimir-se e imprimir-se o ABSOLUTO, é uma Refutação de tudo o que tu conheces e não, simplesmente, aceitar a Negação do que conheces.
No acto de Aceitação do que tu não ÉS não há Refutação, há, portanto, ainda, uma Distância.
A Refutação, em contrapartida, do que tu não és, está além da Aceitação.
A Refutação é um acto ativo, a Aceitação é um acto que eu poderia qualificar de passivo.
Há, portanto, uma fase preliminar ativa, essa fase é conduzida pela própria Consciência, do Ego ou do SER.
A Refutação é, portanto, uma Dinâmica.
Como eu o disse, é uma investigação.
Essa investigação não é um Jogo do Mental, mas, efetivamente, um exercício, não gosto dessa palavra, espiritual.
A partir do instante em que a investigação é realizada, ela conflui em quê?
Sobre uma Identificação.
A des-identificação através da Refutação vai, portanto, conduzir-te, sem esforço, sem nada fazer, A SER ABSOLUTO.
A Espontaneidade acompanha a Transparência.
A Espontaneidade é a Ausência de Reflexão, o que não quer dizer fazer não importa o quê, mas fazer ou ser o que é, independente de toda a referência a um Passado e, portanto, a uma Experiência passada.
É o Caminho do Coração, porque o Coração não engana, jamais, contrariamente ao Mental.
Eu não falo da Intuição, porque a Intuição faz sempre, referência ao que é Bom ou Mau, para ti.
Nós estamos além do que é Bom e do que é Mau.
O Bom e o Mau, para ti, essa Intuição e esse Discernimento, dos quais se gabam os Seres ditos Espirituais, é uma ilusão a mais.
A Espontaneidade resulta da Transparência.
Há, portanto, nesse momento, de algum modo, uma espécie de perfuração do Coração, de trás para frente, e da frente para trás.
O facto de ser perfurado coloca em Ressonância, bem além do que é percebido no Corpo, a Transparência e a Espontaneidade, que desvia, literalmente, a Experiência passada e, portanto, o Mental.
Isso denomina-se também, a Doação do SER ou o Abandono do SER.
Isso fará, eu creio, o objetivo de um desenvolvimento por uma Consciência, se assim se pode dizer, mais qualificada do que eu (ndr: ver em nosso site a intervenção de ANAËL, de 9 de Abril).
Aí também, nada há, portanto, a fazer, mas, efetivamente, a deixar fazer.
Mesmo que haja um lado ativo na Refutação, depois, convém deixar fazer, porque tu nada podes fazer, nada empreender, para conhecer o que te é Desconhecido.
Podes apenas passar de um ao outro, mas essa Passagem não é ilustrada por algo que te permitiria passar: é, portanto, efetivamente, uma Transcendência, e não uma Transformação.
Há, portanto, efetivamente, essa Investigação a realizar.
Uma vez a investigação realizada, deixem de Ser e deixem de fazer.
A investigação termina, sistematicamente, no que poderia ser denominado um Paradoxo, entre o NEANT e a PLENITUDE, numa interrogação, que eu qualificaria de final, interrogação final que coloca um fim a toda a interrogação e a toda a questão.
É nesse momento que é percebida a absurdidade total do Ego e do SER, não antes.
***** Pergunta: - Gostaria de estabilizar o Estado de Não-Observação mais do que apenas um pequeno instante. Como?
R:-Simplesmente, parando de querer observar, de maneira incessante, todas as coisas.
Fixa-te no próprio Mecanismo da Observação e não no que é Observado.
-Quem é que Observa?
-Onde está o Observador?
-São esses Olhos que vêem?
- É essa Reflexão?
-Onde está situado o Observador?
É passar da perspectiva do que é Observado para outra perspectiva.
Enquanto houver observação do que quer que seja ou de quem quer que seja, o Tempo desenrola-se.
E, portanto, há um chamado, através da tua questão, para querer fixar o que não é fixável: o Tempo escoa-se.
É, portanto, para ti, através dessa questão de «quem Observa?» e não: o que é Observado? que nascerá a Imobilidade, porque vais procurar o Observador e aperceber-te-ás de que não há mais Observador do que coisas observadas.
E que o Observador é apenas uma Projeção, de outra coisa, que está por trás do Observador,
Nesse momento, poderás Oscilar.
Não antes.
O SER é a Observação, a mais perfeita da LUZ, na qual Mecanismos de Consciência e de Vibrações estão presentes, que concorrem para estabelecer a Alegria, que concorrem para estabelecer uma Satisfação, que permitem crer que há uma Investigação que foi consumada, concluída e realizada.
É necessário superar isso e ir além disso.
O melhor modo, efetivamente, é nada fazer, deixar fazer.
E sair ainda, da dinâmica aparente da Observação, do que é Observado, do próprio Observador.
- Porque, quem está por trás de tudo isso?
- Ou, antes: o que está por trás de tudo isso?
Enquanto Observas, tu não é o Observador.
Enquanto é o Observador não és o que está por trás do Observador.
Investigar sobre isso é uma prática, essencial.
Dessa investigação, realizada honestamente, decorrerá a Fase Final, decorrerá, também, A ONDA DE VIDA e a Permeabilidade das Rodas, dos chacras, para A ONDA DE VIDA.
Não te ocupes com A ONDA DE VIDA, tu não podes nem dominá-la, nem controlá-la, nem dirigi-la, vais, portanto, observá-la.
E vais colocar-te, portanto, do ponto de vista do Observador, que vai colocar-se a questão: é Bem, é Mal?
Enquanto jogares esse Jogo, o Êxtase não pode nascer.
Vem um momento em que apreendes que não podes influenciar, de modo algum, A ONDA DE VIDA, mas continuas Observador.
Coloca-te então, a questão de «o que é que é Observado?”», de «quem é o Observador?» e tornar-te-ás A ONDA DE VIDA, deixando nascer, então, o Êxtase, Marcador Indizível do ABSOLUTO.
O que é para estabilizar é o que já está estabilizado e que jamais se moveu, que jamais desapareceu.
É, muito exatamente, o ABSOLUTO:
Aí, onde não há mais Observador, onde não há mais Observado e onde não há mais, tampouco, o que  se mantém por detrás do Observador, porque o ABSOLUTO é, ao mesmo tempo, o Observado, o Observador e o que está por detrás do Observador.

Aí também, não há mais Distância, nem diferença.


***** Não temos mais perguntas, agradecemos-vos.
Então, eu proponho-nos colocar, de maneira «tran», um termo em nossas conversas.
Eu deixarei o mais qualificado do que eu expressar o que representam essa DOAÇÃO de SER e esse ABANDONO do SER.
Eu intervirei noutro momento, no vosso Caminho para essa realização.
Resta-vos ler o que eu vos disse.
Não façam disso uma palavra de Certeza ou de Evangelho.
Tentem ver o que é exato, o que não é exato.
Não num aspecto discriminante, mas, do mesmo modo que eu o exprimi, em forma de investigação.
Eu darei instruções, dentro de poucos dias, que nos permitirão concluir esta conversa, a fim de ir ao Princípio e à própria Essência do que foi dito, ou seja, ir além do Diálogo, além do Símbolo para, de algum modo, reunir os três elementos na mesma INDIZÍVEL VERDADE do ABSOLUTO.
Agradeço-vos a vossa Atenção.
Agradeço-vos, por terem suportado e portado as palavras que eu tinha a dar-vos.

Dado que eu devo nomear-me, BIDI saúda-vos e diz-vos, no vosso Tempo, até breve.
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NDR: 
Na sua intervenção de 29 de Março de 2012, BIDI apresenta as suas modalidades de intervenção.



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