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BIDI – 2012.04.13 - 2
***** Pergunta: - Deixar acontecer permite atingir o Sacrifício de si-mesmo, o que chamou de "deixar-se limpar e lavar"?
R:- Sim, enquanto acreditares e jogares o Jogo de «melhorares» o que quer que seja, afastaste-te do ABSOLUTO, ou pelo menos ele afasta-se de ti, porque, enquanto aceitares jogar contigo mesmo, enquanto aceitares jogar com uma Pseudo-Evolução, uma Pseudo-Compreensão, tu apenas permaneces na Ignorância.
"Deixar acontecer" é muito exatamente isso.
Enquanto fores persuadido, ou que te convenças, de que deves fazer isto ou aquilo, para Seres melhor, para Estares bem, para Seres alguém mais valido, permanecerás um qualquer.
- Como pode ser o contrário?
O ABSOLUTO não tem nada a ver com ninguém e, sobretudo, contigo.
Lembra-te:
O ABSOLUTO é o prazer total, completamente ao contrário do que acontece quando te ocupas de ti, porque a satisfação será sempre apenas Efémera.
O Ego pedir-te-á sempre outra coisa, sempre mais, ou, sempre menos.
***** Pergunta: - Quando de um Protocolo, senti o meu Coração disparado. Refutei essa Manifestação, dizendo que isso não me pertencia. Parou, mas depois o meu Mental manteve-se ativo. Teria feito melhor deixar ir essa Manifestação completamente?
R:- O que é que se manifestou?
Uma Modificação no teu Coração, Órgão.
Mais do que refutares a Manifestação ou a Modificação do Órgão, refuta o Órgão.
Esta é toda a diferença.
Isto é o que permitiu a Manifestação ou a intervenção do teu próprio Mental.
Não podes ser uma qualquer Manifestação do que não existe, portanto, refutar uma Manifestação de qualquer coisa que não existe, reforça o que não existe.
Não te enganes no alvo.
A Manifestação é um fenómeno agradável ou desagradável que surge, como o dizes, em algum lugar, no teu Coração.
Tu portanto, refutaste a Manifestação dessa anomalia, e ela desapareceu.
O Mental apoiou-se aí também, isto é, sobre o Coração, para tomar a iniciativa.
Tal Refutação, de alguma forma, reforçou a Ilusão de Ser este Coração que bate.
Tu retornaste à normalidade, portanto, a uma existência.
Ele não desapareceu, o que foi uma Alegria para o Mental.
Mas isso faz parte da Experiência.
E enquanto constatas que a Experiência, seja ela qual for, não faz mais do que reforçar o que é experimentado, mesmo que este tipo de Experiência pare, a um dado momento, tu estarás cansado das Experiências e o ABSOLUTO poderá Ser.
Se o Coração acelera, então tu consideras que há um Coração.
É difícil conceber uma aceleração de algo que não existe.
A Emoção é apenas a consequência, é por isso que nós falamos do Mental, antes de falar da Emoção.
- Porque o Mental apoia-se sobre o quê?
Sobre a Experiência passada.
O Mental não passa, à priori, a Manifestação Corporal, excepto quando se torna demasiado pesado, ou se Cristaliza.
A Emoção faz participar o Corpo, de uma forma ou de outra.
Tu não podes Refutar uma Emoção.
Pode Refutar o que tem uma tradução dessa Emoção, no Mental, porque te remetes, nesse caso, a uma consequência, no caso da Emoção, mas não à Causa.
Há uma espécie de Reversão, de Passagem de um ao outro, entre a Emoção e o Mental.
Muitas vezes, a Emoção coloca em Movimento o Mental.
Ou o Mental, ele mesmo, quando ele é suficientemente persuasivo, pode desencadear uma Emoção.
Deixa-me explicar:
A Lembrança de um Sofrimento passado, como um luto, é, portanto, um Processo Mental, dado que faz apelo a uma Lembrança, a uma Memória e a uma História.
A Lembrança pode ser suficiente para provocar a Emoção.
Refutar a Emoção não refutará a Lembrança e até mesmo reforçará a Lembrança.
Isto é exatamente o que aconteceu.
***** Pergunta: - Ter a Cabeça Vazia e a impressão de não mais saber a que se segurar é uma Manifestação do Ego que solta?
R:- É antes uma Manifestação do ABSOLUTO que se aproxima porque se tu consideras que é o Ego que solta, consideras que o Ego existe.
E, portanto, tu observas-te.
Agora, sobre o plano do encadeamento ou das Etapas ou dos Estados que conduzem a não mais viver, o Sono, o Vazio, a impressão de não mais ter Lógica, participam, inegavelmente, numa espécie de impulso, mas visto do exterior, para o ABSOLUTO.
Ou melhor, tu esvazias-te de ti mesmo, ou melhor, o ABSOLUTO pode tomar o lugar.
Enquanto existir a menor parte de ti, o ABSOLUTO não pode aí estar.
Não há nenhuma razão para que o Espectador observe a Cena, se há uma cortina e nada é jogado.
Esta é uma primeira Etapa.
***** Pergunta: - Porque é que, para alguns, o Sono inscreve-se numa certa futilidade e para outros traz uma qualidade de Abandono ao ABSOLUTO?
R:- Porque para cada um, eu posso dar-vos uma resposta que é diametralmente oposta, porque me remeto ao vosso Relativo.
E, a cada Relativo, efetivamente, uma proposição para um, que pode ser uma proposição exatamente oposta, para o outro.
Porque desde que haja palavras, desde que haja pergunta e resposta, efetivamente, a resposta pode-vos convir ou não vos convir.
O que é verdadeiro no teu Relativo, não é Verdadeiro no Relativo do Outro, porque há, efetivamente, do vosso ponto de vista, Um e o Outro.
Mas mesmo esta questão, que colocas, é importante.
Porque permite-te ver, a Não-Compreensão, ou a Não-Lógica aparente, de uma Resposta que pode estar no oposto para a mesma questão.
Mas a mesma questão não concerne à mesma pessoa: existem ainda duas pessoas.
Para algumas pessoas, não fazer nada, pode ilustrar-se pela qualidade do Sono e, assim, da LIBERTAÇÃO que ocorre nesse momento.
Será que durante o Sono, se coloca a questão do Mundo?
Será que durante o Sono, se coloca a questão da “pessoa”?
Será que durante o Sono, se coloca a questão de uma qualquer Realização?
Então, o Sono é ABSOLUTO.
Simplesmente, eu não tenho nenhuma Lembrança, senão eu ficaria a dormir Eternamente e o ABSOLUTO tomaria todo o lugar.
A palavra Futilidade não se aplica ao Sono, mas no teu Sono, neste contexto preciso, e unicamente neste contexto, dado que é neste contexto que eu procuro para te mostrar.
Como os Anciães e as Estrelas vos disseram longamente:
Ninguém pode passar pela Porta no vosso lugar.
Tomem Consciência de que existe um Teatro e todo o seu conteúdo é Essencial, como se, de algum modo, do ponto de vista do Ego, fosse necessário criar ainda mais de Ego, mais de EU, para se desviar, finalmente, do EU.
A Experiência conduz à Experiência.
Mas o excesso de Experiência vai acabar por matar a Experiência.
Pede a uma Criança para construir uma casa com pedaços de madeira.
Se não lhe deres peças suficientes para construir, ele vai dizer que não pode construir a casa.
Dá-lhe o número certo de peças, ele vai construir a casa.
- Dá-lhe agora três vezes mais peças do que o necessário, o que vai acontecer?
Ela fará uma casa ou duas casas ou três casas.
Mas dá-lhe, agora, dez vezes mais peças.
- Será que ele vai construir dez vezes a mesma casa?
Não. Ela vai-se cansar.
Este é exatamente o mesmo Princípio para o Ego e para o SER.
O Recipiente, o Corpo, o Corpo de Nutrição como o Corpo de Desejo, não pode conter mais do que ele mesmo.
Olhem a própria existência do Desejo, qualquer que seja ele.
Ele está cheio a um dado momento e ele necessita de ser reproduzido, e o Sentimento de Satisfação afasta-se cada vez mais.
Assim é, para todo o EU.
Quando não respondes mais ao Desejo, por mais que te coloque a questão sobre "de onde vem este Desejo", isso é já um primeiro passo.
Os alimentos do Ego, sejam eles quais forem, sobretudo numa Jornada Espiritual, vão nutrir o Ego, esse é o seu objetivo.
Mas virá um momento em que, muito nutrido, o Ego constatará, com perdas e balburdia, que ele não avançou mais do que uma polegada, porque ele não pode avançar, ele apenas se pode esvaziar.
É próprio do Corpo de Desejo.
Ele enche-se, mas existem limites e, então, ele esvazia-se novamente, e ele enche-se de novo, e ele esvazia-se de novo.
Depois, ele vai procurar preencher-se com outras coisas.
Ele enche-se e ele esvazia-se novamente e chega um momento em que a estupidez dessa conduta aparece cruamente, mais ou menos rapidamente, segundo o vosso tempo.
Mas todo o Desejo é feito para ser Satisfeito, mas quando ele é Satisfeito, nasce um outro Desejo.
Eis então, a estupidez de toda a busca Espiritual.
Não existe nada a procurar.
Não há nada para encontrar.
Apreendam isso.
Vocês adicionam sentido ou vocês tentam encontrar sentido, no que não tem nenhum sentido, desde que Efémero.
É característico do Ego e do Jogo da Personalidade.
***** Pergunta: - É normal ter necessidade de atividades como a pintura, a jardinagem, etc ...?
R:- O EU tem a necessidade de estar ocupado.
Não há nem normalidade nem anormalidade.
Há somente que mudar de Olhar.
Tu não és este que pinta.
Tu não és o que faz jardinagem.
Deixa acontecer isso.
Fá-lo, se isso te ocupa, se há um impulso.
Não julgue o impulso.
É como para a Emoção: o teu Corpo implora por comida, tu dás-lhe.
O teu Corpo precisa evacuar líquidos, tu vais ao banheiro.
Tu não te colocas a questão de saber se isso é normal ou não.
Faz o mesmo para tudo o que te mantem no Coração, por assim dizer, deste Corpo ou destas Emoções ou deste Mental.
Mas tu não és isso.
Troca de ponto de vista.
Se fazer jardinagem ou pintar envolvesse UMA LIBERTAÇÃO, isso será.
Por outro lado, isso é também uma derivação do Mental.
Assim, não há, portanto, que culpabilizar, nem que, achar isso normal ou anormal, nem mesmo colocar-se a questão do porquê.
Simplesmente tenta localizares-te, num primeiro momento, no Observador:
- O que é que retiras?
De seguida, Aceita que, o que é retirado, de Agradável ou de Satisfação não existe mais , tu és outra coisa.
O que está em Jogo, aí, é sempre o Teatro.
Nenhuma atividade deste Mundo, Social, Espiritual, Emocional, irá libertar-te.
Na maioria dos casos, aliás, é mesmo o inverso, através do Desejo e da Reprodução, ou um Senso de Dever ou de Honra, ou o que é ainda pior, «a Vontade de Bem», ao Nível Espiritual, com o Sentido de uma “Missão”, com o Sentimento de algo para completar que mantém o Ego ou o SER.
Mas o que quer que faças, ou não faças, o mais importante é apreender que tu não és nada do que foi realizado.
Está Consciente de que jogas.
Está Consciente de que te dá Prazer.
Mas que isso não é, de nenhum modo, qualquer Libertação, nem mesmo nenhuma Realização.
Claro que, em outros registros, o Actor, o Artista, vai ser persuadido a desempenhar um Sacerdócio, uma MISSÃO, um Serviço.
O ABSOLUTO não tem o que fazer de tudo isso.
Ele ainda se ri de tudo isso, porque, enquanto estiverem cheios disso, vocês não são Absolutos.
Não é questão de parar, mas, como já foi dito, de abandonarem tudo, estando lúcidos.
E, desde que estejas lúcido, vais constatar por ti mesmo que muitas coisas mudaram.
Em resumo, não é nem normal, nem anormal.
***** Pergunta: - Se eu me pergunto "quem sou eu?" Tenho a sensação de me tornar Vazio, o meu Corpo começa a vibrar e é como se eu flutuasse. O que provoca isso?
R:- Eu qualificaria isso, se como tal posso denominar, a base ao ABSOLUTO, mas mesmo isso deve desaparecer.
É, pode-se dizer, a última construção, porque efetivamente, colocar-se a questão de "quem sou eu?" conflui, inevitavelmente, não ao SER, mas aoNão-SER, o que o SER ou o Ego vai traduzir pelo Vazio, o NEANT, a Vertigem que é prévia ao que o ABSOLUTO se revela a ti.
Tu não és esse Vazio.
Tu não és, tampouco, o que percebes nesse momento.
Passa para o outro lado ou, como já foi dito, atrás.
O ABSOLUTO está aí.
***** Pergunta: - O que você quer dizer com «o ABSOLUTO está aí, atrás»?
R:- Se queres uma precisão sobre o ABSOLUTO, é impossível.
Atrás, isto é, dito por outras palavras: NÃO HÁ TEATRO.
Atrás é a noção de ser como numa emboscada…
O ABSOLUTO espera que tu a passes.
Ele espera que estejas Vazio para o SER, mas ele sempre esteve aí, excepto para ti.
Nenhum Relativo poderia existir sem o ABSOLUTO.
O Relativo desaparece, a partir do momento em que, ele se sabe Relativo e se aceita Relativo.
Não é uma Vontade, nem a expressão de um Desejo, mas é a perspicácia da Ilusão, da cenografia, do Actor e do Espectador e do Teatro.
Nesse momento, a explosão de riso chega, tu estás pronto.
O que estava por trás está na frente.
Isto quer dizer que ele já não pode ser ignorado.
TU ÉS ABSOLUTO.
***** Pergunta: - Existem afinidades entre as Consciências, no ABSOLUTO?
R:- Sim, em função, talvez, às vezes, de Linhagens de Origem, se tal se pode dizer de qualquer coisa que tem Origem, mas que, no entanto, passou por um lugar, que não é uma Memória, mas uma Coloração.
Mas lembra-te que o ABSOLUTO não é uma Consciência.
A Consciência é já uma Projeção.
E toda a Projeção reencontra uma afinidade através de uma outra Projeção, isto é, uma outra Consciência.
Como para a Personalidade, aí também, no sentido da Consciência, é necessário deixar acontecer.
Não dar mais importância do que isso tenha, que isso esteja relacionado com essa famosa Coloração.
O ABSOLUTO não pode ser afetado por nenhum Jogo da Consciência.
Ele vê-o, mas não participa.
Da mesma forma que te é necessário veres o teu Ego, não para julgá-lo, mas para refutá-lo.
Tu não podes refutar o que não vês.
Tu não podes refutar o que tu vês.
O Desconhecido não pode ser Conhecido.
Esta é a única coisa que não podes refutar, e é nesse sentido que ele é a única investigação e a única possibilidade de Viver ABSOLUTO.
O Ego poderá sempre dizer-te que isso não é Verdade.
Eu responderei então: como é que tu o podes saber, dado que não o viveste?
É uma Projeção e não é uma Experiência.
O Ego existe apenas por «suposição», ou por Passado, Experiências passadas.
***** Pergunta: - Que lugar pode ter a FÉ no Processo de acesso ao ABSOLUTO?
R:- O pior dos lugares, porque a FÉ, é originária da Crença.
Apenas existe uma certa forma de FÉ que vos foi esboçada por algumas Estrelas (Nota: em particular, nas intervenções de HILDEGARDE DE BINGEN HILDEGARDE DE BINGEN - 2012.03.31.pdf, 25.102010).
Mas existem, é preciso dizer, muito poucas Consciências capazes de tal FÉ.
Na maioria das vezes, a FÉ não é mais que um álibi para uma «Boa Conduta».
Como a FÉ não é uma Experiência, ela continua a ser uma Crença.
A FÉ pode acabar, para algumas Consciências, por se transformar nesta famosa Tensão para o ABANDONO e, portanto, ao ABANDONO do SER que é, recordo-vos, aí também, uma Refutação do Ego.
Portanto, se a FÉ te conduz à refutação do Ego, é perfeito.
Mas na maioria das vezes, ela apenas reforça o Ego, colocando-o em uma Falsa Humildade, numa Falsa Simplicidade, porque é exclusivamente deste Mundo, não permitindo nenhum acesso ao ABSOLUTO.
Esta permanece linear.
Isso chama-se de «Vontade de Bem», isso chama-se de « Boas Ações».
A FÉ, na maioria dos casos, afasta-vos da Autonomia, e ainda mais da Liberdade, porque ela constrange-vos em Regras.
O ABSOLUTO não pode ser Limitado por nenhuma Regra, principalmente Espiritual.
É o erro do Ego.
Eu diria: um embuste disfarçado.
Parece-me, aliás, que na vossa Tradição Ocidental, foi dito que quem tivesse a FÉ para mover montanhas, se não tivesse O AMOR, não ganharia nada.
O problema é que, sempre que o Ego fala de AMOR, ele faz uma Reivindicação.
Mas vocês sabem, talvez, por o terem vivido, que o Amor Humano é condicionado e condicionante, enquanto O AMOR Vibral é incondicionado e incondicionante.
Isso foi dito ontem por UM grande AMIGO.
(nota: canalização deUM AMIGO - 2012.04.12 - O YOGA DA ETERNIDADE.pdf).
(nota: canalização deUM AMIGO - 2012.04.12 - O YOGA DA ETERNIDADE.pdf).
Portanto, o Amor Humano é uma Projeção no Ser Amado, numa procura, mas ele não é vivido, em si, por si.
Sem isso, seria chamado de Realização.
A Libertação é uma outra coisa.
Ela é, de algum modo, a Vivência do AMOR TOTAL, além de todo o SER, através da ONDA DE VIDA, do MANTO AZUL e acompanha-se, é claro, de uma Ausência de Focalização, de Projeção, ou de qualquer Localização também, numa Forma Limitada existente.
Há, de alguma forma, neste Amor ABSOLUTO, incondicionado e incondicionante, o que eu denominaria de uma Permutabilidade.
VOCÊS SÃO VOCÊS, MAS VOCÊS SÃO, CADA UM ENTRE VOCÊS.
Este não é um Ideal, mas é a exata Verdade do que é vivido.
A FÉ vai-vos dar a Compaixão.
A FÉ vai desenvolver o Sentido do Serviço, Devoção que é um primeiro passo, mas que é Relativo.
Mas não faças da FÉ um objetivo.
Ela é um elemento que pode servir ou des-servir.
***** Pergunta: - É a FÉ que às vezes me dá a sensação de estar re-ligada à Eternidade, a algo que tem a ver com o ABSOLUTO?
R:- Absolutamente não.
A FÉ, na melhor das hipóteses, pode ser o que eu acabo de expressar: esta famosa Tensão ao Abandono.
Mas a Tensão ao Abandono não é o ABSOLUTO.
É uma impressão, como o disseste.
É qualquer coisa que te dá a sensação.
Mas o ABSOLUTO não será jamais uma Impressão ou um Sentimento.
Considerar isso, é considerar que existe um Movimento.
O ABSOLUTO não é um Movimento.
O Movimento percebido através da ONDA DE VIDA na Acção é apenas, de alguma forma, o ajuste ou o reajustamento do Ego, ou SER, ao ABSOLUTO.
Se eu posso empregar esta expressão, o ABSOLUTO É, e ELE É, então, IMÓVEL.
A tradução, ao nível do que é Efémero, é o Movimento.
O Sentimento da Eternidade não é A ETERNIDADE, é uma Emoção.
Enquanto existir Emoção, o ABSOLUTO não pode ser.
Permanece um Ideal colocado em outro lugar que não em ti.
Ele vai-se traduzir, sempre, pela atuação e Movimento de algo visando, aí também, a reproduzir isso.
Isso chama-se o Corpo de Desejo.
***** Pergunta: - Como é que a ONDA DE VIDA e O MANTO DA GRAÇA podem dissolver o que o não é, se o ABSOLUTO está além da ONDA DE VIDA e do MANTO DE GRAÇA?
R:- Nunca foi dito que O MANTO AZUL DA GRAÇA era o ABSOLUTO, evidentemente.
A ONDA DE VIDA, vocês percebem-na.
Quem percebe, além desse Corpo, este Ego e deste SER?
O ABSOLUTO não é nenhuma Percepção.
Pelo contrário, eles são, como isso já foi dito, Formas de Testemunho traduzindo, por assim dizer, uma Forma de Acção, ou melhor, de Inter-Acção entre o ABSOLUTO e o resto.
Mas recordem-se que não há nenhuma possibilidade de passagem de um para o outro, mesmo que exista, efetivamente, esta Inter-Acção.
A um dado momento, é necessário não mais existir, é necessário então desaparecer, o que significa «sair do parecer» e até mesmo do Ser.
O ABSOLUTO está ainda aí, mas ele vem a vocês a partir do instante em que estão Vazios.
Mas, para ir na direção deste Vazio, é necessário construir alguma coisa, porque é muito difícil para o Ego que não construiu as suas casas, (um certo número), soltar-se totalmente, se assim se pode dizer, ao ABSOLUTO.
Ele passa por espécies de Etapas, espécies de consciencialização, onde a Consciência parece cada vez maior, levando à Não-Separatividade do SER, à Transformação do Ego no SER.
E então, num dado momento, tudo isso também deve ser solto.
Mas o ABSOLUTO não será jamais O MANTO AZUL DA GRAÇA, ou mesmo O SOL, ou nem mesmo, vocês.
No entanto, a Consciência do Humano, mesmo fechada num Relativo que é este Corpo e este Corpo de Desejo, pode viver a Experiência do ABSOLUTO, porque esta não é uma Experiência, é A VIDA.
O Testemunho é o oposto do Testemunho do Ego.
O Ego, vocês sabem-no, calcula, reflete em termos de Dualidade, Bem / Mal, Prazer / Desprazer, Positivo / Negativo.
O ABSOLUTO NÃO É NADA DE TUDO, ISSO.
ELE, É PERMANÊNCIA.
NADA PODE AFETAR O ABSOLUTO.
SE VOCÊS SÃO AFETADOS, NÃO SÃO ABSOLUTOS.
A um dado momento, tudo isso também deve ser largado, e tudo isso deve aparecer e depois desaparecer.
Aparecer, como a Cena de Teatro.
Como uma Cena mais clara, decorações mais refinadas, um Actor mais perspicaz e a tomada de Consciência do Espectador, ou até mesmo do Teatro.
O que permitirá SER ABSOLUTO, quando o Teatro não existir mais.
A iluminação que é trazida através da Percepção e da Vibração, permite uma espécie de Movimento que de alguma forma, vai distanciar-se do Ego, para ir para o SER.
Há, realmente, uma Mudança no Linear.
Esta Mudança do Linear é um Impulso que conduzirá, num dado momento, a Não-Ser mais tudo isso.
Enquanto permanecem persuadidos, porque vocês viveram-no, ou pensam vivê-lo, que as Vibrações vão fazer outra coisa além de vos conduzir ao SER, vocês não viverão o ABSOLUTO.
É-vos necessário também, portanto, assim como foi dito, renunciar a todo o Poder Espiritual, a toda Manifestação dita Espiritual.
É necessário ir, da mesma forma, além do Som, como já foi dito por um grande AMIGO, no YOGA DA ETERNIDADE .
UM AMIGO - 2012.04.12 - O YOGA DA ETERNIDADE.pdf
Este YOGA não é um YOGA: ele é simplesmente o Bom Senso, a Lógica.
UM AMIGO - 2012.04.12 - O YOGA DA ETERNIDADE.pdf
Este YOGA não é um YOGA: ele é simplesmente o Bom Senso, a Lógica.
Lembrem-se que a Lógica do Ego não se inscreve sempre na Acção / Reação.
O SER PERMITE-VOS VIVER A ACÇÃO DA GRAÇA, A FLUIDEZ, A SINCRONICIDADE, A UNIDADE.
VÃO ALÉM.
Aceitem finalmente, perder o que jamais foi conquistado, dado que, de todo o modo, isso será Efémero.
- Quem pode dizer o que se vai tornar a sua KUNDALINI, quando este Corpo desaparecer?
- O que se vai tornar a Coroa Radiante do Coração, quando não houver mais Corpo?
- Vocês apreenderam?
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Agradecemos-vos por fazerem o mesmo, se a divulgarem, reproduzam integralmente o texto, citando a fonte: www.autresdimensions.com.