BIDI - 05.10.2012
Bem, BIDI está com vocês.
E ele saúda-vos.
E nós vamos continuar… se vocês o
querem… nossas trocas.
***Pergunta:-
Quais exercícios respiratórios do Yoga podem pacificar o Mental e o Emocional?
R:-
Existem inúmeros.
Em cada Yoga são escritos exercícios
referentes à Respiração, mesmo fora do PRANAYAMA.
Agora, considerar que o Mental e o Emocional,
que fazem parte da Ilusão…devem ser acalmados, já te mostra que é a própria Personalidade
que quer agir contra ela mesma… isso é possível.
Mas a primeira coisa a realizar…é
exatamente o que venho dizer-te:
Queixar-se do seu Mental…queixar-se
do seu Emocional... traduz a implicação da «pessoa» nos Processos incómodos que são
vividos.
A 1ª coisa a realizar é então… um Distanciamento
destas Emoções… de suas Atividades que não pertencem de modo algum ao que És.
Isto é o mais importante.
Num 2º tempo podes efetivamente
utilizar o que te parece bom, para agir sobre eles.
Mas, dá-te conta que agir sobre eles…
é já dar-lhes uma certa importância.
E o EU será sempre perturbado pelas Emoções
e o Mental.
Mas isso prova simplesmente que a Consciência
está instalada na «pessoa».
Existe portanto uma Identificação com
o teu Mental e o teu Emocional.
O que quer que faças…considera
agora e já… que eles não te pertencem… eles estão aí.
E estando aí… eles manifestam-se.
Aquele que ultrapassou as Emoções
não é insensível… mas olha simplesmente as Emoções nascerem e desaparecerem…
sem as reter de modo algum… sem ser afetado… de nenhum modo.
É claro que te é necessário então reposicionares-te
no Interior de ti mesmo.
O que significa que o conjunto da tua
Vida foi frequentemente dirigido pelas Emoções e pelo Mental …tanto nas Alegrias
como nas Dores.
O que perturba é a Alternância e as Variações.
O que perturba, é estar consciente
de que «qualquer coisa» está perturbada.
Mas o que estará perturbado é sempre
a «pessoa».
Enquanto a distanciação a esse nível
não é realizada… é necessária uma Experiência importante tanto da Meditação…como
de Técnicas Respiratórias… para se des-incrustrar de «qualquer coisa» que
dirigiu o mais frequente… a maior parte das Vidas das pessoas.
Qualquer que seja a técnica… o mais
importante não será jamais a técnica… mas sim realmente observar o Emocional e
o Mental tal como o que eles são.
O distanciamento… a distanciação é o
preâmbulo para toda a técnica.
Senão…tu reforças através da própria
Dualidade: ao quereres agir … tu ages contra…e agindo contra…colocas-te imediatamente
na tua Consciência …na Dualidade.
O ABSOLUTO não está concernido em
nada através das técnicas relacionadas com os diferentes «sacos» de Ilusão.
A melhor coisa a verificar por ti
mesmo… é constatares que desde que não alimentes mais…desde que distancie o que
ÉS tanto das Emoções como do Mental… eles aparecer-te-ão pelo que eles são… o
que significa Exteriores ao que ÉS… e sem nenhuma Consistência.
Qualquer Emoção…qualquer Sensação de
ser invadido pelo Mental… em definitivo…apenas representa o único e mesmo Medo:
aquele do Desconhecido.
***
Pergunta:- A Virtude da GRAÇA é transcender o Mental, as Emoções e mesmo o SER?
R:-
Eu diria, simplesmente, que a GRAÇA te faz realizar a tua
Natureza…a tua Essência e o ABSOLUTO.
Quando a GRAÇA está aí… não há nenhum outro
lugar possível para o Emocional e o Mental.
Tu não pode Ser e viver uma GRAÇA… a
MORADA da PAZ SUPREMA e manifestar ou perceber ao mesmo tempo qualquer elemento
das Emoções ou do Mental no que tu ÉS.
A GRAÇA toma o lugar, todo o lugar.
Ela não luta contra o Mental…Ela não
transcende o Mental … Ela aniquila-o completamente.
A GRAÇA não pode ser concomitante ou
juntar-se… manifestar-se ao mesmo tempo e no mesmo Espaço que as Emoções e o Mental:
é um ou o outro.
***
Pergunta:- Em Meditação, acessar um Sono sem Sonho mantendo-se consciente é
aproximar-se do ABSOLUTO?
R:-
Isso é Estar na ÚLTIMA PRESENÇA.
Quando estás aí… sem nada mais.
Quando unicamente existe essa PAZ e
essa Beatitude…sem Visão… sem Meditação… sem Percepção…então nesse momento… há
a INFINITA PRESENÇA.
Mas não se pode aproximar do ABSOLUTO:
ele É ou não.
A grande diferença entre a INFINITA PRESENÇA
e o ABSOLUTO com Forma, é que na INFINITA PRESENÇA existem Oscilações vividas
como desagradáveis.
O ABSOLUTO sem Forma passa de um Estado
a outro, sem a menor dificuldade.
O que tu ÉS no ABSOLUTO…não pode mais ser
afetado… perturbado…contrariado… por uma qualquer atividade da «pessoa».
O que quer que a «pessoa» faça…o que
quer que esse «saco» faça… tu permaneces no mesmo ABSOLUTO.
O que não é o caso na INFINITA PRESENÇA.
A Meditação não permite Ser ABSOLUTO.
É também para aquele que a pratica… o
parar da Meditação quem cria o ABSOLUTO.
A Meditação pertence ao SER… e às vezes
ao EU… infelizmente.
Mas o ABSOLUTO não pode ser referenciado
por uma qualquer Meditação.
O que não impede naturalmente, de te
dar prazer ao meditar.
Mas a Meditação não permitirá jamais
Ser ABSOLUTO… já que precisamente… o ABSOLUTO É, quando existe o Abandono do SER.
Portanto…
como meditar sobre o SER e viver o SER na Meditação, e SER ABSOLUTO?
É impossível.
A indagação sobre o que tu ÉS… re-incorporar
na Consciência os primeiros momentos de UNIDADE da «Pequena Infância» …são bem
mais importantes do que toda a Meditação.
A Meditação ao final de certo tempo…ou
do hábito da prática… torna-se sempre um narcisismo exagerado: a necessidade de
se contemplar nessa PAZ.
É a Ilusão Espiritual.
Até prova em contrário…ninguém onde
quer que seja… foi ABSOLUTO com Forma… na decorrência ou na sequência de uma Meditação.
O SER é realizável através da Meditação…
mas certamente não o ABSOLUTO que é justamente… o Abandono do SER.
A Meditação é considerar que existe
um EU e um SER.
E portanto…a Meditação permite encontrar
o SER: é o Despertar.
Mas em caso algum… a Libertação.
***Pergunta:-
Como podemos aprofundar a tomada de Consciência do Coração do Coração?
R:-
É o momento em que a INFINITA PRESENÇA descobre no SER e para o SER e pelo SER…
que o Centro está presente em todo lugar… que não existe diferença entre tal Centro
e tal Centro porque em definitivo… são os mesmos Centros que é o Centro, por
toda a parte.
O Coração do Coração é o instante em
que o Abandono do SER é, se o posso dizer… tocado e permanece para o viver.
É o momento em que não há mais
possibilidade para a Consciência Unificada… para o SER… de estar Identificado com
que quer que seja.
E existe então uma des-Identificação
do SER que também se produz.
O EU restitui tudo ao Centro de si-mesmo.
O SER faz irradiar no Centro… um
novo Elemento em que o EU não está.
O Centro do Centro é o momento em
que o SER começa a não mais estar Identificado ao Centro do SER.
É isto o Abandono do SER e a descoberta
ou a re-descoberta do Centro do Centro ou o Coração do Coração.
É nesse momento que se vive o
Néctar.
***Pergunta:-
É necessário abandonar tudo para re-encontrar o ABSOLUTO?
R:-
Quem disse para abandonar o que quer que seja, excepto o SER?
O problema é um problema de «ponto
de vista» e de Identidade assim como de Identificação.
A partir do momento que o «ponto de
vista» mude… a partir do momento em que tu não estás mais Identificado com o
que quer que seja… então o ABSOLUTO está aí.
Mas tu não te podes bater contra o “EU”…nem
mesmo considerar combater o SER.
O SER desaparece através do Abandono
de toda a Reivindicação e de toda a justificação.
Esse Corpo… esse Mental… essas Emoções…
são Efémeros: deixa-os viver…eles não te pediram nada.
Isso não corresponde verdadeiramente
a abandonar tudo.
Abandonar-se…
não é abandonar as coisas exteriores.
***Pergunta:-
Uma Experiência de UNIDADE vivida após ter obtido uma GRAÇA, é um Prelúdio à INFINITA
PRESENÇA, ou é a INFINITA PRESENÇA?
R:-
Os dois são possíveis.
Mas, o mais frequente, o que é
característica do vosso tempo, Encarnado, são justamente essas Experiências de PRESENÇA
ou da INFINITA PRESENÇA, seguindo-se pela GRAÇA ou pelas Primícias do Abandono
do SER.
Quer isso seja realizado pela Acção
do SER…por uma Comunhão com os outros Planos… ou por um momento de Angústia… o
resultado é o mesmo: o Núcleo Imortal é marcado, no Centro do Centro.
É dessa fulgurância ou dessa GRAÇA,
que são colocados os marcos ou marcadores…que necessitam, eles também
desaparecer.
***Pergunta:-
Se nos sentirmos morrer apesar de não se estar doente… isso provém da Passagem
ao Abandono do SER?
R:-
Para a LUZ, todas as condições são boas para te impulsionar a te re-conectares
ao que És, como eu já te tinha dito.
Quer isso seja a impressão de Morrer…
uma Angústia… uma GRAÇA… uma Vibração,…pouco importa.
A LUZ agirá de maneira e pelo modo
que para ti é a mais adequada.
Em função do que vos disseram os
Anciães… vocês passam de um Estado ao outro e para alguns… de um Estado a todos
os Estados.
Toda a Passagem requer uma morte do antigo…do
que não tem que existir na ETERNIDADE, mesmo que o ABSOLUTO subentenda e inclua
tanto o SER como o NÃO-SER, porque ambos…SER e NÃO-SER são sempre definidos um
em relação ao outro… Manifestados ou Não-Manifestados: isso não pertence de
nenhum modo ao ABSOLUTO.
Existe uma Ruptura, em algum lugar.
Esta Ruptura será sempre do vosso lado.
Uma Ruptura do Efémero, qualquer que
seja o modo como isso acontece.
Quer seja uma Angústia…uma Doença real
…ilusória, ela também, mas que afeta o «saco»… quer este «saco» esteja presente ou que este «saco» Desapareça, como tu o verás… isso não
muda nada do que tu És.
Apenas o Narcisismo do Apego a uma Identidade…
a uma Evolução Espiritual que é uma Farsa… é o freio o mais poderoso ao que Sois.
A Perfeição não é Amanhã.
A Perfeição não foi Ontem.
A Perfeição não tem nada a ver com
este Mundo.
Este Mundo desaparece.
Isso é aliás o que vocês fazem na Meditação…eu
diria que este é um Desaparecimento Lúcido… Aceite e Transcendido.
Efetivamente, tudo depende desse Mecanismo
de Aceitação que precede o Abandono do SER.
Enquanto esses Mecanismos, relativos
à Consciência, não surgirem como Evidentes… existe Resistência ao que És…ou
seja ABSOLUTO.
***
Pergunta:- O que pensar de uma situação em que não se sabe mais quem se é, nem
o que se deve fazer, ou não fazer?
R:-
Precisamente…não
penses nada.
-
Porque quem quer pensar alguma coisa a propósito disso?
O "EU".
Sempre que há des-identificação, tal
como a descreves… sobretudo não penses.
Vê o que é.
É o que tu És.
Justamente, a partir do momento em
que não há mais marca de ninguém…de Identidade…de Acção… é nesse momento que tu
És.
Portanto
e acima de tudo… não penses nada!
Porque o Pensamento não pertence ao ABSOLUTO.
Ele sempre pertencerá à Criação e à Manifestação
do SER.
Como eu o dizia a partir do momento
em que tu não compreendes mais… a partir do momento em que tu não sabes mais a
que te agarrares… a partir do momento em que o Mental não encontra mais
explicação… então tu Estás lá.
E o que apela este Estado em que o Sentido
de Identidade Desapareceu… é justamente vivê-lo.
A prova é que aqui tu sabes e
expressas o facto de que a um dado momento tinhas vivido isso.
Isso prova-te igualmente que podes
existir fora de toda a PRESENÇA em ti…de toda a Acção sobre este Mundo.
Esta é a diferença entre o Sono e o
que pode ser a INFINITA PRESENÇA.
Nesses momentos… não penses!
Contenta-te em viver o que está aí…
isso é o que tu És.
E
não…quando tu pensas… e não…quando
tu explicas…e não …quando tu
entendes.
É muito simples:
A Consciência é ávida de Percepções…
de Experiências…de Identidade…de União…de UNIDADE como de Divisão e Separação.
O que És … é independente do Jogo da
Consciência.
Se, em algum momento a Consciência desaparece… não há mais Identidade… mais «pessoa», mais actor… mais espectador.
É isso o que tu És.
***Pergunta:-
O Centro do Centro pode ser chamado de Ponto Zero?
R:-
Não.
O Ponto Zero pode portanto ser
definido e localizado.
Em última análise…o Ponto Zero seria
o momento do ABSOLUTO ou INFINITA PRESENÇA dando-se conta do ABSOLUTO.
Querer encontrar um sentido para as
palavras que nós vos damos uns e outros
em Assembleia ou não… para fazer colar a tua própria Vivência ou a tua própria Compreensão…
não te fará mover um milímetro.
Isso é ali mesmo…é do Mental que necessita
de se tranquilizar com um Conhecido…com um ponto de comparação.
Enquanto comparares… é o Mental que
elabora estratégias.
É por isso que é necessário de ver
Claramente.
Tudo o que tu podes dizer… tudo o
que tu podes comparar, não é ABSOLUTO.
***Pergunta:-
A ÚLTIMA PRESENÇA deve ser vivida regularmente, ou o facto de tocar a ÚLTIMA PRESENÇA
é o suficiente em SER?
R:-
Em relação a quê?
Se tu consideras que há um objetivo…
enganas-te.
Quer A ABSOLUTA PRESENÇA ou INFINITA
PRESENÇA seja vivida uma vez ou mil vezes… não muda nada do que És.
Apenas pode aí haver uma forma de
auto-satisfação do SER…nutrido pelo Ego Espiritual.
Enquanto tu não fores NADA…
tu não podes Ser TUDO.
Enquanto houver uma PRESENÇA…o ABSOLUTO
não É, para ti…cada «saco» é diferente.
Isto não é uma Passagem:
A ABSOLUTA PRESENÇA ou a INFINITA PRESENÇA
não é o ABSOLUTO…então esta não é uma re-aproximação.
Alguns necessitam dessa Experiência
para abandonar toda a Experiência.
Outros vão viver múltiplas vezes a
mesma Experiência…sem nada mudar na Experiência.
Mas o conteúdo desse género de Experiência
não permite aproximar-se do que é inacessível…excepto através do Desaparecimento…
excepto através do Abandono do SER…da Acção da GRAÇA…e da Aceitação do Desaparecimento.
Acolher a LUZ… Aceitar a LUZ…não é a
prova de que vocês se tornaram a LUZ.
Há um desenrolar temporal… e vocês
viveram-no, de recepção… da LUZ… da Consciência …do despertar do SER.
Mas Ser ABSOLUTO com Forma… é ver
claramente que este desenrolar era uma peça de teatro!
É o momento em que tu dizes: CHEGA!
Este é o momento em que tu chegas a
esta noção de Maturidade em que concebes e apreendes perfeitamente que nenhuma Experiência
em definito…não leva a parte alguma além de manter uma Forma ou outra Consciência.
Mas tu és Livre para procurar as Experiências
ao Infinito.
Mas o Infinito não é o ABSOLUTO.
O ABSOLUTO não resulta de uma Acumulação
de Experiências ou de uma Intensidade da Experiência.
SER ABSOLUTO é sair da «pessoa» … de
toda a Personalidade… de todo o SER… de toda a marca…porque tudo isso foi
percebido e vivido como Efémero.
Uma sucessão de Efémeros não fará
jamais A ETERNIDADE.
De modo algum!
***Pergunta:-
Viver os Estados de Dissolução corresponde a viver o ABSOLUTO?
R:-
Tu não colocarias a pergunta.
Aquele que é o ABSOLUTO sabe-o
instantaneamente.
Ele não se faz a pergunta para saber
se tal Desaparecimento ou tal Experiência é isto, o ABSOLUTO.
Porque o ABSOLUTO não pode deixar
margem a nenhuma Dúvida e a nenhuma pergunta…quando tu O ÉS.
Lembra-te:
Tu saíste do Personagem… tu saíste
do Palco do Teatro… saíste da Poltrona do Observador… saíste do Teatro e
percebes que não há Teatro.
Isso acontece com todo o comentário
e com toda a pergunta sobre o que isso É.
Todas as Experiências que vocês
conduzem e que vocês desenvolveram através dos Anciães…das Estrelas…dos
Arcanjos…aproximam-vos da ABSOLUTA PRESENÇA…aproximam-vos do SER.
Mas Viver a Liberdade e Ser Liberado
é superar tudo isto… não como uma rejeição, mas repito-o indefinidamente…como uma Mudança de Olhar.
***Pergunta:-
Passar de um ponto de Consciência a um momento de A-Consciência, refutando este
ponto de Consciência, é uma Experiência do ABSOLUTO?
R:-
Mas não pode haver Experiência do ABSOLUTO.
Tu És, ou não ÉS!
Isso não é em caso algum… uma Experiência.
É
uma Certeza!
Muito mais do que uma Convicção…muito
mais do que uma Fé!
Tu encontraste na totalidade o que
tu ÉS!
O ABSOLUTO nunca será uma Experiência…nunca
um Estado.
Tudo isso participa… como tu o dizes…
de uma Experiência.
As Experiências pertencem ao SER.
Elas são inumeráveis.
Se, durante uma Refutação houver Experiência…
se a Experiência for mantida… onde quer que tu estejas…no EU… no SER …ou em
qualquer lugar… então o ABSOLUTO está aí.
O ABSOLUTO não pode ser confundido
com uma qualquer Experiência.
O que tu sabes é que quando tu és ABSOLUTO
com Forma… tu passas à vontade… no EU… no SER…sem nada alterar do ABSOLUTO.
Isto não corresponde às Experiências.
***Pergunta:-
É o SER quem diz «CHEGA!»?
R:-
Não muda nada!
Quer seja o EU ou o SER…há este
recuo se assim o posso dizer… necessário.
É nesse momento que frequentemente,
pode ocorrer a Angústia do Desaparecimento da Consciência em si-mesma.
Na realidade… o EU… o SER ou o Observador…estão
sempre aí… mas és tu quem saiu disso!
-
Será que…quando tu sais do Teatro e que te percebes que o Teatro não existe… será
que o que se encena sobre um palco em algum lugar… desapareceu entretanto?
Não… vocês estão ainda aí onde vocês
estão!
Mas isso é efetivamente, vivido pelo
EU ou pelo SER como uma Aniquilação e uma Angústia por vezes, extrema.
Mas isto prova-te, justamente, que nesse
momento… tu estás mudando de «ponto de vista»… ou seja… tu sais da Experiência
para entrar na Verdade.
E, quando tu entraste na Verdade… na
tua Verdade…não há nenhuma Dúvida.
Porque todas as Experiências vividas…
tudo o que é vivido ao nível do EU…não pode alterar o que ÉS.
Antes… tu eras submisso ao Corpo…submisso
ao Jogo da Acção / Reação.
Tu descobres GRAÇA e tu apercebes-te
que tanto uma como a outra não são a Verdade…mas que uma te afasta e que a
outra efetivamente pode realizar de modo aparente… uma aproximação.
Mas quando tu és ABSOLUTO… tu apercebes-te
que a aproximação nunca existiu.
Isso sempre esteve aí.
***Pergunta:-
A angústia do Choque da Humanidade pode provocar o reconhecimento de seu Estado
de ABSOLUTO?
R:-
Mas o que é a Angústia, senão uma Projeção do teu Mental, porque tu defines
«a Angústia do Choque da Humanidade».
Aquele que o espera… prepara-se.
Aquele que sabe que vai morrer de
uma doença longa e dolorosa… tem o tempo para se preparar para a sua morte.
-
Aquele que morre numa Vida normal através do Desaparecimento brutal do «saco»… compreenderá sempre que ele está
morto?
Não.
-
Mas o que é que está morto?
O «saco»!
-
O que é que subsiste durante um tempo?
O que é designado de Emoções… Mental
…Pensamentos…Ideias.
As condições dessas Emoções… desse Mental
… dessas ideias… condicionam - vocês compreenderam-no… isso com o que vocês são
confrontados… ou seja… o que vocês criaram ou des-crearam!
A Angústia não pode ser definida
como uma apreensão a «qualquer coisa» que vem.
Eu diferencio formalmente:
A Angústia do Desaparecimento por
ocasião da Experiência do SER ou do Desaparecimento… não é uma Projeção deste
Desaparecimento.
O Medo é uma Secreção deste «saco» …
a Angústia também… mas a Angústia real vivida no momento em que um dado evento
está aí.
Mas não a Projeção do Mental sobre
um evento futuro.
Mesmo que tu tenhas Medo da Morte e que
tenhas uma Angústia real da Morte…tu não sabes quando vais morrer… a menos que
te seja anunciada uma Doença que põe em jogo a tua própria Vida.
Então aí… tu começas a te fazer a
pergunta da Angústia do teu Desaparecimento…mas porque tu o vives…não porque tu
a projetaste.
Esta é toda a diferença.
A Angústia de que falo não é unicamente
uma Secreção de uma Projeção… mas a Secreção de uma Experiência que vai derrubar-
pelo menos esse é o seu «ponto de vista» … o EU e que faz desaparecer o SER… o
que é intolerável para o EU como para o SER!
O ABSOLUTO não é portanto…o
resultado de uma Angústia…mas antes apreender e viver que essa Angústia
projetada ou real… não tem nenhum sentido, justamente porque ela é projetada ou
vivida.
Ver isso pode ser designado de «um
passo para a Liberdade».
***Não
temos mais perguntas. Agradecemos-vos.
Então, Eu saúdo todos os vossos
«sacos» e saúdo em particular o ABSOLUTO que Sois.
E digo-vos, até às nossas próximas audiências
e permutas.
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