sábado, 3 de novembro de 2012

BIDI – 03.11.2012

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BIDI – 03.11.2012

Pois bem, BIDI está convosco e saúda-vos.

Nós vamos, portanto, abordar as nossas últimas permutas e entrevistas que terminarão, se vocês bem o quiserem, com a minha conclusão, relativamente ao que nós alcançamos.

Mas, por agora, eu escuto-vos.

***Pergunta:- Ser uma Consciência sem Corpo, como um Ponto no Universo…é para isso que nós avançamos?

R:- A partir do instante em que defines um Objetivo ou uma Experiência passada, tu não és mais o que tu És.

Tu não tens que «avançar para» porque «avançar para» é já pôr uma Distância em relação à Experiência, em relação a um Desejo ou em relação a uma Realidade.

Decerto que existe na Consciência, a possibilidade de se viver sem Forma.

Mas a Consciência, como tu o dizes, está sempre aí.

Isso chama-se A INFINITA PRESENÇA ou ÚLTIMA PRESENÇA.

Mas não faz do que foi vivido à algum Tempo um Objetivo.

Ao criar um Objetivo… tu crias uma Separação.

Apreende também que só o «ponto de vista» da Personalidade te limita e isola e te faz considerar o que foi vivido como um Objetivo.

Enquanto definires um Objetivo em relação a uma Experiência, seja ela a mais importante…tu não estás no Instante Presente e não és o que tu És.

Tu deixaste a diligência ser tomada pela Personalidade.

A partir do momento em que uma Experiência aparece na Consciência,  qualquer que seja essa Consciência, esta vai-se aproveitar.

É por isso que SER ABSOLUTO coloca um termo a toda a Experiência.

O que não quer dizer que a Experiência não seja mais possível, mas ela não tem mais razão de ser, a partir do momento em que tu realmente te tornaste o que de toda a ETERNIDADE tu És.

O Olhar mudou, definitivamente.

Enquanto existir na Consciência, o Sentimento de uma Memória…de uma Experiência, mesmo a mais extraordinária que seja, tu vives no Passado, porque existe um Condicionamento que vem das suas próprias Experiências e que realmente, vem alterar a possibilidade de Ser o que tu És.

Nenhuma Experiência se resume a um Passado ou a um Futuro.

Mesmo a Experiência da UNIDADE ou da Consciência TURYIA, não deve ser uma Lembrança, mas deve tender a tornar-se a Permanência do que tu És.

E depois, TURYIA deve ser vista de um outro «ponto de vista», e isso É ABSOLUTO.

Definir um Objetivo…uma Finalidade… uma Meta…se referirá sempre à «pessoa».

O que tu És não é um Objetivo.

O que tu És não tem necessidade de ser descrito, nem colocado numa imagem, nem lembrado…sSe não…isso não é o que tu És.

***Pergunta:- Não intervirá mais, doravante, porque nós temos todos os elementos para poder continuar a trabalhar ou porque nós chegamos ao Tempo Último?

R:- Porquê limitar-se a estas duas proposições que apenas fazem confirmar que tu procuras uma resposta em relação a um fim e nada mais?

 Permite-me responder à tua questão e tu apreenderás o sentido da razão porque eu cheguei e partia aquando da minha conclusão.

O intervalo da minha vinda sobrepôs-se a algo próximo… à Libertação da Terra.

Significa precisamente, a possibilidade de se tornarem de novo o que Sois e de não mais estar no esquecimento, porque as condições eram propícias.

 Mas isso não é o único Objetivo ou a única indicação.

Mas eu voltarei aí depois.

***Pergunta:- Quem é que pode escolher o ABSOLUTO ou não?

R:- Mas em que é que o ABSOLUTO será uma questão de Escolha, já que, eu repito-o… é o que tu És?

Apenas o «ponto de vista» da Personalidade pode girar à volta em relação a isto e te fazer crer que há uma Escolha.

Isto não é uma Escolha, já que é o que tu sempre foste.

Apenas o Apego à tua «pessoa»… só o Apego ao que acontece e que te hipnotiza, te impede de o ver.

Portanto, isto não é uma Escolha.

Isto não é a Escolha de o ver ou de não o ver, mas isto não muda nada na Realidade do que tu És.

Enquanto a Consciência estiver inscrita numa «pessoa», sem nenhuma reminiscência do que tu És…ela está tributária das Circunstâncias da «pessoa»…tanto ao nível de uma procura de Conhecimento de si, como Espiritual. 

É Ilusório…uma Ilusão… uma Fraude, porque, dá-te conta:

Quaisquer que sejam as vossas idades, desde o tempo em que vocês procuram, o que é que encontraram?

A «pessoa» irá fazer-te sempre andar à volta, fazendo-te crer que tu vais em linha recta… mas não há para onde ir… nem à volta... nem em linha recta!

O que tu És... É-o de toda a ETERNIDADE.

Só a Consciência da «pessoa» te faz crer que há uma Escolha ou um Objetivo.

Eu sempre disse que o ABSOLUTO não podia em caso algum, ser um Objetivo.

Como é que o que És poderia ser distante do que És?

Só a «pessoa» crê nisso.

A dinâmica da Consciência, lembrem-se… será sempre a Experiência, qualquer que seja a Experiência.

Aliás, ela serve-se disso.

Fazer-vos crer que a Experiência terá um dia um termo…para vos fazer continuamente, andar à volta.

A única Forma de sair disso é lembrarem-se do que vocês eram antes de Ser uma «pessoa».

Recordarem-se de todas as «pessoas» que vocês foram, não serve para nada.

Não há nada a mudar além do Olhar.

Quando vocês apreenderem isso, vocês serão ABSOLUTO… sem nenhuma dúvida possível…sem nenhuma interrogação…sem nenhum questionamento… na felicidade a mais Absoluta que pode ser.

Mas dêem-se conta: a «pessoa» não pode nunca estar na Felicidade.

Quaisquer que sejam os prazeres a procurar ou encontrados…isso jamais dura... e vocês sabem-no…e vocês persistem em procurar no Campo do Conhecido da vossa Consciência.

***Pergunta:- Para que serviu a nossa Passagem  na Encarnação?

R:- Mas não há nenhuma Passagem na Encarnação.

É a «pessoa» que acredita nisso.

Enquanto tu acreditares que estás Encarnado e portanto, que um dia esse «Saco» vai desaparecer, esse «Saco de Comida» … tu tornar-te-ás «Saco de Carne» para os vermes.

Quando apreenderes isso, tu terás dado um grande passo para a Imobilidade.

O Princípio da Evolução, do aperfeiçoamento não se mantém, já que de toda a ETERNIDADE, o Espírito é perfeito.

A FONTE é perfeita, de toda a ETERNIDADE, e o ABSOLUTO não conhece o Tempo.

Tu inscreves-te deliberadamente, em «qualquer coisa» que é falsa… esperando que a tua Encarnação te tenha permitido beneficiar de «qualquer coisa».

Mas o quê?

Como é que o que é perfeito poderia ser mais que perfeito?

 Do teu «ponto de vista», a Encarnação serve para te melhorar.

Do meu «ponto de vista», a Encarnação é uma fraude.

Nós dissemos-vos que as Leis deste Mundo não são as Leis do Universo.

 Porque é que querem vocês transpor o que a vossa Consciência vive, aqui, além daqui?

 Que sabem vocês disso?

Nada.

Só aquele que tem esse Conhecimento considera que os Conhecimentos deste Mundo apenas são Ignorância.

Quando tu aceitas isso, tu descobres realmente, o que tu És.

É o Olhar falsificado que te faz crer que há «qualquer coisa» para melhorar.

É um «ponto de vista».

Não é a Verdade.

Ou se preferires… é uma Verdade parcial ou relativa que só se refere a uma pequena parte do que É a Realidade.

Como é que, se este Mundo é Ilusão, considerar que a tua Presença dentro da Ilusão pode modificar o que quer que seja ao que tu És?

A única coisa que se modificará são as Leis do Carma e as Leis da «pessoa», mas não em caso algum…o que tu És.

Agora, tu és livre para acreditar nisso, para a ETERNIDADE se tu quiseres.

Define os teus Objetivos.

Enquanto o teu Objetivo for uma bonificação ou uma melhoria, tu não poderás nunca encontrar o que tu És.

Enquanto  acreditares no Carma… tu estarás sujeita ao Carma.

Tudo aquilo em que acreditas se realiza, mas nenhuma Crença Realiza o que tu És.

*** Pergunta:- A A-Consciência, no ABSOLUTO, pode ser considerada como Coletiva?

R:- Não há nem Coletividade… nem UNIDADE… nem Individualidade.

Tu procura definir o que não pode ser definido.

Tu estás prisioneiro de um Teatro.

Tu não podes entender que tu estás num Teatro enquanto tu não o vires.

O problema deste Teatro é que ele não termina nunca.

Há um Princípio.

Como se vocês estivessem subjugados, atraídos, por uma qualquer coisa que vos balançaram mas que vocês nunca conseguem agarrar, e por uma boa razão.

Olhem a vossa Vida: vocês melhoraram talvez a Personalidade… as vossas Percepções…as vossas Concepções do Mundo… mas será que vocês saíram disso?

Nunca, aquele que sai, sabe onde está a Verdade.

Não por sair escapando, mas olhando, claramente as coisas.

Enquanto existirem Crenças, elas cristalizam-te e elas bloqueiam-te num movimento, linear e redondo, do qual tu não podes sair.

Aquele que acredita que não existe nada depois da Morte desse «Saco», vai ser confrontado com uma outra Realidade.

E nesta Realidade, mais ligeira… há uma impressão de LUZ… de AMOR…de Presença… mas isso também é Ilusório.

É por isso que SER ABSOLUTO…é deixar desaparecer de si-mesmo o conjunto das Crenças e sobretudo aquelas relativas ao que vocês denominam de Espiritual.

Vocês não têm nenhum meio e não haverá nunca nenhum meio que vos dê acesso a um Conhecimento além dos Véus do Astral, porque não existe nenhum Conhecimento disso.

Só no momento em que o conjunto dos Conhecimentos deste Mundo… da Energia…da Espiritualidade desaparecerem… tu serás realmente, o que tu És… Não antes !

***Pergunta:- Portanto, as pessoas que não crêem em nada…nem durante a Vida…nem depois da Vida …

R:- Mas isso não muda nada.

Aquele que não crê no que ele não vê, será confrontado depois do «Saco de Comida» desaparecer, com o que vos será dado a ver e a perceber, segundo os sentidos. Aí também, existem inúmeras ilusões.

O facto de crer ou de não crer, não muda nada.

A Distância entre aquele que acredita no Carma e o ABSOLUTO… como a Distância entre aquele que não acredita em nada e o ABSOLUTO…é exatamente a mesma.

Só aquele que não acredita em nada ou que é capaz de se instalar no INSTANTE PRESENTE, é susceptível de encontrar o que ele É.

Mas, mais uma vez… passar de uma Consciência, qualquer que ela seja… a uma A-Consciência, é impossível.

Há apenas a extinção da própria Consciência em si-mesma, que o pode fazer.

Ora, a Consciência observa-se permanentemente.

O que quer que vocês observem …o Mundo, a vossa «pessoa», o cenário do Teatro ou o Teatro … vocês, não saíram do Teatro…é tão simples quanto isso!

Quando existe um Processo ou uma busca Espiritual… à partida há a consideração de uma Meta ou um Objetivo.

 Conceber uma Meta ou um Objetivo é o obstáculo mais relevante para o ABSOLUTO.

É como o exemplo da cebola.

Vocês exploram uma camada da cebola…. só as camadas adjacentes podem ser conhecidas…mas conhecer uma camada da cebola e as camadas adjacentes não será nunca suficiente para ser uma cebola!

Aquele que está instalado numa camada, e que se define nessa camada, não pode, de modo algum, ver a globalidade.

A Consciência sempre foi definida, tanto na Sociedade como na Espiritualidade… seja como um motor….seja como o Elemento de acção mais relevante em toda a busca, Moral, Social ou Espiritual.

Mas não pode haver busca.

Apenas o «ponto de vista» da Consciência vos faz acreditar nele ao cristalizar-vos numa Identidade… numa sucessão de Identidades e no Ilusório de «qualquer coisa» a aperfeiçoar.

***Pergunta:- Mesmo agora, deu a entender que haveria uma Persistência de um Mundo Astral para as Almas mortas. Ora, eu creio ter compreendido que o Plano Astral seria dissolvido.

R:- Eu não dei a entender nada... foste tu que o supuseste.

Eu falo das condições comuns, habituais.

Quando o “Saco de Comida» se torna um «Saco de Carne», o que acontece com a Consciência?

 O que eu disse não se inscreve em nenhuma perspectiva de modificação, mesmo se ela existir.

Mas vocês compreenderão muito melhor quando eu expressar no final, o sentido e a conclusão das minhas intervenções.

Eu posso dar-vos já um exemplo, através do que vos é Conhecido.

Existem em todos os povos, livros de acompanhamento, para aqueles que passam para o outro lado.

É necessário ainda, conhecê-los.

É por isso que a leitura era feita, tradicionalmente, àqueles que partiam, permitindo-lhes enfrentar uma outra Camada de Cebola.

Vocês deduzem já à partida, a minha conclusão.

Mas eu voltarei a isto depois.

***Pergunta:- Os livros que nos falam da Vida depois da Morte não servem, portanto, para nada?

R:- Mas a Vida depois da Morte não é a Vida.

É um outro aprisionamento que existia.

Isso, parece-me que a maioria dos Anciães vos explicou.

Se vocês fazem do Após-Vida a Verdade ira Vida… vocês estão de novo, numa Crença que deriva, quer das vossas próprias Experiências de Sobrevivência, quer precisamente sobre o que vocês se documentaram.

E aí inscreve-se na perfeição, a razão de eu intervir.

Dêem-se conta: vocês substituíram as religiões, através da Abertura que se realizou desde há um Século, pela Crença numa sobrevivência… com inumeráveis Testemunhos e inumeráveis Documentações.

Mas quem vos prova que é Verdade?

Quem vos diz a Verdade?

Certamente que existe um Mundo mais ligeiro, menos denso, menos pesado, com Regras, com Luzes… mas este é profundamente delimitado e eu diria inclusivamente, condicionado pelas vossas Crenças, aqui também.

E é também por isso que é necessário libertarem-se de todas as Crenças.

Mas atenção …eu nunca vos pedi para acreditarem em mim.

Vocês estariam no erro.

Mas, pelo contrário, o que eu disse e que vocês leram ou ouviram… é que para vocês… isso representa uma Oportunidade ou um azar… não mudará nada.

O que significa que quando chegar a hora… quer vocês tenham entendido… quer vocês tenham aceitado a possibilidade de que esta seja a rigorosa Verdade ou quer vocês não tenham compreendido nada do que eu disse ou do que leram… quando chegar a hora, tudo isto permanecerá gravado em vocês.

Toda a diferença está aí.

E esta é a minha conclusão.

Aquele que deixa este Mundo será confrontado naturalmente, com uma nova Realidade.

Aquele que Refuta esta nova Realidade, como sendo simplesmente uma outra Camada da Cebola e não uma FINALIDADE, verificará, por si-mesmo, o que ele É.

Mas aquele não tem igualmente a Oportunidade na sua Consciência de colocar em Dúvida o que foi visto, o que foi percebido…será tributário do que foi visto, do que foi percebido.

Portanto, quer vocês me tenham compreendido ou rejeitado…isso não tem nenhuma espécie de importância.

Alguns de vocês tornaram-se, à partida, Absolutos.

Outros erguem-se em Oposição, através da Razão e das Crenças.

Pouco importa.

Vocês verão também, quando chegar a hora.

Eu lembro-vos que vocês não levarão rigorosamente nada, quando esse “Saco de Comida» desaparecer.

Apenas a Consciência acredita levar, ela-mesma as suas Lembranças.

Mas então expliquem-me o porquê de vocês não terem a Recordação de todas as vossas Vidas passadas?

Porque é que isso desaparece?

Então, fazem-vos crer que é preciso ser Espiritual e que a Memória das Vidas Passadas vai voltar.

Onde está a continuidade?

Se isso não for através da Lei da Acção/Reação que permitiu o confinamento deste Mundo.

Tudo isso não é Verdade, excepto quando vocês acreditam.

As nossas entrevistas e discussões nunca foram ocasião para vos fazer aderir ao que quer que seja…mas simplesmente para aqueles que não realizaram o que eles São… na hora certa, o simples fato de ter na Consciência a lembrança de algumas destas palavras permitir-vos-á nesse momento não serem iludidos pelas vossas Crenças e suposições.

Lembrem-se:

A Consciência da «pessoa» está separada e dividida, ela é tributária de uma história.

A Consciência do SER ou a UNIDADE, ou um dos SAMADHI… coloca-vos perante à Persistência de uma Forma e a Vivência de que não existe nenhuma Separação entre todas as Formas e todas as Consciências.

É certo que é muito mais sedutor e agradável que esse «Saco» esteja na Alegria, mas isso não mudará nada no Destino do «Saco».

E eu falo tanto do “Saco de Comida» como do «Saco Mental».

Pelo contrário, ter ouvido qualquer coisa que vocês mesmos realizaram aí, é fácil.

Ou então, aquilo a que interiormente vocês se opuseram através da impossibilidade de o viverem… colocar-vos-á na hora certa…precisamente perante essa possibilidade muito mais facilmente.

Portanto, não é um problema de Crença mas bem mais… de impregnação das Camadas periféricas da Consciência. E

u expliquei tudo isso em relação à Acção da minha voz sobre o Chacra Laríngeo.

***Pergunta:- O Desaparecimento do Astral pode ajudar a dissolver as Crenças e a garantir que não há outras que se instalam?

R:- As Crenças não vêm do Astral… elas vêm do Mental.

Estruturar uma Ideia…estruturar um Pensamento adaptado a este Mundo… fornecendo sentido a este Mundo tem todos os motivos para ser realizado.

O Desaparecimento destas Egrégoras foi-vos explicado.

O Astral, por sua vez, está ligado à Visão.

É por isso que eu usei o exemplo do Teatro.

A partir do momento em que vocês não estiverem sujeitos à Visão, tanto a deste Mundo como a do outro lado, ao nível do Astral…então, vocês estão Livres.

Não antes, porque a Visão Física… a Visão Astral.. e ainda a Visão Etérica, remetem-vos para a distinção de Formas.

A Verdade ira Visão, aquela que eu chamei de «ponto de vista»  é totalmente diferente.

Ela não é um «ver» no sentido em que vocês a concebem… no sentido em que vocês a percebem.

Este «ver» é independente do Olhar e independente dos olhos e, portanto, independente da Consciência ou dos órgãos do sentido que eu lembro-vos, não existem do outro lado.

E, no entanto, aqueles que estão do outro lado vêem sem olhos.

O que é que vê?

Coloquem-se a questão.

 ***Pergunta:- A Consciência no ABSOLUTO, está portanto em toda a parte… em lugar algum…e ilimitada?

R:- Sim. Mas não se esqueçam que dizer «em toda a parte, em lugar nenhum» é já localizar-se.

Isso traduz a Visão do teu cérebro porque para o cérebro, é necessário estar em algum lugar, posicionado no espaço e no Tempo.

É, além disso uma das características da Consciência, quaisquer que sejam esses Tempos, quaisquer que sejam esses espaços.

O ABSOLUTO não é afetado nem pelo Tempo nem pelo Espaço.

Portanto, ele não está, nem em lugar algum, nem em toda a parte.

Eu diria melhor… in-delimitado ou indefinido, porque se tu propuseres que é ilimitado… tu concebes, já que há um limite possível, possivelmente… um limite isso remete-te para a teu modo de entender, com a tua Consciência, as coisas.

Lembra-te do que eu repeti, sem parar: Aquele que é ABSOLUTO sabe-o.

É uma evidência.

Para quem está envolvido na sua Camada de cebola ou que está subjugado pelo espetáculo, para ele, isso não existe.

Mas, evidentemente, se isso existisse, não haveria mais questões…mais espetáculo…mais espectadores e mais Teatro.

É o exercício da própria Consciência que é responsável pela Limitação.

Portanto, aplicar o termo «Ilimitado» não é suficiente.

O Infinito apenas pode ser concebido através da noção de Limite em relação a um conceito de Finito.

O termo correto, na Consciência que vai perturbá-la ao máximo é «O Indefinido» ou se preferires…« O Não Delimitado»…«o que Não É O Ilimitado» .

Não se define o ABSOLUTO pelo oposto.

*** Pergunta:- Para que servem todos os Protocolos que nós fazemos?

R:- Para ocupar a Consciência.

Para a fazer dirigir-se precisamente, para qualquer coisa que é menos Limitada.

Para viver o SER.

Para se aproximar da Infinita Presença.

Para viver e ampliar o que é suportável, neste momento.

Mas o ABSOLUTO não é afetado por isso.

Simplesmente, existem Estados da Consciência mais acessíveis, se o posso dizer, mesmo que não haja Passagem para o ABSOLUTO.

É o caso d’aquele que não está mais subjugado pela Cena do Teatro…que se apercebe que existe um espectador, que é o Observador e que por detrás, mas esta não é a palavra certa, do Observador há outra coisa: É O QUE TU ÉS.

Ser o que tu És não depende de nada.

Nem de uma Evolução nem de um Protocolo…nem de um Pensamento… nem de uma ideia… nem mesmo de um Corpo…nem mesmo de um Mundo.

É aqui que está a Morada da Paz Suprema.

Que questão pode aparecer para aquele que está imerso nesta Beatitude? Nenhuma.

A Vida continua normalmente.

A «pessoa» ocupa-se do que tem para fazer, mas tu não és essa «pessoa».

Aquele que é ABSOLUTO sabe-o e vive-o.

***Pergunta:- Existe uma reciclagem das Consciências para que elas se possam tornar Absolutas?

R:- Mas nenhuma Reciclagem das Consciências pode tornar-te ABSOLUTO!

É impossível!

Não há nada a reciclar! Não há nada a Transformar!

Não há nada a mudar!

Tem apenas que mudar de «ponto de vista».

Esquece-te de ti mesmo.

Toma Consciência, em 1º lugar… do Observador… do SER e então depois… abandona o Observador e o SER …e tu estarás ainda aí… sem esse Corpo…sem essa Consciência…sem essa Vida e sem esse Mundo!

Aí está a Morada da Paz Suprema.

O problema é que vocês analisam as minhas palavras, certamente com a Consciência.

Mas memorizem-se que

As minhas palavras, mesmo que elas vos coloquem em Reaçãomesmo que elas vos colocam na cólera ou na incompreensãoestas palavras e a sua Vibração emergirão, num momento próximo, na vossa Consciência.

Eu até já disse que

Quanto menos vocês compreenderem, mais vocês ganham tempo e melhor se estruturam para deixarem a A-Consciência aflorar.

***Não temos mais perguntas, nós agradecemos-vos.

Então, BIDI apenas vos pode repetir a sua Conclusão, que ele já vos deu:

Não se coloquem a questão de saber se o que eu disse é Verdadeiro ou falso, porque em caso algum isso diz respeito à vossa Consciência.

Memorize-se que não há rigorosamente nada a compreender e que, quanto menos vocês compreenderem, mais a Consciência se relaxa.

E, quanto mais a Consciência se soltar… mais existe a possibilidade de fazer surgir o Observador e sobretudo… de ver quem está por trás do Observador: o que Sois sem Forma… sem Atribuição… sem Meta… sem Objetivo… mas a Morada da Paz Suprema.

Que querem vocês ser mais, sabendo que vocês podem ser qualquer Forma e qualquer Consciência que seja… em qualquer Mundo que seja… excepto aí onde vocês Estão?

Preservem simplesmente na vossa Consciência se vocês não são ABSOLUTO …que em definitivo vocês São-No!

Não tragam o peso de nenhuma Crença ou de nenhuma Certeza e vocês verão por vós mesmos que a um dado momento… no final desse «Saco»…isso relembrar-se-á.

Observem sobretudo nos vossos Países Ocidentais: a única forma que vocês tinham era seguirem Regras, Leis ou Crenças… Espirituais ou Sociais.

Falaram-vos, então do Paraíso, do Inferno e portanto, de uma continuidade da Consciência… é exatamente o que acontece.

-Mas, será que a Continuação da Consciência é suficiente?

- Será que vocês se contentam com isso? Definitivamente, qual é o propósito da Consciência?

- Ela tem uma Finalidade?

-  Ela tem uma Origem e um Fim?

A não ser indo verifica-lo por vós-mesmos… vocês não têm nenhuma maneira de o saber.

Vocês só podem acreditar, supor ou comparar com o que em Consciência vocês vivem no Mundo onde vocês Estão.

Ora, nenhum Elemento deste Mundo… nenhum Elemento das vossas Intuições…nenhum Elemento das vossas Percepções ou das vossas Vibrações vos permitirá ser ABSOLUTO.

Ora isso é o que Sois desde sempre, antes mesmo que a Consciência existisse.

Não se coloquem a questão de elucidar o que eu vos disse, porque… ou vocês o vivem ou não o vivem.

Simplesmente… como a Consciência está ligada à Memória qualquer que ela seja… quer isso seja a Experiência na vossa Vida aqui… ou uma outra Memória que vocês denominam AKÁSHICA… pouco importa…quando chegar a hora, isso acontece- vos-á.

Mas, enquanto não existir um Testemunho questionando-vos sobre o ABSOLUTO ou afirmando o ABSOLUTO… em que é que isso vos diz respeito?

 Excepto em certas tradições… certos ramos de certos Movimentos e certos Seres que tiveram acesso… o que é que permanece?

Os Testemunhos do ABSOLUTO, por aqueles que o SÃO, porque o Olhar mudou… o «ponto de vista» mudou… não estão aqui para provar o que quer que seja… nem para vos demonstrar o que quer que seja... mas simplesmente, para deixarem a pista que eu vos expliquei.

Esta pista é suficiente em si mesma porque a um dado momento… a Consciência perante o novo… perante uma Mudança de enquadramento ou de limite…colocar-se-á a questão do IN-DELIMITADO…do Indefinido.

Simplesmente porque estas palavras foram pronunciadas.

Eis, portanto, o Sentido e Objetivo das nossas entrevistas.

Isso nunca foi para alimentar o Mental.

O Princípio da Indagação e da Refutação que no início eu vos dei… permitiu-vos simplesmente, alcançar concretamente…tocar com os dedos e o Espírito… o que é Efémero e que concerne à integralidade deste Mundo.

É isso que é importante.

É isso que acontecerá no Tempo que chega.

 É por isso também que eu insisti no facto de nunca considerar o ABSOLUTO como um Objetivo ou uma Finalidade… o que ele não o É!

Estas são portanto de qualquer modo, as contra-definições que através do ABSURDO, farão de algum modo num 1º tempo e em Encarnação, escorregar o Mental e por outro lado, quando o «Saco» não estiver mais aí… desencadear os estímulos necessários da Consciência.

Então BIDI vai saudar-vos.

Eu diria, do meu «ponto de vista»:

 ... (ndr: seguiram-se cerca de 2 minutos de silêncio).

E BIDI saúda-vos.

Adeus.

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