MA ANANDA MOYI –
10.11.2012
EU SOU MA ANANDA MOYI.
Irmãs e Irmãos, permitam-me, primeiramente, abençoar a vossa Presença.
O sentido da minha vinda neste dia, inscreve-se como uma sequência lógica
do que vos exprimiu UM AMIGO.
Por palavras minhas, através da minha Presença e da vossa Presença, nós
vamo-nos instalar lá onde não existe mais Separação… nem Divisão… lá onde esta
Paz, aquela que não começa nem termina nunca.
Assim portanto, o FOGO… aquele do AMOR, vem pôr fim ao Fogo ilusório… ao Fogo
da Matéria… ao Fogo da Resistência, ao Fogo da Oposição.
O FOGO Original, o FOGO do AMOR e do Espírito que percorria a minha Carne,
por ocasião da minha Passagem pela Terra, é-vos hoje completamente acessível… completamente
possível.
O que acontece na Terra não é mais o apanágio de alguns Santos ou de alguns
Seres tendo realizado o SER ou vivido o ABSOLUTO na Encarnação.
É o retorno da Normalidade que deve mostrar-vos que o que era anormal era
muito antes, tudo o que pertence a vossa História…tudo o que pertence à
impressão de ter alguma coisa nesta Vida.
Hoje, a possibilidade para muitos de vocês, de Ser ABSOLUTO, assim como as Manifestações
da Infinita PRESENÇA… vai fazer-vos passar a esta Beatitude e a este Êxtase em
que nada mais tem sentido além de Ser justamente esta Beatitude e este Êxtase.
No Coração do Coração, lá onde não há mais perguntas nem respostas… nem
mesmo Sentido de uma «pessoa» ou de uma Personalidade encontra-se o Contentamento
permanente tal como eu o expressei e manifestei, em Encarnação.
Tudo isso é inteiramente possível para todos vocês a cada minuto… a cada
respiração… em que o vosso Olhar seja levado para dentro de vocês ou que o
vosso Olhar toque o que está além da Visão.
O verdadeiro Olhar não é a Visão.
Ele é simplesmente… esta Paz inimaginável que se origina efetivamente,
desde o momento em que vocês cessam toda a busca… em que vocês compreendem real
e concretamente tal como vos dizia BIDI… que toda o modo de Conhecimento é apenas
um divagar… é apenas uma Satisfação do Ego e do Orgulho, em si… que quer
dominar… apropriar-se… compreender.
Ao largar todos os vossos Fardos… ao aceitar Ver realmente… a Paz Suprema
preencher-vos-á, porque isso é o que Sois.
Hoje mais do que nunca…acompanhados do Arcanjo URIEL… vocês têm a
possibilidade de desaparecer em vós-mesmos… para renascer na vossa Verdade .
Não há mais necessidade de esperar… de estar do outro lado do Véu que, não
existe mais.
Não há mais necessidade de realizar
momentos privilegiados, mas antes de estar inteira e integralmente instalados
no Tempo do vosso Presente e da vossa Presença…no próprio Silêncio da Consciência,
porque efetivamente, no facto de abandonar toda a VeLeidade ou toda Propensão a
exprimir uma Consciência, encontra-se a Verdade… esta Beatitude.
Esta Paz que está inscrita, como ferro em brasa… no Corpo e na Consciência…como
uma Falta e que está na base de toda a Dinâmica de busca de Satisfação… de Equilíbrio,
já está aí.
E eu diria, de qualquer modo… cada vez mais aí, a partir do momento em que Aceitam
sair das vossas próprias Interrogações e dos vossos próprios questionamentos
sobre si-mesmos, porque vocês mesmos, do «ponto de vista» onde vocês estão, não
poderão jamais confluir no que verdadeiramente Sois.
É necessário Renascer… é necessário ressuscitar… é necessário enfim…
simplesmente SER.
E Ser não depende de uma qualquer Circunstância…de um qualquer Conhecimento…
de um qualquer progresso.
Certamente, algumas das minhas Irmãs e em particular as ocidentais, eu
diria… desenvolveram-vos amplamente a Humildade. (ndr: ver, em particular, as
diferentes intervenções de THERESA DE LISIEUX).
UM AMIGO dizia-vos que este Estado particular deve fazer cessar as palavras
de «comparação»… de «divisão»… as
palavras que vocês expressam sobre uns e outros, porque é no Silêncio que vocês se tornam o Outro, e em nenhum caso…
criticando-o ou censurando-o.
Viver o Outro… viver a LUZ…é desaparecer de si mesmo e desaparecer do SER.
Nós dissemos-vos, de diferentes modos.
Nós propusemos-vos, com diferentes ferramentas.
Doravante, devido à Presença de URIEL…isto é muito mais perceptível.
E se, definitivamente, vocês têm a
impressão de tropeçar em algo… lembrem-se que são apenas vocês mesmos que
resistem, mesmo proclamando exatamente o inverso… e que as Resistências e
os Medos que estão inscritos nesta História Efémera que vocês crêem Ser… são os
melhores Freios ao que verdadeiramente Sois.
Nestes Tempos particulares…nós dissemos-vos frequentemente, que não é
certamente vocês que desaparecem, mas todas as ilusões.
Então seguramente, se vocês se
mantêm do lado da Ilusão…vocês só poderão constatar que vocês não estão mais
aí.
E não estar mais aí é imaginar, desde já, uma Distância a percorrer… um Caminho
a percorrer… uma Ascese a efetuar.
Nada disso vos conduzirá ao que Sois.
Então, certamente alguns Yogas…alguns Ensinamentos, permitiram-vos viver Estados
e Experiências em que a Paz estava Presente.
Mas, se vocês estivem na Resistência… evidentemente vocês não fizeram da Experiência
da Paz o vosso quotidiano.
E, para fazê-lo, é necessário Desaparecer, na sua totalidade.
Elementos importantes foram-vos dados por aquele que se chama BIDI, assim
como pelos Arcanjos e nós mesmos.
Eu quero dizer que hoje, vocês não têm outra coisa a fazer além de se
posicionarem, Permanecer aí.
O que quer que vocês façam da vossa Vida comum… permaneçam sempre aí e Presentes
além da Acção que vocês praticam.
E a Paz nascerá… não simplesmente enquanto Experiência… mas antes como a Manifestação
profunda… aqui mesmo… sobre este Mundo…da vossa natureza.
E vocês permanecem em Paz.
- E quando vocês permanecem em Paz, o que é que
vocês podem desejar?
- O que é que vocês podem procurar?
- O que é que vocês podem pedir ou crer?
A Paz é a resposta.
Ela é todas as respostas, porque em SHANTINILAYA, todos os Jogos cessaram… todas as Interações cessaram…e
todas as Projeções cessaram.
Mesmo quando vocês se servem desse Corpo para fazer o que vocês têm a fazer…o
que quer que vocês façam… vocês permanecem em Paz.
Permanecer em Paz é desde
já…não mais se projetar.
Não mais se projetar num Futuro…em qualquer Relação que seja… não imaginar
ou supor o que vai pensar ou dizer o Outro.
É continuar a viver a Vida comum… simplesmente sendo si-mesmo no
extraordinário.
Este extraordinário, naturalmente, está aí de toda a Eternidade…mas é o refinamento,
em algum ponto da vossa Consciência, que aí vos é ancorado… preparado …ou feito
viver.
O Sentido de minhas palavras é sobretudo o de vos dizer que mesmo que até agora… não vos
pareceu viver a Experiências ou Estados,
que vos é necessário ultrapassar o que vocês não viveram, Estados ou Experiências…
não para esperar vivê-lo… mas antes para se estabelecerem realmente, na vossa Impermanência…
no vosso ABSOLUTO.
Não vejam isso nunca, tal como foi dito…como um Objetivo…como um Caminho a
percorrer… mas como simplesmente uma Evidência que sempre esteve aí e que foi
Velada …pelo hábito…pela própria «pessoa»… pelas obrigações deste Mundo.
Retenham sobretudo que… cada vez mais tudo está aí, omnipresente, batendo à
vossa porta.
E que se vocês percebem ainda uma Distância ou um fosso entre o que nós vos
dissemos e o que Sois…é porque simplesmente vocês não foram ao lugar certo e
que vocês esperam adquirir na Personalidade …um Poder… uma Vantagem.
Jamais a Personalidade vai obter isso.
Mais do que nunca, é necessário consciencializarem-se…
compreenderem… apreenderem e aceitarem
que apenas se morrerem para vós-mesmos é que vocês renascerão.
Não há outra possibilidade.
Então, as Circunstâncias da LUZ e da Vida fazem com que muitos de vocês
tenham sido chamados de diferentes modos, mesmo através do Sofrimento desse Corpo…
a realizar o que Sois.
E realizar não é uma Realização inscrita num Tempo ou num determinado Espaço,
mas é uma Realização Instantânea e imediata…desde que vocês aceitem real e
sinceramente… morrer para vós-mesmos.
Morrer para si mesmo não é um Suicídio e ainda menos uma Negação da Vida.
mas é antes…VIVER A VERDADEIRA VIDA.
VIVER A VERDADEIRA VIDA não se pode acompanhar de uma Manifestação da Consciência
comum.
Esta serve-vos para viver o habitual.
Ela é útil enquanto vocês estão Presentes…AQUI… para os Actos quotidianos
e habituais da Vida.
Mas nenhum Hábito… nenhum Acto da vossa Vida pode conduzir-vos ao que em
Verdade Sois, excepto morrer para vós-mesmos.
Este «morrer para vós-mesmo», é bem mais intenso que o que nós tínhamos
empregue como expressão, há alguns meses já, relativos ao Abandono do SER.
Porque no Abandono do SER, mesmo se haja a «Tensão para o Abandono», há
ainda a Expressão naturalmente, de uma forma de Personalidade como isso foi
perfeitamente descrito pela minha Irmã HILDEGARDE.
(ndr: ver sua intervenção de 25 .10.2010).
Mas, hoje, as Circunstâncias Ambientais, as Circunstâncias da Consciência e
da própria Terra… colocam-nos perante o que vos poderia parecer do «ponto de
vista» da Personalidade, como um Desafio ou uma Urgência.
Mas, este Desafio e esta Urgência apenas estão aí para contrariar outra
coisa além da Personalidade Efémera.
Pode-se dizer que, cada vez mais… quanto mais os dias vão passar, do vosso tempo
terrestre… mais vocês terão facilidade em Ser o que Sois.
Mas, para isso, é necessário saírem de vós-mesmos.
Não se deve aderir a um qualquer Medo…não se deve mais aderir a uma qualquer
Ilusão, sempre aquiescendo ao fato de o viver.
A Morada da Paz Suprema, como nós vos dissemos, é nossa Essência Comum…a nossa
Natureza profunda, muito além de uma simples Experiência, de uma simples meditação.
Vocês vão frequentemente, constatar que a Morada da Paz Suprema está aí.
E que ela é tanto mais Presente
quanto mais vocês a deixarem Ser, até ao momento em que não haverá mais Separação
entre a vossa Consciência e a Morada da Paz Suprema.
Vocês não serão mais uma Consciência.
Vocês tornar-se-ão a Morada da Paz Suprema, coisa que eu amplamente mostrei,
quando da minha Passagem pela Terra.
Então, decerto que a Personalidade encontrará sempre qualquer coisa a
repetir, quer isso seja uma perda de tempo… quer vocês não estejam lá e nunca lá
chegarão…quer existam Obstáculos… Restrições…Obrigações.
Mas, nada de tudo isso poderá manter-se muito tempo diante da Morada da Paz
Suprema que Sois.
E aí, caber-vos-á escolher, e caber-vos-á decidir o que nutrir… o que
alimentar.
Mesmo que isso não vos surja
claramente, à primeira vista… vocês constatarão muito rápido que vocês não
poderão fazer outra coisa além de aquiescer ou recusar.
Na Personalidade, não existe Desejo que vos possa conduzir à Morada da Paz
Suprem.
Nada da vossa Personalidade pode
aliás, conduzir-vos a ela.
É apenas desaparecendo de vós-mesmos que emergirá… não mais simplesmente um
Estado… uma Experiência, com a sua Lembrança… mas bem mais…o Estado permanente,
estável do que Sois.
A intensidade da Manifestação dos Elementos tanto em vocês como sobre a
Terra, tem apenas um objetivo e é este: fazer-vos descobrir o que Sois…
a Morada da Paz Suprema.
Apenas a «pessoa» tem Medo.
Apenas a «pessoa» busca.
Apenas a «pessoa» se interroga.
Isso tornar-se-á a vossa vivência, não mais unicamente um Modelo … uma Crença…
ou uma Experiência… mas uma vivência permanente que apenas espera da vossa parte
o seu próprio Desaparecimento.
Fazer desaparecer o sentido da «pessoa» …fazer desaparecer a Percepção do Corpo…fazer
desaparecer toda a Projeção da própria Consciência… todo o Julgamento, porque o
Julgamento separa…toda a Adoração, porque a Adoração separa-vos, também.
Mesmo que, naturalmente, na tradição de meu País de Passagem (ndr: a
Índia), isso seja uma constante, mas as Circunstâncias Temporais não eram as
mesmas.
Vocês não podem e vocês consciencializar-se-ão disso cada vez
mais…tornar-se LUZ, porque vocês, já o São!
Vocês não podem buscar a Libertação, porque vocês já a São.
Naturalmente, a Personalidade não pode acreditar nisso, nem mesmo aceitar…
mas, em contrapartida, ela procurá-la-á sempre, afastando-vos cada vez mais do
que Sois.
Deixem a LUZ trabalhar.
Deixem trabalhar o que age nos vossos Corpos.
Quer vocês o chamem de Templo ou «Saco», isso não muda nada.
O que vem não é uma Experiência, mas um Aprendizado, tal como vocês o
conduziram, durante estes anos, para muitos de vocês.
O que vem é radicalmente novo…
radicalmente inédito.
Isso já está aí porque vocês São-no, de toda a ETERNIDADE.
Mas, a Presença de uma Consciência Coletiva ou de uma Ilusão Coletiva, impede-vos
ainda de se revelar totalmente a vocês.
Cabe-vos saber se querem participar da Ilusão Coletiva ou não.
E, ainda uma vez, não é denunciando esta Ilusão Coletiva que vocês encontrarão
a Verdade.
A Verdade está em vocês, de toda a ETERNIDADE… e ela não é de forma alguma
dependente de qualquer Circunstância que seja.
Simplesmente, o trabalho que vocês
cumpriram e que nós cumprimos com vocês, mudou as condições da Ilusão Coletiva.
Então certamente, vocês ouvirão falar de Despertar da Consciência ao nível Coletivo.
Vocês ouvirão falar, cada vez mais …da
Mudança de Consciência…de uma Idade de Ouro.
Mas, tudo isso são apenas Projeções da Consciência.
A única Idade de Ouro, são vocês mesmos.
E esta Idade de Ouro em vocês, é independente de toda a manifestação de interacção
das Consciências tanto na Dimensão em que estão, como em qualquer outra
Dimensão.
Existe apenas a Personalidade que acredita e espera concluir histórias que
não terminam nunca, com uma Ilusão de progressão… de aperfeiçoamento.
O que é Perfeito na Origem, não pode ser menos perfeito no final.
O que é Perfeito resta e permanece perfeito e não pode ser alterado.
Ora vocês, São Perfeitos.
A grande Revolução está aí.
E vocês devem Ultrapassar e
Transcender… Estados… Experiências …Histórias… Mundo, tanto este, como todos os
outros.
Lembrem-se que há inúmeras Verdades.
Elas são Verdades Relativas, que são em função, unicamente, da Localização
em que estão.
Mas, há apenas uma VERDADE ABSOLUTA.
Por isso, vocês devem não mais estarem em Consciência, inscritos no Efémero.
Mudar o Olhar, o «ponto de vista», não por um Acto de Vontade … mas antes observando
clara e lucidamente as coisas.
Esta Refutação, agora, não é mais a ser conduzida, tal como dizia BIDI… mas
é a própria LUZ que refuta o Ilusório não agindo contra, mas instalando-se.
O que vocês observam nos vossos Céus…o que vocês observam em vocês… o que
vocês observam dos Elementos… o que vocês vêem da LUZ… É A VERDADE ABSOLUTA.
É como se…tomando esta analogia… vocês captassem uma certa Faixa de Frequências
e a única Realidade possível e Conhecida estivesse ligada a esta Gama de Frequências
com os seus limites.
E depois sobre isso, se superpusesse uma Gama de Novas Frequências, que não
tem mais limites e que sobretudo, vêm fazer desaparecer os Limites anteriores.
Lembrem-se que vocês não podem nada levar da vossa história, porque cada
vez que vocês renascem, a História Passada não existe mais.
Mas aí, o Renascimento que está aí é uma verdadeira Ressurreição.
Não das vossas Memórias Passadas, mesmo que elas se atualizam em vocês… mas
antes a Memória do que Sois, real e verdadeiramente… além de toda a Encarnação…
de toda a Reencarnação… de toda a Lei… mesmo de Causalidade.
O que acontece sobre este Mundo, acontece do mesmo modo em vocês:
A morte de todas as ilusões… de
todos os Efémeros.
Observem igualmente o que é Efémero… não para se ligarem a ele…mas antes para
se separarem, não como um Acto de Vontade que gostaria de pôr fim a tal relação…
a tal «pessoa» ou a tal Mundo… mas antes como aquele que realmente vive, o fim
da Ilusão.
Ora, a Personalidade não quererá jamais reconhecer o seu fim, nem a Ilusão
de que ela vive.
É portanto, mais uma Mudança de Localização, uma Mudança de Olhar.
É portanto, mais uma Mudança de «ponto de vista», que não é o «ponto de
vista» de um Pensamento, mas antes o «ponto de vista» da própria Consciência.
A particularidade deste novo «ponto
de vista» é que ele pode acompanhar-se igualmente do Desaparecimento de todo o «ponto
de vista», muito mais espontaneamente, muito mais facilmente.
O Desaparecimento de todo o «ponto de vista» permite viver a deslocalização
definitiva de uma forma… de uma Consciência ou de um Estado e instala-vos neste
ABSOLUTO, cujo Testemunho é SHANTINILAYA.
SHANTINILAYA não será jamais uma Projeção ou uma expressão da Consciência,
porque é um Estado que é perceptível à Vontade.
Ele pode mesmo ser permanente.
É o que está por detrás da Consciência que decide.
Não são vocês, nem a LUZ, quem decide.
Assim, portanto, o Jogo das interações…das Ressonâncias…das Oposições e das
Justaposições… o Jogo de todas as Consciências, aparece-vos.
E é vendo o Jogo de todas as Consciências que vocês perdem o Sentido de Identidade
e que vocês vivem a Ressurreição.
As Circunstâncias do Mundo ilusório tornam-se, através da Acção dos Cavaleiros,
cada vez mais perturbadas.
Mas como vocês o sabem, isso não deve de forma alguma… atemorizar-vos ou
fazer-vos procurar uma qualquer data posterior…mas é mais precisamente, um
encorajamento para deixar o que Sois… Ser além de toda a Aparência…de toda a Ilusão
e de todo o Efémero.
A LUZ que foi vista… a LUZ que foi vivida…deve dar lugar na sua totalidade,
ao que Sois, isto é… à própria LUZ… não mais uma Consciência que é Localizada…
não mais uma Consciência que é tributária de uma Forma ou de uma Multiplicidade
de Formas…mas que está totalmente livre disso.
Tenham Presente também que, mesmo que isso vos pareça muito distante do que
Sois, nesta «pessoa»… não concebam nenhuma Aflição… nem nenhum Sofrimento…porque
existe no desenrolar da Ilusão do Mundo, um Mecanismo final que está encadeado.
Este Mecanismo Final apenas concerne à Ilusão… mas não concerne à Verdade,
muito pelo contrário.
Somente desaparece o que apareceu um dia e que é a Consciência.
Não é o Desaparecimento da Vida, mas o seu Aparecimento, bem ao contrário,
que está aí.
Não há melhor atitude, como vos dizia e repetia UM AMIGO , que «Permanecer Tranquilo», que imergirem-se
na PAZ , porque a Paz é o recurso… não há outro.
No fim do final da Ilusão deste Mundo Efémero, somente A PAZ É ETERNA.
Esta Paz Suprema que não depende, eu recordo-vos… de nenhuma Circunstância
e ainda menos… das Circunstâncias Temporais da Ilusão…ainda menos, da vossa «pessoa»,
é o único Último, O ÚNICO ABSOLUTO e a ÚNICA VERDADE que pertence a todos…
porque Ela é ABSOLUTA, ela também.
Quanto mais o tempo deste Mundo se escoa… mais vocês se aproximam do Não-Tempo…do
Não-Espaço…da Não-Projeção… da Não-Consciência ou A-Consciência.
Em definitivo, a Morada da Paz Suprema sempre esteve aí, mas ela
tornar-se-á cada vez mais sensível, a partir do momento em que tudo o resto, absolutamente
tudo o resto é deixado pelo que ele é, ou seja… Efémero e ilusório… mesmo que seja
necessário vivê-lo… mesmo que seja necessário cumprir algumas tarefas…algumas acções…algumas
interações.
Vocês irão, cada vez mais, compreender que não há Distância…que não há mais
Separação.
Mas, vocês vão também constatar que isso será, cada vez mais…ou um ou
outro:
Ou a Personalidade desaparece e a Paz aumenta…ou a Paz distancia-se e a Personalidade
reforça-se, traduzindo, por isso mesmo, a necessidade de existir, isto é…de se
manter fora da Verdade… de se manter fora da Paz Suprema.
Isso dar-vos-á a ver, com cada vez mais Clareza… mais Realidade aí onde
vocês Estão e aí onde vocês Não Estão.
Não concebam nisso nem Inquietude, nem Satisfação, porque aí onde vocês
Estão… é muito exatamente o lugar certo.
E que se de momento, a Morada da Paz Suprema não vos aparece… não esqueçam
que «querer lutar para adquiri-la» é impossível porque ela já está aí.
Então, sigam o vosso Caminho e deixem neste momento, actuar ao seu modo a LUZ.
Mas, não nutram a vossa Personalidade com o sentido de busca ou de procura.
Não nutram o Efémero apoiando-o e
apoiando-se nele.
A Morada da Paz Suprema não é uma Aquisição… é inata.
São simplesmente as Circunstâncias dos Elementos desse Mundo e de todas as Camadas
Ilusórias, que mudam, devido à Libertação da Terra.
Vocês têm apenas que seguir «as Linhas
de menor Resistência».
E «as Linhas de menor Resistência»
são aquelas em que a Personalidade não pode estar Presente.
Esqueçam-se.
Desapareçam de vós mesmos.
E vocês verão por vós mesmos o que acontece.
Mas, não façam disso um Objetivo porque isso é instantâneo.
Não façam disso tampouco…uma meta… nem mesmo uma finalidade… porque isso acontece
AQUI e AGORA.
A Acção da Radiância do Anjo URIEL, como vocês o sabem, é preponderante para
viver isso.
Deixem simplesmente a Paz crescer em vocês.
Deixem-na tomar conta.
Não existe outro meio além se se apagarem de vós-mesmos.
Eis as poucas reflexões que fazem sequência ao relato de UM AMIGO.
E eu penso que nós temos tempo ainda para abrir um espaço de perguntas, relativas,
exclusivamente, ao que eu acabo de enunciar, e de viver nos espaços das vossas perguntas,
este Estado de Paz Suprema, além de todo o Estado.
***Pergunta: Que diferença existe entre
instalar-se na Paz e SHANTINILAYA?
R:- É muito simples: quando SHANTINILAYA é o que tu És… não existe mais pergunta…
nem interrogação… nem Sentido do que quer que seja…porque tu mesma te tornaste «o
sentido».
O Mundo não existe mais, e no entanto, ele está aí.
Na Morada da Paz Suprema não há nenhuma Consciência Separada… não existe portanto,
nenhum Sentido de uma Identidade, mesmo que esta possa ainda estar Presente,
para algumas Acções.
Mas, não é mais esta Personalidade quem decide…quem dirige mas sim a Morada
da Paz Suprema.
A Experiência da Paz não é a Morada da Paz Suprema.
A Experiência da LUZ não é suficiente para Ser LUZ.
É necessário sair da Experiência, que está inscrita num contexto
temporário, a um dado momento da Vida, para entrar na ETERNIDADE do Presente.
É sair desta Crença inscrita em todos, de que uma sucessão de Experiências e de Estados vai levar-vos a viver o que Sois.
Naturalmente, estes são aguilhões e os guias.
Mas, SHANTINILAYA é este Êxtase permanente, que não se importa com as Circunstâncias
do Mundo e inclusivamente da tua própria Vida que não existe mais.
A Paz é um Estado que pode chegar quando as Circunstâncias, tanto as Interiores
como as exteriores se prestam a isso.
SHANTINILAYA não tem o que fazer com essas Circunstâncias, Interiores ou
exteriores.
Esta Beatitude é o Estado normal do SER, além da Encarnação e de toda a Forma.
***Não temos mais perguntas, agradecemos-vos.
Através do que é para SER, eu terminarei por estas palavras:
EU
SOU O QUE EU SOU… MAS EU SOU TAMBÉM CADA UM DE VOCÊS… NA MESMA UNIDADE… NA
MESMA CONSCIÊNCIA… CUJO SUPORTE É SHANTINILAYA.
Irmãs e Irmãos, em Humanidade, O AMOR-LUZ
É, DE TODA A ETERNIDADE.
Então, que a minha Bênção e a vossa se unam no mesmo impulso… na mesma Paz.
EU SOU MA ANANDA MOYI, EU SOU VOCÊS, EM CADA UM.
Digo-vos até a próxima volta.
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