BIDI –
21012.05.16 - 2
*****Pergunta:- Eu ainda não consegui extrair a minha Consciência do Sono de
Sonho. Ela permanece aprisionada nas Experiências da minha Personalidade. O que
é que eu devo viver ou como proceder?
R:- Quem trabalha enquanto tu
sonhas?
-Quando dormes, sabes que dormes?
- Ser-te-ia necessário para isso, permaneceres Lúcido.
Prosseguir a Dissolução
é, precisamente, permanecer Lúcido, não mais estar no Sonho, o que alguns
chamaram TURIYA, que não é O ABSOLUTO.
Do Ponto do ABSOLUTO, se
é que eu posso falar assim, o Estado de Vigília ou de Sono não muda nada.
São Ilusões, tanto um
como o outro.
A tua Vida passa, o teu
Corpo passa, o Sonho passa, então isso não é Eterno e de forma alguma, ligado
ao EU SOU.
TURIYA ou o EU SOU, A
PRESENÇA, é uma Etapa.
Isto é o que é
construído além da Personalidade e que se deve apagar, através da des-Construção
ou de preferência da Dissolução no momento oportuno.
Se a tua Consciência, logo
que tu o vejas, está presa nesta Realidade, isso significa simplesmente que o Momento,
no sentido linear, não chegou.
- Dentro do que foi dito para continuar um Trabalho de Dissolução,
foi-te dado um prazo?
Não, a Consciência, no
teu caso, vai viver o que é para viver, para ela, antes de desaparecer.
O Apego, ao que tu És,
em certos Modelos de Crença, aprisiona-te tão seguramente, quanto o resto.
- Conheceste CRISTO?
- Viste-O ou é apenas uma Crença?
Eu poderia falar-te de KRISHNA,
de BUDA.
- Conheci-os eu de outra forma além dos seus escritos, de outra forma além
das suas Crenças, de outra forma além das Religiões ou através de um Ideal, de
uma História?
Tu necessitas, também, de
«matar» isso.
Não de modo ativo,
porque não há nada para fazer desaparecer, mas simplesmente Refutar, aí
também, ir além disso.
Enquanto aderires a
qualquer outra coisa além do ABSOLUTO, OABSOLUTO está fechado para ti, porque a
Crença afasta-te Dele.
CRISTO é TURIYA.
Ele é um Modelo, o mesmo
para BUDA, mas como já foi dito, num dado momento, tu deves «matar» o Modelo.
O único obstáculo está
aí.
Há, através da Adesão a
uma Crença, um Ideal a ser prosseguido.
Este Ideal a prosseguir
inscreveu-te num Tempo e o tempo parece longo.
Suprime o Ideal,
não haverá mais tempo.
Suprime a Crença,
tu não terás mais a necessidade de Tempo.
São as Crenças que
impedem a Dissolução, seja o teu Modelo o mais Ideal, seja encontrado em Sonho,
seja encontrado de maneira Mística, porque os que O conhecem, realmente, de
maneira Mística, tem apenas um objetivo: o de se Fusionar, se Casar com ele, ou
com ela, se é uma outra Entidade.
Daí nasce a Dissolução.
Como vos disseram os Anciães:
COMUNHÃO, FUSÃO e
DISSOLUÇÃO, nessa ordem, dentro de TURIYA.
Portanto, tu não podes
considerar um Modelo como Exterior a ti.
Como ele é considerado
como um Ideal Exterior, um Modelo a adquirir, tu mantens a Comunhão, tu
impedes a Fusão e ainda mais a Dissolução. - Eis o Obstáculo.
Esquece tudo, todos os Modelos,
todos os Contextos, todas as Crenças.
Esquece até mesmo o teu
Pai e a tua Irmã.
É a única maneira de Viver
a Dissolução.
Ou então fusiona-te com CRISTO, ou ainda fusiona-te com o teu Pai, ou ainda fusiona-te com a tua Irmã,
mas fusiona-te com algo, a fim de que isso não tenha mais existência Exterior
ao que tu ÉS.
Aí, tu viverás a Dissolução.
Mas não antes
porque existia a persistência da ideia de alguma coisa de Exterior, que
tem uma existência autónoma, no Exterior de ti.
Mas como foi dito, até
mesmo pelos ARCANJOS, O MUNDO ESTÁ EM TI.
OS ARCANJOS estão em
ti, eu estou em ti, porque TU ÉS ABSOLUTO!
Enquanto colocares uma Distância
num Papel ou uma Função, Exteriores a ti, em CRISTO, no teu Pai, na tua Irmã ou no que
tu quiseres, existe uma Distância e, portanto, não pode haver a menor Dissolução.
Apenas pode existir a Persistência de um
nível.
O ABSOLUTO não é um
nível.
É Simples, aí também.
Como há uma Projeção num
Ideal, Religioso ou outro, vocês não podem ser vós mesmos, mesmo com o que vocês
denominaram de DUPLO.
O DUPLO não é feito
para ser visto, ele é feito para se Dissolver.
É uma ajuda para O ABSOLUTO,
mas não é uma Finalidade, porque ambos são os mesmos.
Não projetem nada
no Exterior.
O que És não tem que
ser projetado, já está em ti, mesmo CRISTO, mesmo o teu Pai.
Não há nada de Exterior
ao que tu És.
O que é Exterior é uma
mera Projeção da Consciência, um Sonho, tal como o Estado de Vigília.
Se tu aceitares isso,
a Dissolução é um dado adquirido, porque ela sempre esteve aí.
É simplesmente o teu Olhar,
a tua maneira de ver, o teu “Ponto de vista”, derivado das tuas Crenças e de
teus Afetos.
Não há nada mais que isso.
Este é o único obstáculo.
*****Pergunta:- Eu vivo Estados caóticos. A Refutação permite-me distanciar-me
, mas o Mental, as Emoções e a Vontade estão sempre muito presentes. Como pedir
a ajuda das Estrelas, dos Anciães ou dos Arcanjos sem fazer deles, Salvadores Exteriores?
Como estar em Comunhão com eles, sem que seja uma Projeção do meu Mental?
R:- É necessário primeiro que aceites que não há Personalidade,
que não há nada Exterior.
- O quem mais tem necessidade de ajuda, como o disseste, além da Personalidade
que precisa de um Salvador?
- Mas a partir do momento em que não há Personalidade, quem haveria
para salvar?
- Quem haveria para ajudar?
Muda de perspectiva,
visto que tudo já está em ti, absolutamente tudo.
Aí também, não imagines
o que quer que seja de Exterior a ti criando uma Distância, ainda maior, entre
o que tu És e o que se projeta.
O Caos é um Sinal muito
bom, porque o Caos assinala uma re-organização, além de toda a Ordem, na LIBERDADE.
A aparência da Personalidade
passa pela sua própria Morte.
A LUZ Dissolve a Personalidade,
que não tem nenhuma existência.
Não dês importância ao
que não existe.
Tu não és nem o teu Mental,
nem esta Personalidade.
Tu acreditas neles. - Aí está o problema.
Como Testemunha da Refutação,
tu estabeleces perfeitamente de onde vêm as queixas.
- Como é que estas queixas podem ser atuantes, mesmo vendo-as, se tu não vos
deres o teu Consentimento?
E esse Consentimento
vem da incapacidade temporária para não ser isso.
Não há Culpabilidade.
- Quem é esta Culpabilidade?
Aquela de malfazer,
aquela de sofrer, atribuídas às Causas Exteriores, a uma Causalidade, a acontecimentos
passados.
- Porque através disto, exprime-se o quê?
O Sentimento, eu sublinho,
Sentimento, porque não é verdade, de Solidão.
A necessidade de Completude.
A procura, no Exterior,
de uma Completude, para colocar um fim a uma Solidão que não existe.
É a Personalidade quem
te leva através das suas Desilusões, a acreditar que tu estás sozinho.
Os Afetos e os Sentimentos
que retornam, encarados pelo que eles são: Alguma coisa que passa e que não és
tu.
Não confundas a Refutação
com o facto de não os veres.
Refutar conduz a ver as
coisas e os elementos, tal como eles são, mas não a não mais os ver.
Observa pacientemente
que, muitas vezes, tu serves-te da Refutação, precisamente, para não veres.
Se aceitares isso, a Personalidade
terá menos peso, o Mental ainda menos.
É o Mental que te faz
acreditar que existe Solidão, que há isolamento, que é necessário Olhar para o Exterior.
Mesmo o DUPLO está em
ti, sem isso, como poderia ele existir em
CRISTO ou em qualquer que seja o Outro?
Não há nada além do
ABSOLUTO.
Não te deixes
desencorajar com o que te dita o Mental, com o que ele te faz crer.
Seria necessário que tu
fosses esta Personalidade que sofre, que sente falta, que está isolada.
Isso não é verdade.
A Abundância sempre
esteve aí, tudo sempre esteve aí.
Não acredites no que te
dizem os teus Afetos e os teus Sentimentos.
Não te desvies, mas
aceita vê-los: eles estão aí, mas não são tu.
Refutar, não é
negá-los.
Tu não és nada do que
se passa.
Tu podes estar seguro e
certo de que, quando qualquer coisa passa, como um Humor ou um Sentimento, isso
não és tu, mas é segregado por esse «saco de comida», ou pela tua própria História,
pelas tuas próprias feridas.
Mas tuas feridas não
são as tuas, mesmo que elas te sejam próprias.
Elas inscrevem-se em
outra coisa além daquilo que tu És, dentro precisamente desta Personalidade,
dentro exactamente deste Mental.
Se te mantiveres
tranquilo, sem pedires uma ajuda, sem projetares uma ajuda, sem imaginares
que o que quer que seja, não pode vir do Exterior, além do que quer que seja
que possa vir do Exterior, se tu te inclinares sobre o que tu És, no
Interior, tu vais aperceber-te que todos os teus Recursos estão aí e não
dependem, nem do peso de um Ferimento, real ou suposto, nem de uma qualquer
falta, nem de uma qualquer ajuda Exterior.
Compreende e apreende
já, que tudo está em ti, sem nenhuma excepção.
Tu não estás cheio de Sofrimento,
de Sentimentos e de Afetos.
Tu não estás cheio de
nada além do que tu ÉS, ABSOLUTO.
Tu és a FONTE de ti
mesmo.
Não há AMOR Exterior.
SÊ AMOR.
Não te coloques a
questão do teu Passado, das tuas Feridas, das tuas Deficiências, elas não
existem!
E a ajuda já está aí,
porque ela não está para chegar, ela já está instalada.
Deixa desenrolar-se o
que se desenrola. - Deixa desenrolar-se!
Tu não és o que se
desenrola.
Permanece no Centro,
sem perguntar e sem projetar, sem ir e vir, IMÓVEL, aí onde, por agora,
tudo te parece Vazio e tu verás que isso não é mais do que um Olhar do Ego,
porque na Realidade, é aí que está O ABSOLUTO, completamente!
Mas para isso, aceita
ver esses Sentimentos, essas Impressões, essas Emoções, este Sentimento de Vazio.
Vê-os, mas não os
reconheças, eles não te pertencem.
É muito Simples, mas, é
claro, a Personalidade não quer mais o Simples.
Ela considera as Orações,
Pedidos, Súplicas, porque ela tem Medo de ser Insignificante!
- E ela é-o! - Por
isso, ela não tem que ter Medo do que ela É.
Tu não és Insignificante.
Tudo o que tu És é Significante,
além de todo o Sentido e de toda significação deste Mundo.
TU ES A ETERNIDADE.
*****Pergunta:- A Experiência e a Escolha de Vida que se faz pode nos levar ao
ABSOLUTO, mesmo se nós não somos o que fazemos?
R:- Não. O ABSOLUTO não depende de nenhuma Escolha, de nenhuma Vida,
de nenhuma Realidade deste Mundo.
O ABSOLUTO é o mesmo,
quer isso seja sobre a Cruz de CRISTO, quer na Criança que morre de fome, quer
no velho que morre de velhice, ou aquele que morre com uma bala.
Não há diferença
nenhuma.
Acreditar que existem
circunstâncias precisas, nesta Personalidade, de Caminhada Espiritual ou outra,
que favorecem o cumprimento, se tanto é que se possa falar assim, o Estabelecimento
do ABSOLUTO, é um erro.
Acreditar que, porque
se vai estar Livre de todas as necessidades, Afetivas, Financeiras, Morais,
Familiares, Sociais, será suficiente para ser ABSOLUTO é um erro dramático.
O ABSOLUTO não depende
de nenhuma condição deste Mundo.
É um erro.
Apenas a Personalidade
pode estar satisfeita no facto de não faltar nada, dinheiro, afeto.
O ABSOLUTO não tem o
que fazer com tudo isso.
Não existe nenhuma Idade,
nenhuma Condição, nenhum Carma, nenhuma Situação, que se oponha ao ABSOLUTO, além
de vocês mesmos, através de justificações, de álibis, que não têm, Histórias
Espirituais, que não têm, Medos escondidos, Evidências escondidas.
Não há nenhum Caminho para
O ABSOLUTO.
Não há nenhuma maneira
de se aproximarem do ABSOLUTO através de uma qualquer circunstância de Vida.
O SER pode dar-vos a
aparência, mas o próprio Abandono do SER é necessário e indispensável.
Eu diria que, em última
análise, seria muito mais fácil para aquele que não tem Resistências.
Ou seja, aquele cujo Corpo
se vai, cujas posses se vão, têm mais chance de Revelar O ABSOLUTO.
Existem certos Países em
que os Seres abandonaram tudo e nunca mais encontraram nada.
Existem Países em que
os Seres nunca mais pediram nada e eles são O ABSOLUTO.
Não vejas isso como uma
Progressão.
Não vejas isso como
alguma coisa que facilita ou evita.
Isso não é verdade.
Só o Mental pode
acreditar nisso.
Existem circunstâncias favoráveis.
- Isso é falso.
Apenas o Abandono do
SER, a Mudança de Olhar e de Perspectiva, o Não-Apego, realizam a Verdade do
ABSOLUTO, que sempre esteve aí.
Crer que existe uma Distância,
cria Distância.
Crer que há um Caminho,
criou um Caminho.
Crer que há indignidade,
torna-vos indignos.
Supor que isso está
longe, torna-o longe.
É, no entanto, aí
também, extremamente Simples.
Não suponham nada,
não aceitem nada, Deixem todo o Espaço,
Desapareçam.
Enquanto acreditarem
existir através de um Apego, de uma Pesquisa, de um Afeto, vocês afastam-se
do ABSOLUTO.
Ele, sempre ele esteve
aí, ELE nunca se moveu!
Vocês é que se moveram!
São vocês que estão
afastados, nesta Personalidade, nesta Ilusão, no SER.
Quando nós vos dizemos
para permanecerem tranquilos e não fazer nada, ocupem-se da vossa Personalidade,
se quiserem, para a melhorar, para a pacificar, mas vocês não são isso.
Vivam o SAMADHI, se
isso vos dá prazer, mas vocês não são isso, não mais.
Através das minhas
palavras, eu espero que vocês apreendam um pouco mais sobre o que é a Refutação:
nem isto nem aquilo.
- O que vos impede de a praticar?
- O que vos impede de colocar em prática?
- O que vos faz acreditar que é um Jogo Mental?
- O que vocês dizem que é estúpido?
Coloquem-se a questão!
Se não é o vosso
próprio Ego, o vosso próprio Mental, quem vos vai dizer a cada turno, que «isso
não é verdade» que «isso não existe», que «isso não é possível», que «isso é
muito Simples, muito fácil».
Refutem e vocês verão.
Realizem a vossa pesquisa,
mas não procurem a Acção / Reação deste Mundo, - ela é sem fim!
Não procurem em
definitivo, a Causa, para o que nunca teve Causa.
Não há Início. Não há Fim.
- É uma Ilusão total.
VOCÊS, SÃO ETERNOS,
ETERNIDADE. ETERNOS, - SEMPRE PRESENTES!
Tudo o resto são apenas
acessórios, piruetas, espetáculos e …fraudes!
- Vocês querem brincar de ser um bandido ou vocês querem ser
Verdadeiros e Transparentes?
- Vocês querem Ser uma Alegria que não
desaparece jamais, uma Beatitude que não é em Função das Circunstâncias, dos Vossos
Amores ou Desamores, do vosso Dinheiro ou Não-Dinheiro, de um Teto ou de um Não-Teto?
Vocês não têm nenhuma
necessidade de prever, porque a vossa Vida prosseguirá da melhor das maneiras,
sem nenhum obstáculo, no ABSOLUTO!
Aí está a única causa dos Sofrimentos
aparentes, das Necessidades aparentes, das Feridas aparentes, das Doenças. - Não
há nenhuma outra!
Se vocês deixarem este
«saco de comida» evoluir por si mesmo, mantendo-o, sem se colocarem perguntas,
ele irá muito bem.
Do Nascimento à Morte,
ele viveria o que ele tem para viver.
Isso é porque vocês
estão Identificados com ele, quer ele esteja Doente, quer ele esteja mal e
sofrendo, caso contrário, não há nenhuma razão válida para ser alterado.
Tente isto:
Refutar este Corpo e
vocês verão que ele se vai encaixar bem, porque o Ego irá fazer-vos crer que Refutar,
é Renegar, é Rejeitar. - É falso!
Isso é o que vos diz o vosso Mental, sem parar.
Não há nada, além
disso, que vos impeça de praticar a Refutação, ou então de vos fazer
considerá-la sob um lado malicioso, «tudo é Ilusão».
E de rirem, mas não com
o verdadeiro Riso, aquele da Ilusão que zomba.
Não existe outro
Obstáculo além de vocês mesmos.
O ABSOLUTO não precisa
de vocês.
Ele é o que Sois. - Apreendam
isso!
Todo o problema é
apenas uma questão de “perspectiva”, de “Ponto de vista”.
Como eu o disse, isso é
um erro de “Ponto de vista”, um erro de Visão.
Esta é uma Visão que
está sujeita à vossa História, aos vossos Afetos, às vossas Emoções, ao vosso Mental,
a tudo o que é ilusório.
Ultrapassem esta Visão.
Vocês não são aquele
que vê.
Não há nada a ver a
este nível.
Se vocês fizerem Silêncio
de tudo isso, vocês constatarão, com espanto, que O ABSOLUTO já está aí!
Ele não tem que
aparecer, excepto para a Personalidade que se vai. - Aí está a Dissolução!
Aí está a Facilidade!
É sair da Complexidade,
sair da Dificuldade!
Sair do Conhecimento, o
Falso, aquele que depende de uma Aquisição, de uma Crença, de uma Reflexão, de
uma Suposição.
O ABSOLUTO é Conhecimento.
Ele faz de vocês um LIBERADO.
Não o Conhecimento da Personalidade,
que não vos liberará jamais, que vos restringirá, cada vez mais, na Acção / Reação,
no Sofrimento, na Dor.
SEJAM LIVRES… OUSEM SER
LIVRES!
- O que vos impede?
É Claro que existem Regras
e Leis que se aplicam a este Mundo!
Mas vocês não São isso!
VOCÊS, SÃO A ABSOLUTA FELICIDADE DA LUZ ETERNA
DO AMOR.
Nada mais e nada menos!
Vocês apenas acreditaram
na vossa Personalidade, no vosso Papel nesta Vida, no seu início e, nesse fim.
*****Pergunta:- Tendo feito a Experiência DA ONDA DE VIDA, pode-me dizer se existe
muita casca de cebola a ser removida para chegar ao ABSOLUTO?
R:- Mas se tu removes todas
as cascas e todas as camadas da cebola, o que resta?
Nada. Não há nada para
remover.
Apenas há a ver, a Refutar.
Refutar não é suprimir
nada.
É aceitar O ABSOLUTO,
inclusive, na sua totalidade.
Não exclui nada, mas
simplesmente a Ilusão é vista pelo que ela é, UMA ILUSÃO!
Se A ONDA DE VIDA está
aí, não te ocupes com nada, não faças nada, fica quieto, especialmente, não te
ocupes de nada.
Tu serás sempre muito
mais inapto do que A ONDA DE VIDA.
Tu serás mesmo ridículo
em relação à ACÇÃO DA ONDA DE VIDA.
Torna-te simplesmente
esta ONDA DE VIDA, isso é tudo.
Não procures nada mais.
Não te coloques outras
questões.
Refuta o que chega e
verás, por ti mesmo, que nada mais chega.
É A LIBERTAÇÃO. É A
LIBERDADE.
Não há nada a imaginar
trabalhar.
Há simplesmente que
aceitar o que se Manifesta, o que emerge, o que sai.
Mas não vás procurar
por ti mesmo, sem isso, tu manténs a Dualidade e escondes a ONDA DE VIDA.
Acreditar que há
qualquer coisa para purificar, algo para te livrares, é uma Ilusão, aí também.
Aceitar isso não é mais
ser a Personalidade.
É deixar trabalhar a ONDA
DE VIDA, na sua totalidade.
É não ser afetado, é
não acreditar que há um trabalho, é não imaginar ou supor que existem camadas
de Sombra.
É superar todas estas
noções de acreditar que há uma Pacificação a Realizar, que há um trabalho a
conduzir, que há uma “Purificação” do Ego ou uma Mitigação do Ego ou do SER.
É sair de todos esses Jogos
estéreis, todos essas Vigarices Espirituais, precisamente.
Vocês estão Liberados
porque a ONDA DE VIDA foi Liberada.
Não se preocupem mais
com todas essas Sombras, elas não existem!
Não vos dêem mais importância
e consistência.
Mudem o Olhar.
Não há nada de Bem,
nada de Mal, não há nada mais além do ABSOLUTO, LUZ, AMOR, VERDADE.
Tudo o resto são meros Fantasmas
mórbidos.
Decidam por vós mesmos.
-Vocês, acreditam ser este «saco de comida»?
- Vocês, acreditam ser esses Ferimentos?
-Vocês, acreditam ser esta História?
-Vocês, acreditam ser estes Sofrimentos, essas perdas, estas lacunas ou
vocês são realmente ABSOLUTOS?
Mostrem-no! Provem-no!
Mas prová-lo não é uma Acção,
muito menos uma Demonstração, porque é o que Sois, todos!
Não adiram mais aos vossos
próprios fardos, eles não existem.
Não há outra Solução,
não há outra Verdade, excepto O ÚLTIMO.
E se vocês têm sede de Experiências,
então, levem as vossas Experiências ao SER ou à «pessoa», vejam por vós mesmos,
além simplesmente do Desejo, além mesmo da Necessidade.
Permaneçam na Aparência
e na Carência ou encontrem-se no que Sois, essa PLENITUDE ABSOLUTA, aí
onde não pode existir nenhum Medo e nenhuma falta.
Vejam por vós mesmos!
*****Pergunta:- «Vocês irão aonde vos leva a vossa Vibração, não façam nada
e fiquem tranquilos», são indicações que eu recebo sobre o momento com alguma
compreensão, e que se tornam cada vez mais confusas. A Dúvida e a Confusão
manifestam-se invariavelmente. Como é que o “EU” faz a sabotagem?
R:- Porque tu lhe dás crédito, tu deixa-lo Jogar.
Tu autoriza-lo a jogar,
tu autoriza-lo a interrogar-se, tu autoriza-lo a duvidar.
-Tu És isso?
- Que conclusão?
Nas frases que enunciaste, é muito Simples.
Tu irás para aonde te leva
a tua Vibração.
A tua Vibração leva-te
então a estabeleceres-te em alguma coisa.
Há então uma des-Localização,
que vocês têm designado de Ascensão.
O ABSOLUTO não é
Vibração.
Isso significa que
vocês não irão a nenhuma parte, dado que vocês já aí estão!
A Confusão vem daí.
Para o “Eu”, não há
problema.
Ele desaparece
completamente no que está aí.
Isso não altera nada
além do desaparecimento do “Eu”, seja o facto da Morte do «saco de comida» ou a
Morte do Mundo, é a mesma coisa.
Se vocês vêem aí uma
diferença é porque vocês estão inseridos nesse Mundo e vocês estão apegados a
este Mundo que é Projeção e Maya, Ilusão.
Sem isso, este não deve
colocar-vos nenhum problema, nenhuma procura, nenhuma apreensão para qualquer
um.
Aquele que se coloca
problema e que tem uma apreensão, é o Ego, que Duvida, que apenas existe no Mundo,
exclusivamente através da Projeção na Ilusão.
A Vibração é a Certeza de
ir aonde ela vos leva, no SER, no que é designado de Dimensões, Planetas,
Sistemas.
Aquele que excede a
Vibração é ABSOLUTO, aqui mesmo, nesta Forma.
Não há Princípio de Encarnação
que permaneça e que seja limitante, salvo para aquele que está no Ego e que nele
acredita.
A Confusão vem daí.
É o Mental que criou a Confusão.
A partir do momento em
que tu procuras entender frases como estas, sem as viveres, é claro que isso
permanece Mental.
Não serve para nada
lê-las, se não forem vividas.
Vocês não encontrarão
nelas nenhuma Satisfação.
Da mesma forma, eu
encorajo aqueles que quererão ler-me ou ouvir-me, algures, que não seja aqui, que
eles parem imediatamente, porque isso não serve de nada, para o vosso Ego, o
vosso Mental, o vosso SER.
Apenas O ABSOLUTO me
interessa.
Se O ABSOLUTO não vos
interessa, então sigam o vosso Caminho.
Fiquem Livres de
acreditar ou Ser o que vocês querem, mas se as minhas palavras vos incomodam,
se a minha voz vos incomoda então vocês estão no bom Caminho.
Se vocês não
entendem nada, então, é perfeito.
Se todas as vossas
marcas voam pelos ares, é mais do que perfeito, a fruta está madura.
Mas não se cansem de
ler ou ouvir o que vos incomoda, a menos que o Masoquismo seja uma parte da
vossa Personalidade.
O que eu digo não
interessa a todo Mundo, é claro, e muito menos àqueles que ainda estão
submissos à Fraude Espiritual ou aos Dogmas da Personalidade ou ao Reflexo do
SER.
Eu remeto -me àqueles
que aceitam nada mais compreender, porque o que eu digo só pode ser vivido.
Compreender não
serve de nada!
*****Pergunta:- Se é inútil fazer perguntas, então me diga exatamente o que
eu devo escutar.
R:- Porque é que queres tu escutar
alguma coisa?
Eu jamais disse escutar,
eu disse ouvir.
O escutar, entender vem depois.
Tu subentendes com isso
que te falta alguma coisa que tu não terias entendido.
A única coisa que tu
não podes entender é a ti mesmo.
-Tu podes ouvir-te falar, mas tu já , escutaste, entendeste o que tu
És?
- Ou tu crês Ser o que tu pareces nessa forma, neste Corpo, nesta Vida?
Não há nada para escutar,
do mesmo modo que não há nada a esperar ou a compreender.
A única coisa para escutar,
talvez, seja O SOM, este Som Primordial, que de alguma forma, traduz na tua Consciência,
além da UNIDADE, O RETORNO NO ABSOLUTO QUE TU ÉS, DE TODA A ETERNIDADE.
Nisto, não é necessário
mais ouvir o que te diz a tua Cabeça, o que quer que te diga uma Autoridade Exterior,
seja ela a minha, que não tem mais Autoridade sobre ti, do que a tua.
É necessário re-aprender
a ouvir, e por isso, não é necessário escutar, (entender), nada, nem confiar noutra
coisa além do Silêncio, e no SOM ÚLTIMO, traduzindo em ti, o que se revela e se
desvela e que, com efeito, sempre esteve aí.
Eu não tenho então,
nada para te fazer escutar, porque mesmo o que eu te digo, mesmo o que eu te digo
a ti, está simplesmente destinado a te voltar em direcção a Ti, e absolutamente,
nada mais.
Enquanto houver um
desejo de compreender ou de entender, o que quer que seja, isso demonstra
simplesmente que a Atenção e a Consciência estão voltadas para o Exterior,
tentando encontrar aí algo para ouvir e entender.
Quem entende é sempre
aquele que é Efémero.
Quem quer compreender é
sempre o que ainda é, mais Efémero.
O que tu És não é uma Compreensão.
O QUE TU ÉS, É DE
TODA ETERNIDADE, desde o instante em que tu concebes e percebes, além de
toda a Concepção e de toda a Percepção, de maneira mediata, de maneira
instintiva, no sentido mais elevado, o que tu És.
Tu não tens portanto,
nada para entender.
Tens apenas que Ser,
além do SER, além da Vontade, além de teus Sentidos, além das Vibrações que te
são perceptíveis, além de toda Expectativa.
A partir do momento em
que tu te tornas capaz de fazer este Silêncio de tudo o que não é este Som,
então nesse momento, a Verdade irrompe, além de toda a Verdade Fragmentada e Fragmentária.
O Testemunho disso, mas
não o Testemunho de ti mesmo, é simplesmente uma Manifestação, além de toda a Manifestação,
da qual nada pode ser dito, da qual a Beatitude e o Êxtase, é a abordagem,
reflete e testemunho incompleto, assinalando o retorno à tua ETERNIDADE, Imortalidade,
à tua Origem antes, A FONTE.
A partir desse momento,
não há mais nada para perceber, não há nada para entender, muito menos esperar,
porque tu chegaste de onde tu nunca partiste, tu saíste,
definitivamente, de Maya.
O que te dá Maya a
viver, a experienciar, faz-se sem a intervenção do que tu te tornaste, O
NÃO-SER.
A Consciência não pode
ser tocada pelo que quer que seja, traduzindo-se, a partir desse momento, pela NÃO-
CONSCIÊNCIA e pelo NÃO-SER.
Agora, contudo, um Corpo
Ilusório, um Espírito ilusório, dando-te apenas a Testemunhar este NÃO-SER, através
da Presença deste Corpo, da Presença desses Pensamentos, que não são o que
tu és, mas apenas um Reflexo.
Estando refletido, tu
dás a ver, tu dás a perceber, àqueles que não o são revelados neste momento, uma
Imagem.
Este Imagem torna-se
como que Transparente, não podendo, de alguma forma, ser capturada nem
apreendida por aquele que olha através do Senso Comum, dando um Sentimento de Estranheza.
E, além disso,
resultando numa Interrogação, sobre uma recusa, ou em todo o caso, através da
perda de um equilíbrio precário, por aquele que está instalado na Personalidade
ou no SER.
Nesse momento, o Trabalho,
que se faz sem trabalho, e a Alquimia que se realiza, estão engajados, independentemente
de toda a Vontade, desta Aparência que tu dás a ver, deste Testemunho que tu
dás, simplesmente através da Irradiação do NÃO-SER neste Mundo de Ilusão.
Assim, a partir desse
instante tu podes viver O ABSOLUTO, mantendo esta forma.
O único interesse, se é
que se pode falar assim, é de dar a ver àquele que não é , através do Incómodo,
do AMOR, de uma Mudança de Equilíbrio, seja ele qual for, a Capacidade de se colocar
a questão, mesmo negando o que tu te tornaste no NÃO-SER.
A partir desse momento,
O ABSOLUTO permite àquele que não é ABSOLUTO, instalado no Efémero, ser
perturbado, em todos os sentidos do termo, trabalhando nele de maneira
silenciosa, através da Recusa, do Amor ou por qualquer outra coisa, conduzindo-o
a traduzir a sua Consciência algures, a colocar-se a questão também, de que
está Consciente, de que Observa e de que Recusa o que é mostrado, dado a ver.
Não há nada para entender,
mas é o próprio Princípio da escuta que permite conectar, de maneira silenciosa
e invisível, além de toda a Vibração, para de alguma forma, se comunicar os
elementos do incomunicável.
A melhor maneira de
escutar isso, e talvez para entender, é fazer o Silêncio de todos os Sentidos,
de todo o Desejo, todo o Entendimento, de todo o SER.
O que é para reter, e o
que é mais importante é precisamente o que é perturbado.
Aquele que é
perturbado tem mais chances de se comunicar com O ABSOLUTO.
Esta Comunicação não é
uma Comunicação, nem uma Relação, é uma Interrogação e, sobretudo, o facto de estar
perturbado.
Não há outro modo de
mover as Certezas Ilusórias do Ego.
Não há outro modo de Refutar,
inicialmente, o próprio ABSOLUTO, para ver que, finalmente, através da Refutação
de outros elementos, não pode permanecer precisamente mais do que o que foi Refutado
desde o início.
O ABSOLUTO não é nem Percepção,
nem Vibração, nem Conceito.
Ele não é nada do que é
Conhecido.
- Face ao Desconhecido, qual é a Reação daquele que crê conhecer-se, no
“Eu” ou no SER?
É a Recusa, é a própria
Negação do que lhe é apresentado, dado a escutar.
Deste Princípio de Não-Compreensão
e da Interrogação decorre todo o seguinte.
O ABSOLUTO não pode ser
Conceituado, de modo algum.
Ele não pode ser
abordado, forma alguma, pelo que é Conhecido, pela Inteligência, pelos Sentidos,
pela Vibração ou por não importa o quê.
É precisamente este
aspecto perturbador que move um equilíbrio precário, que vai permitir, na
maioria dos casos, realizar este ABSOLUTO que sempre foi, que sempre é e
sempre será.
No que quer que se
torne este Mundo, no que quer que se torne este Corpo, no que quer que se torne
este Pensamento.
Aí está a única Verdade.
ELE É A ÚLTIMA VERDADE,
ABSOLUTA, TOTAL.
*****Pergunta:- Sinto que a ONDA DE VIDA refluiu em mim. Isto foi
acompanhado por uma diminuição da Distância que eu tinha em relação à
hiperatividade do Mental e das Emoções. Eu tenho algo para Refutar ou a mudar
em mim?
R:- O que pode refluir?
Eu não entendi o significado dessa
palavra.
Um Fluxo não pode refluir, no que
se refere a ele.
Um Refluxo significa um movimento
inverso.
O que subiu, não pode recuar ou
então não subiu.
Isso não se chama um Refluxo.
No momento em que, o Mental, o Eu,
ou mesmo o SER, leva a sua Consciência, a do Eu ou a do SER, sobre a ONDA DE
VIDA e deseja o que quer que seja, esta pára.
Tu não podes possuir a ONDA DE
VIDA, não podes desejá-la, caso contrário, não há Refluxo, há uma paragem, porque
nesse momento, o que quis monopolizar, apropriar-se, DA ONDA DE VIDA, nada mais
é do que a Personalidade.
A ONDA DE VIDA evolui.
Ela sobe sem nenhuma intervenção
da «pessoa».
A intervenção da «pessoa», fá-la
cessar.
Os Medos e as Dúvida s fazem-na
cessar.
O Desejo não pode fazê-la
reaparecer e voltar a subir.
Eis o sentido das palavras que
temos empregado:
FIQUEM TRANQUILOS E NADA FAÇAM!
Porque qualquer Acção sobre a ONDA
DE VIDA que nasce aos pés do Guru, isto é, aos teus próprios pés, O SAT-GURU,
é traduzida, para ti e para a ONDA DE VIDA, como um Desejo de monopolizar, de te
apropriares.
Toda a Apropriação, qualquer que
seja, apenas faz desaparecer a ONDA DE VIDA.
Da mesma forma que existem Barreiras,
tudo o que é Dúvida, tudo o que é Medo, tudo o que é Medo de Perder o Eu,
traduz-se na paragem da ONDA DE VIDA.
Nenhuma Culpabilidade, nenhuma Responsabilidade
a manifestar.
Simplesmente, aí também, estar Consciente,
estar Lúcido, Aceitar também, e a ONDA DE VIDA renascerá e voltará a subir.
Ela não pode refluir porque a sua
natureza é subir e não descer.
Não pode existir Refluxo.
Existe simplesmente uma falha de
alimentação que se produz no momento em que o «Eu» intervém.
A ONDA DE VIDA não é um «Eu»,
muito menos uma Dissimulação.
É o Último, que restabelece o que
tinha sido perdido, O ABSOLUTO.
É necessário, portanto, cessar toda
a noção de Busca, toda a noção de Caminho, toda a noção de algo a adquirir ou a
possuir.
É isso que é necessário «fazer
desaparecer» do Consciente, assim como no «Eu» e no SER.
A ONDA DE VIDA não necessita de
nenhuma atenção.
Vocês podem facilitar, mas não
desejar.
Vocês podem permitir, mas não
pedir.
O pedido ou o desejo apenas
traduzem uma Vontade do Ego.
O que se deve calar, desaparecer
diante da cena, é o Actor. - Não há Actor!
Num dado momento, mesmo o Espectador
torna-se incómodo, porque o Espectador vai atrapalhar o que se desenrola.
E o que ocorre, cuja ONDA DE VIDA
é o Testemunho, é o desaparecimento da «pessoa», o desaparecimento do «Indivíduo».
O ABSOLUTO toma todo o lugar, é
claro, no nível do Ego ou da «pessoa».
Este não é um Sentimento que
aflora, mas mais, um Sentimento de desaparecimento.
O que é intolerável para aquele
que está apegado à sua Forma, ao seu Mental, à sua Percepção.
O Fluxo renascerá porque é
inexorável, no momento em que vocês não terão mais o «Eu», no momento em que
vocês não poderão mais manifestar o que quer que seja desse «saco de comida»,
porque não existirá mais, porque o Mundo não existirá mais para a Consciência.
Portanto, não te coloques a
questão da razão porque Ela parou, porque isso vai também colocar ainda mais Distância
à ONDA DE VIDA e ao ABSOLUTO.
Podes também agir, não sobre O
ABSOLUTO e a ONDA DE VIDA, mas, diretamente, sobre as Dúvidas e os Medos.
Isso não quer dizer buscar a razão
porque existe essa Dúvida, porquê há esse Medo, porque a razão inscreve-se na
tua História, na adesão à tua História.
É necessário observar, com
objetividade, na face, Aceitar que há Dúvida e Medo, Aceitar que tu não és
nem essa Dúvida, nem esse Medo, nem essa «pessoa».
Este é o Princípio da Indagação e da Refutação.
Nesse momento, não tens que te
colocar a questão DA ONDA DE VIDA, já que ELA sempre esteve aí.
Ela não se interrompe, salvo pela Consciência.
A Consciência que tem impedido a tua
própria Libertação.
A Consciência é, em definitivo,
até mesmo dentro do «EU SOU» ou «EU SOU UM», o elemento que freia, porque no «EU
SOU», há ainda uma Identidade, há ainda um Indivíduo, mesmo que ele não esteja mais
Separado, mas não está Integrado.
Se aceitares isso, não vale a pena
ires procurar a Causa desse Medo, dessa Dúvida, mas em olhá-los e aceitá-los
para transcendê-los, porque o «Eu», na sua totalidade, mesmo que ele afirme
o inverso, é apenas, construído pelo Medo.
A partir do momento em que você
não busca a causa, a partir do momento em que você não busca explicação, e,
ainda menos compreensão, simplesmente ser o observador ou a Testemunha, é
suficiente para a identificação, para o reconhecimento desse Medo, dessa Dúvida.
A partir desse momento, tu não
voltas mais a tua Consciência, o teu «Eu», na direcção da ONDA DE VIDA e ELA
então renasce.
Como vos foi dito, não há rigorosamente
nada a fazer para a ONDA DE VIDA.
Há a fazer no nível do que faz,
isto é, esse Corpo, esses Pensamentos.
Mas a finalidade não deve ser a
ONDA DE VIDA, sem isso, ela não nascerá jamais ou não renascerá jamais.
A ONDA DE VIDA não tem necessidade
do «Eu» nem do SER, porque a ONDA DE VIDA precipita-se e penetra o Corpo, a
partir do momento em que não exista nenhuma Resistência ao ABSOLUTO.
Tu não podes fazer nada para isso,
enquanto o «Eu» estiver presente, enquanto o SER estiver presente, porque tanto
o «Eu» como o SER vão sempre querer controlar e dominar, o que é impossível
para a ONDA DE VIDA.
Há uma mudança de Atitude, uma
mudança de Olhar, uma mudança de Consciência, que não pode nem ser conhecida
nem aceita pelo «Eu» ou pelo SER.
Se integrares isso, se o aceitares,
então a ONDA DE VIDA renascerá, mas não antes!
O que está distante não é a ONDA
DE VIDA, és tu.
Apreende isso, e tudo irá bem,
porque tudo está bem.
A Distância não existirá mais para
o «Eu», porque o «Eu» apagar-se-á por si mesmo.
Não o alimente, não alimente as
Dúvida s e os Medos, reconhece-os, simplesmente.
O «Eu» sempre tem tendência a
considerar que os Medos e as Dúvidas são parte do que ele é, mas tu não és
esse «Eu», tu não és essas Dúvida s e esses Medos.
Tu não és nada do que passa e te
atravessa.
Permanece tranquilo!
*****Pergunta:- A Alegria, o Jogo, as Cores, Ressonâncias da minha Criança
Divina, permitem-me acolher as Experiências com doçura, com o Coração. Mas uma
resistência física assinala um bloqueio, uma Memória relacionada ao meu Divórcio.
Que tenho eu a Refutar?
R:- Mas a própria expressão: «Memória», «meu divórcio», prova que
estás identificada com ele.
- Quem se divorciou, além do «Eu»?
- Será que, o que fica imóvel, divorcia-se um dia de alguma coisa?
O Sofrimento expressado é um Reflexo
do Ego, dessa famosa Memória que te mostra e demonstra que, quaisquer que sejam
as Alegrias da Criança Interior, tu permaneces, ali também, visceralmente
apegada à tua História.
É isto que cria o Sofrimento.
- A justificação da Criança Interior, das Cores, da Alegria e do Jogo
está alterada pelo quê?
Tu o dizes tu mesma.
Porque deste uma consistência ao
que é Efémero e, portanto, assim, se cristaliza no «saco de comida», o que tu
lhe atribuíste - o peso da Memória.
Mas a Memória só existe no «Eu».
Ainda estás tributária de uma História,
porque o teu Corpo o manifesta.
E se o teu Corpo manifesta o que quer que
seja, é porque participas desse Jogo.
O que permanece «atravessado na
garganta», e que faz crer que há uma História e uma Memória, é o que vem
alterar o que tu És, de toda a ETERNIDADE, e é apenas a adesão à tua própria História,
ao teu próprio Jogo, ao teu próprio SER.
O teu Corpo mostra-te que estás visceralmente
ligada a ele.
Sem isso, nunca ele teria
manifestado a menor Dor, o menor Sofrimento, ou então, esse Sofrimento,
qualquer que seja, não poderia ser vivido como um Sofrimento.
A Atenção e o poder que dás ao que
viveste e que denominas Memória que viria despedaçar, supostamente, a Criança
Interior, não existe.
O ABSOLUTO não é a Criança
Interior.
É a Espontaneidade, a
Transparência.
A Espontaneidade não pode ser
alterada por uma qualquer História ou uma qualquer Memória.
É a Personalidade que joga esse Jogo,
sempre.
Pode-se dizer que deixaste
manifestar alguma coisa que, precisamente, te permite compreender, porque tu o
vês e o viveste, que a Criança Interior está bloqueada por esse Divórcio.
E, além disso, tu dizes: "O meu
Divórcio". - Apreendes isso?
Tu tornas-te, tu mesma, tributária
das Circunstâncias Exteriores que têm mais importância que O ABSOLUTO.
Tu fixaste, de algum modo, um Sofrimento.
Identificaste-te com esse Divórcio,
em lugar de aí veres outra coisa, que é A LIBERDADE.
Há Ressentimento, e portanto, o Corpo
di-lo!
É claro, há um Culpado, o
divórcio.
É claro, há um Culpado, a Memória.
- Mas o que vêm fazer o Divórcio e a Memória no ABSOLUTO?
- A Criança Interior é tão frágil que pode ser alterada por uma História
ou Memória?
Enquanto isso existir, de uma
maneira ou de outra, quer tu o queira ou não, isso traduz claramente o Apego.
Vê-o, mas não o coloque em Causa, porque não
há outra causa além de tu mesma, não há inimigo Exterior excepto tu mesma.
- Como é que aquele que não existe e aquela que não existe, que
partilhou do mesmo Sonho, da mesma Ilusão, podem sofrer da Ilusão, quando ela pára?
- Qual é o Olhar que colocas em cima disso?
- A falta e o vazio?
- Ou a Liberdade?
Tudo o que acontece nesta Vida,
que tu vês, tem um Sentido, mas não ao nível psicológico.
Não pares com isso!
Não no Sentido de uma Memória que cristaliza.
Mas mesmo o que tu chamas de Prova
ou Sofrimento, tem uma única finalidade, vencer as Resistências, quaisquer que
sejam.
O Sofrimento nunca é uma Punição.
Ele nunca vem do Exterior, além do
SER.
A partir do momento que aceitares
e que vejas isso, de forma justa, sem Julgamento, nem de ti, nem do Outro, não
há nenhuma Razão para que o Corpo Cristalize, não há nenhuma Razão para que o
que afeta o Corpo te afete.
Senão tu estás apegada a esse Corpo.
- O que fazes tu do que é denominado O AMOR, do que é denominado O PERDÃO,
A GRAÇA, em relação a ti mesma?
- O que não te perdoaste?
-Que Culpa e Ressentimento exprimes tu e porquê?
Não na História, não na Memória,
não numa explicação, mas realmente, no que tu És, no que estás perturbado e
te impede de seres Livre.
Se apreenderes isso, então verás
claramente, sem justificar a perda de uma Criança Interior ou de uma
Espontaneidade ou das Cores, porque isso, são pretextos da Personalidade que
prefere estar na Criança Interior e nas Cores, no Jogo, mais do que no ABSOLUTO.
Agora, se considerares que tu és
essa História e essa Memória, então esqueças o que eu disse e age na Acção / Reação,
que vos é conhecida, psicológica, energética.
Mas vocês não farão mais do que
entreter o «saco de comida» de um jeito ou de Outro, até ao seu fim.
Vocês alimentá-lo-ão até à sede mais
intensa, e ele sofrerá.
Tudo o que vocês querem evitar,
reforçar-se-á.
A Memória afetar-vos-á, a História
afetar-vos-á, porque vocês resistem.
O que é para Refutar é, muito
exatamente, que tu não és o teu Divórcio, nem esse Sofrimento no Corpo.
- Qual é a Percepção?
- O que é que a sentes em ti?
Toda a problemática está ali.
O CORAÇÃO DO SER, A PRESENÇA ou O
ABSOLUTO, não podem ser afetados.
O que é afetado, será sempre o
«Eu».
A justificação da Criança Interior
não se mantém.
*****Pergunta:- Há alguns anos, perdi todas as ambições e prazeres
deste Mundo, depois de um Divórcio e de Perdas Financeiras, coisas que combati
como sendo negativas. Agora, a minha perspectiva mudou.
R:- Onde está a pergunta?
Esta é uma Afirmação e uma Constatação,
muito bem.
O que perdeste, Libertou-te, tu tens
Consciência, hoje.
Todo o Sofrimento, toda a Perda,
destina-se apenas a mostrar-vos as vossas próprias insuficiências, as vossas
próprias faltas, o que está perdido em você e não o que vocês perderam no Exterior.
Porque o que vocês perderam no Exterior
é apenas um Reflexo daquilo a que vocês estavam apegados, ao que vocês
desejariam possuir.
A perda coloca-vos, de alguma
forma, a nu, mostra-vos os vossos próprios Limites, os vossos próprios Contextos,
os vossos próprios aprisionamentos.
A Ambição pode às vezes ser
necessária, mas se não for necessária para vocês, ela será quebrada.
Não há Punição nem Carma nisto.
Há apenas a Verdade
- Do que é que tu necessitas?
- Porque é que tu queres provar a Verdade do que És?
Só é verdadeiro o que vives, de
seguida, não o que viveste.
Não o que sofres ou sofreste.
Tu não és o resultado do teu Passado,
de modo algum!
Apenas a persistência do «Eu» está
inscrita no Passado que se manifesta neste Presente.
É necessário sair da Linearidade.
Amar, é isso.
É não possuir uma esposa ou um
marido.
Não há nada a possuir e se o que
vocês acreditam possuir for retirado, aí também não há falha, há apenas Movimentos
da Vida, das Ilusões que se entrechocam e que, de qualquer modo, terão
terminado no momento do Fim deste «saco de comida».
Tu não levas os teus
arrependimentos.
Tu não levas as tuas Alegrias.
Tu não levas nenhuma Memória.
Tu não levas o que encontraste, ou
seja, se tu te encontraste.
O «Eu» considera-se, como sempre, Imortal.
Evidentemente, isso é Falso.
SÓ É IMORTAL, O QUE TU ÉS.
Não olhe para trás. Instala-te no NÃO-EU,
no NÃO-SER.
Se és capaz de parar, num tempo
muito curto, a referência ao Passado, à História, à tua História e, ainda,
ultrapassar a Causalidade que eu expressei, …tu descobres o quê?
Tu deixas descobrir-se O ABSOLUTO.
Esta Forma não mais te diz
respeito, tu no entanto, está aí inscrito.
Este Mundo não te diz mais
respeito, e contudo aí ages e reages.
A perda do que quer que seja
apenas mostra a fragilidade da Vida e desse «Eu».
Isso mostra-te simplesmente que
nada é Eterno sobre este Mundo, excepto tu.
Nada pode durar no que está
inscrito no Tempo deste Mundo, salvo isso que não se move, o que é imóvel.
Tudo o resto são apenas Experiências
que não mudam em nada a Verdade, que não mudam nada no Centro, no que tu És.
Se tu vês claramente isso, então
não há mais problema, nem agora, nem ontem, nem amanhã, nem quando o «saco de
comida» tiver desaparecido.
*****Pergunta:- Após ter observado, após Refutar as Vibrações e as Sensações
do Corpo e dos Pensamentos, eu instalo-me em meu Templo Cardíaco para aí
encontrar a Paz e viver o Estado da PRESENÇA, que satisfaz o SER. Refutei esse Estado,
o SER, para que o NÃO-SER, O ABSOLUTO, se revele a mim, mas sem sucesso. O que
mais devo Refutar para que o SER se solte?
R:- No que expressas, há ainda um Observador que quer observar o NÃO-SER.
Não há Dissolução.
O que há a Observar, é ultrapassar
a Vibração, ela mesma.
Isso torna-se possível através da ONDA
DE VIDA, sem a tua intervenção.
Para isso, não coloques a tua Consciência
em nenhuma parte, porque a partir do momento em que colocas a tua Consciência numa
região de ti, desse Corpo, que te faz experienciar, sentir a PAZ e a PRESENÇA,
é necessário, ali também, des-Localizar a Consciência.
Não como uma Vontade de ir além,
mas não mais ser tributário de uma qualquer Localização da Consciência , ela
mesma, nesse Corpo.
É necessário, de algum modo, esqueceres-te
de ti mesma.
A PRESENÇA é certamente o Estado da
Experiência que é, se me posso exprimir assim, o mais próximo do ABSOLUTO.
NO ABSOLUTO, a Consciência não
está mais.
Não há lugar para o Observador,
nem para o Corpo, e ainda menos para a Vibração Supra-Mental.
Isso passa pela Dissolução ou, se
preferirem, o desaparecimento do Observador.
Não há então outra coisa
suplementar a Refutar.
Uma vez que a Refutação tenha sido
efetuada, quer realizes a tua indagação, sobretudo não desejes nada, não faças nada,
não consideres que o SER ou mesmo A PRESENÇA, te vai conduzir ao NÃO-SER.
Isso não é uma sequência lógica,
nem outra Etapa.
É necessário, de algum modo, fazer
um Sacrifício Simbólico que se realiza por si só, a partir do instante em que a
Consciência não é mais conduzida sobre o que quer que seja.
O SER vai chamar a isso, o Vazio ou
a Vacuidade ou o Nada, o Neant.
É necessário, de algum modo, esperar,
depois da Refutação e da indagação, que haja de alguma forma, e é figurado,
esse beliscão no Coração.
E ali, durante essa Experiência especial,
Refutar.
Mas não Refutar como o Observador do
que foi experienciado, num momento ou noutro.
Tu não podes servires-te de uma Experiência,
que data de ontem ou de outro tempo, que foi realizada, para Refutar.
É necessário que essa Refutação se
produza no mesmo instante da Presença, mas não fora, porque se realizas essa Refutação
fora do momento em que ela é vivida, isso não serve rigorosamente de nada,
porque o SER não é o «Eu», o SER não está dependente de uma História ou de uma Memória,
já que ele se define, precisamente, como a instalação no Aqui e Agora, no Presente.
Mas O ABSOLUTO não é o Presente,
sobretudo se esse Presente é Passado e remonta a Ontem.
A Refutação não se pode produzir,
neste caso preciso, apenas no momento em que é vivida a Presença, e não fora.
Se tu apreenderes o Mecanismo, no
momento em que se manifesta a Presença, e o Presente, na Vibração, na Percepção
do que é chamado de Coroas do Coração, mesmo na Vibração, no Fogo do Coração,
ou o que vos foi descrito, recentemente, como tremores e calafrios, é nesse
momento que se pode viver a Dissolução.
Mas não como uma Passagem de um Estado
a Outro, mas na própria des-identificação, disso.
E isso é natural.
É necessário se servir, se o posso
dizer, desses momentos, no momento em que eles são vividos.
É a diferença de Estratégias da indagação
e da Refutação, conforme isso é conduzido no «Eu» ou no SER.
Não há que buscar, nem a exprimir,
nem manifestar o mínimo esforço, porque é, precisamente, a Ausência de esforço
que permite ao ABSOLUTO se revelar.
Não há Outro exercício para o SER,
além desse.
Uma vez que tenhas experimentado o
«EU SOU», em múltiplas repetições, é necessário também Refutar isso, extraindo
simplesmente a tua Consciência do «EU SOU», sem colocares a Consciência além, ela
dissolver-se-á por ela mesma.
E isso far-te-á conhecer, no
retorno na Forma, a Evidência, a Beatitude, o Êxtase e o Riso.
Não te projetes, não mais, nas ideias
sobre o NÃO-SER.
Lembra-te que ele não pode ser aproximado, nem
Conhecido.
O desaparecimento de tudo o que
não é ELE, apenas o pode deixar, a ele, presente e manifestar-se, a partir
desse momento e após.
Tu poderás passar do SER ao NÃO-SER,
porque, logo que esse mecanismo esteja instalado, a possibilidade de Passagem,
tanto do ÚLTIMO ao SER como do SER ao «Eu», torna-se evidência.
Não consideres o NÃO-SER como um
resultado do SER, porque ELE é tudo, excepto isso.
Se tu fizeres assim, tudo isso te
parecerá, e será vivido de maneira evidente, sem dificuldade.
*****Pergunta:- Como passar facilmente do Estado da Homossexualidade para a Heterossexualidade?
R:- Que importância isso revela e que importância, isso tem realmente?
-Porque atribuis tu a isso tanta importância?
-Qual é o incómodo que é expresso?
-O interesse não é esse, porque se há interesse, aqui, isto refere-se
exclusivamente a quê?
O Amor pessoal entre dois Seres,
entre duas Consciências.
O ABSOLUTO não tem nada a ver com
isso.
Trata-se da Alma, ou, se preferires,
o complexo inferior que está submetido ao Desejo, à necessidade, ao Amor que se
expressa no Corpo, que se expressa na Alma.
Isso pertence ao «Eu».
Nem ao SER, nem ao ABSOLUTO,
porque o SER não é afetado pelas Escolhas do Corpo ou da Alma.
Se o SER É, se o «EU SOU» É, nenhuma
interrogação desse género pode nascer, porque o SER não tem o que fazer com o
complexo inferior, qualquer que seja o desejo manifestado ou a pergunta
expressa, não lhe diz respeito.
A sexualidade não diz respeito
senão a esta Dimensão, o que quer que seja desviado ou encontrado, em termos de
Prazer e de Amor.
Isso não representa nenhum
interesse, e nenhuma Acção sobre o SER.
Simplesmente, quando o SER se
realiza, quando tu estás realizado, a Esfera dita Sexual ou Amorosa pode-se
manifestar, ou desaparecer, ou, também, transformar-se.
Mas isso não é mais uma
prioridade, isso não é mais uma Vitalidade e, menos ainda, uma essencialidade.
O SER não é uma questão de Sexo,
nem de Amor, no nível da Alma.
Quanto ao ABSOLUTO, o que é
ABSOLUTO não pode ser perturbado, nem num sentido nem no outro, pelo que ocorre
no complexo inferior, Ele não tem o que fazer com isso.
Isso não é uma Rejeição, isso não
é uma Negação da Vitalidade, mas mais uma Transformação da Vitalidade, porque
nesse momento, e somente nesse momento, o que é chamado de Sexo ou os
órgãos genitais não servem mais à Sexualidade: eles alimentam o Coração.
O FOGO VITAL não é mais
simplesmente uma Vitalidade, mas um Fogo Transmutado porque a ONDA DE VIDA mudou
profundamente as coisas.
Mesmo que exista Êxtase, mesmo haja
Gozo.
O Sexo não tem nada a ver com isso,
mesmo que isso se passe por esse lugar.
Isso junta.se ao Coração, não o
Coração imaginado, mas O CORAÇÃO VIBRAL.
E o ABSOLUTO, está além disso.
Então, não te coloques mais essa
questão.
Coloca-te a questão essencial, o
resto seguirá, ou não seguirá, sem nenhuma incidência sobre o que quer que
seja.
Muito simplesmente, porque tanto
no SER quanto no ABSOLUTO, mesmo com uma Forma, tudo isso não representa
realmente o que isso é, a busca do que falta, Homem ou Mulher.
Mas não falta nada.
É a Separação quem criou a falta e
essa busca de Vitalidade.
No Estado de Ser, como no ABSOLUTO,
tudo é Gozo, tudo é Sexualidade sem nenhum dos Tabus que vocês conhecem e sem
praticar o que quer que seja.
É supérfluo.
O SER, O ABSOLUTO, transcende e
faz desaparecer tudo o que está ligado à Animalidade, tudo o que era precisamente
a não-conexão ao SER, ao ABSOLUTO.
Neste caso, como no SER, como no
ABSOLUTO, não há mais noção de Sexo, porque mesmo o que foi planeado como ser
do Sexo é apenas uma elevação do FOGO INTERIOR para o Coração.
Portanto, O ABSOLUTO não tem o que
fazer.
*****Pergunta:- Às vezes chego a ter a impressão de ser como um bebé,
flutuando sozinho na Imensidão, sem Consciência, sem Referência, sem Nada,
sabendo do fundo do meu Ser que O ABSOLUTO está ali. Não é contraditório?
R:- Não, já que O ABSOLUTO que tu És, está presente e manifestado
também numa Forma.
Há um ABSOLUTO com Forma e um
ABSOLUTO sem Forma.
Essa Forma, é esse «saco de comida» e a tua Consciência.
O ABSOLUTO não será perturbado
pelo desaparecimento desse Corpo e da Consciência desse Corpo.
É isso que é realizado, não há
nenhuma contradição.
Não há nada a adicionar em relação
a isso, é muito Simples.
O SER vai-se servir de imagens,
como o bebé, como o Nada, mas isso é apenas a tradução do ABSOLUTO quando ele
não está mais e que retorna o Ser ao SER, ou ao Corpo de Ser.
Nesse momento, realizas o que é designado
de «Lellas do Senhor».
Esses são os Jogos da Vida.
Há uma Alegria Real de viver isso,
e de seguida Testemunhar e Observar, mas isso é tudo.
Isso demonstra que uma vez que o Desconhecido
se torna a tua Morada, nesse momento, tu podes passar de Um ao Outro, e do Outro
ao Um, sem dificuldade.
É o que te criou a contradição.
Mas tu tornas-te capaz de
identificar O ABSOLUTO e o SER e A PRESENÇA, sem nenhuma dificuldade.
No entanto, é isso mesmo que cria
o Sentimento de contradição, que não existe.
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mesmo, se a divulgarem, reproduzam integralmente o texto, citando a fonte: www.autresdimensions.com.